Monthly Archives: janeiro 2018

Papa Francisco: Maria é a arca segura no meio do dilúvio

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Papa Francisco: Maria é a arca segura no meio do dilúvio

 

“A Mãe não é um dom opcional, é o testamento de Cristo”, disse o Santo Padre na homilia.

 

O Papa Francisco presidiu a celebração eucarística, na manhã neste domingo (28/01), naBasílica Papal de Santa Maria Maior, Festa da Trasladação do ícone Salus Populi Romani, que retrata Maria tendo nos braços o Menino Jesus abençoando.

 

“Estamos aqui, como povo de Deus a caminho, para uma pausa no templo da Mãe. A presença da Mãe faz deste templo uma casa familiar para nós, filhos.”

 

“ Associando-nos a gerações e gerações de romanos, reconhecemos nesta casa materna a nossa casa, a casa onde encontrar repouso, consolação, proteção e refúgio. ”

 

“O povo cristão compreendeu, desde o início, que, nas dificuldades e provações, é preciso recorrer à Mãe, como indica a mais antiga antífona mariana: À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita”, disse o Pontífice em sua homilia.

 

Papa celebra na Basílica de Santa Maria MaiorPapa na Basílica Santa Maria Maior

 

“Recorremos, procuramos refúgio. Os nossos pais na fé nos ensinaram que, nos momentos turbulentos, é preciso acolhermo-nos sob o manto da Santa Mãe de Deus.

 

Outrora os perseguidos e os necessitados procuravam refúgio junto das mulheres nobres da alta sociedade: quando o seu manto, que era considerado inviolável, se estendia em sinal de acolhimento, a proteção era concedida”, frisou o Papa.

 

“ O mesmo, fazemos nós em relação a Nossa Senhora, a mulher mais sublime do gênero humano. O seu manto está sempre aberto para nos acolher e recolher-nos. ”

 

“Bem o recorda o Oriente cristão, onde muitos celebram a Proteção da Mãe de Deus, que, num lindo ícone, é representada com o seu manto abrigando os filhos e cobrindo o mundo inteiro.

 

Os próprios monges antigos recomendavam que, nas provações, nos refugiássemos sob o manto da Santa Mãe de Deus: invocá-La – «Santa Mãe de Deus» – já era garantia de proteção e ajuda.”

Segundo Francisco, “esta sabedoria, que vem de longe, nos ajuda: a Mãe guarda a fé, protege as relações, salva nas intempéries e preserva do mal. Onde Nossa Senhora é de casa, o diabo não entra; onde está a Mãe, a perturbação não prevalece, o medo não vence.

Quem de nós não precisa disto? Quem de nós não se sente às vezes perturbado ou inquieto? Quantas vezes o coração é um mar em tempestade, onde as ondas dos problemas se amontoam e os ventos das preocupações não cessam de soprar!

 

“ Maria é a arca segura no meio do dilúvio. ”

 

“Não serão as ideias ou a tecnologia a dar-nos conforto e esperança, mas o rosto da Mãe, as suas mãos que acariciam a vida, o seu manto que nos abriga. Aprendamos a encontrar refúgio, indo todos os dias junto da Mãe”.

 

“Não desprezeis as súplicas. Quando nós A imploramos, Maria intercede por nós. Há um lindo título em grego – Grigorusa – que significa «Aquela que intercede prontamente»; que não demora, como ouvimos no Evangelho, onde imediatamente leva a Jesus a necessidade concreta daquelas pessoas: «Não têm vinho!» (Jo 2, 3).

 

Assim faz, sempre que A invocamos: quando nos falta a esperança, quando escasseia a alegria, quando se esgotam as forças, quando se obscurece a estrela da vida, a Mãe intervém.

 

“ Está atenta ao cansaço, sensível às turbulências, próxima do coração. ”

 

E nunca, nunca despreza as nossas orações; não deixa perder-se uma sequer. É Mãe, nunca Se envergonha de nós; antes, só espera poder ajudar os seus filhos.”

 

“Um episódio pode nos ajudar a compreender isto. Junto duma cama de hospital, uma mãe velava pelo seu filho, sofrendo em consequência dum acidente. Aquela mãe estava sempre ali, dia e noite. Uma vez lamentou-se com o sacerdote, dizendo: «Mas a nós, mães, o Senhor não permitiu uma coisa!» «O quê?»: perguntou o padre. «Carregar a dor dos filhos»: replicou a mulher.

 

Eis o coração de mãe: não se envergonha das feridas, das fraquezas dos filhos, mas quer tomá-las sobre si mesma. E a Mãe de Deus e nossa sabe tomar sobre Si, consolar e curar.”

 

“Livrai-nos de todos os perigos. O Papa disse ainda que “o próprio Senhor sabe que precisamos de refúgio e proteção em meio a tantos perigos. Por isso, no momento mais alto, na cruz, disse ao discípulo amado, a cada discípulo: «Eis a tua Mãe!»

 

“ A Mãe não é um dom opcional, é o testamento de Cristo. ”

 

E precisamos d’Ela como precisa de repouso um viajante, de ser levado nos braços como um bebê. É um grande perigo para a fé viver sem Mãe, sem proteção, deixando-nos arrastar pela vida como as folhas pelo vento.

 

O Senhor sabe isso, e recomenda-nos acolher a Mãe. Não é um galanteio espiritual, é uma exigência de vida. Amá-La, não é poesia; é saber viver. Porque, sem Mãe, não podemos ser filhos. E, antes de tudo, nós somos filhos, filhos amados, que têm Deus por Pai e Nossa Senhora por Mãe.”

 

Francisco recordou que “o Concílio Vaticano II ensina que Maria é «sinal de esperança segura e de consolação para o povo de Deus ainda peregrinante».

 

É sinal: é o sinal que Deus posicionou para nós. Se não o seguirmos, extraviamo-nos. Com efeito, há uma sinalização da vida espiritual, que deve ser observada. A nós, «que, entre perigos e angústias, caminhamos ainda na terra», tal sinalização indica-nos a Mãe, que já chegou à meta.

 

Quem melhor do que Ela nos pode acompanhar no caminho? Por que esperamos? Como o discípulo que, ao pé da cruz, acolheu consigo a Mãe «como sua», também nós convidamos Maria, desta casa materna, para a nossa casa.”

 

“ Não se pode ficar indiferente, nem separado da Mãe, caso contrário perdemos a nossa identidade de filhos e de povo, e vivemos um cristianismo feito de ideias e programas, sem consagração, sem ternura, nem coração. ”

 

“Mas, sem coração, não há amor; e a fé corre o risco de se tornar uma linda fábula doutros tempos. Ao contrário, a Mãe guarda e prepara os filhos. Ama-os e protege-os, para que amem e protejam o mundo. Façamos da Mãe o hóspede do nosso dia-a-dia, a presença constante em nossa casa, o nosso refúgio seguro. Consagremos-Lhe cada dia. Invoquemo-La em cada turbulência. E não nos esqueçamos de voltar junto d’Ela para Lhe agradecer”, concluiu o Papa.

 

Para acessar o vídeo da missa celebrada na Basílica de Santa Maria Maior, clique aqui

 

Fonte: Vatican News

Papa: Não existe uma verdadeira humildade sem humilhação

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Papa: Não existe uma verdadeira humildade sem humilhação

 

O Papa Francisco inspirou sua reflexão no Rei Davi, “um grande”, tinha uma “alma nobre”, mas era também um pecador, tinha “pecados grandes”.

Papa na Casa Santa Marta

“Não existe uma verdadeira humildade sem humilhação”. Foi o que disse em síntese o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta segunda-feira na Capela da Casa Santa Marta.

 

Uma reflexão que parte da figura do Rei Davi, centro da primeira leitura.

 

Davi de fato, é “um grande”. Havia vencido o filisteu, tinha uma “alma nobre” – porque por duas vezes poderia ter matado Saul e não o fez – mas era também um pecador, tinha “pecados grandes”: “o do adultério e do assassinato de Urias, o marido de Betsabá”, “aquele do censo”.

 

Mesmo assim – observa Francisco – a Igreja o venera como Santo,  “porque deixou-se transformar pelo Senhor, deixou-se perdoar”, arrependeu-se, e por “aquela capacidade não tão fácil de reconhecer ser pecador: “Sou pecador’”.

 

Em particular a Primeira leitura coloca o foco na humilhação de Davi: seu filho Absalão, “faz uma revolução contra ele”.

 

Naquele momento Davi não pensa “na própria pele”, mas em salvar o povo, o Templo, a Arca.

E foge, “um gesto que parece covarde, mas é corajoso”, sublinha o Papa. Chorava, caminhando com a cabeça coberta e pés descalços.

 

Mas o grande Davi é humilhado, não somente com a derrota e a fuga, mas também com o insulto.

Durante a fuga, um homem chamado Semei o insultava dizendo que o Senhor fez recair sobre ele todo o sangue da casa de Saul – “cujo trono usurpastes – e entregando o trono ao filho Absalão: “eis que estás na ruína – afirmava – porque és um homem sanguinário”.

 

Davi o deixa fazer, não obstante os seus quisessem defendê-lo: “É o Senhor que inspira de insultar-me”, talvez “este insulto comoverá o coração do Senhor e me abençoará”.

 

Às vezes, nós pensamos que a humildade é ir tranquilos, ir talvez de cabeça baixa olhando para o chão… mas também os porcos caminham de cabeça baixa: isso não é humildade. Esta é aquela humildade falsa, prêt-à-porter, que não salva nem protege o coração. É bom que nós pensemos nisto: não existe verdadeira humildade sem humilhação, e se você não for capaz de tolerar, de carregar nas costas uma humilhação, você não é humilde: faz de conta, mas não é.

Davi carrega nas costas os próprios pecados. “Davi é Santo; Jesus, com a santidade de Deus, é Santo”, afirmou o Papa e acrescentou: “Davi é pecador, Jesus é pecador, mas com o nossos pecados. Mas os dois, humilhados”.

 

Sempre existe a tentação de lutar contra quem nos calunia, contra quem nos humilha, quem nos faz passar vergonha, como este Semei. E Davi diz: “Não”. O Senhor diz: “Não”. Este não é o caminho. O caminho é o de Jesus, profetizado por Davi: carregar as humilhações. “Talvez o Senhor olhará para a minha aflição e me dará o bem em troca da maldição de hoje”: transformar as humilhações em esperança.

 

Francisco advertiu, porém, que a humildade não é justificar-se imediatamente diante da ofensa, tentando parecer bom: “Se você não sabe viver uma humilhação, você não é humilde”, afirmou. “Esta é a regra de ouro”.

 

Peçamos ao Senhor a graça da humildade, mas com humilhações. Havia aquela freira que dizia: “Eu sou humilde, sim, mas humilhada jamais!”. Não, não! Não existe humildade sem humilhação. Peçamos esta graça. E também, se alguém for corajoso, pode pedir – como ensina Santo Inácio – pode pedir ao Senhor que lhe envie humilhações para se parecer sempre mais com o Senhor.

 

Fonte: Vatican News

Papa Francisco encontra a vida consagrada do norte do Peru

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Papa: ser ricos de memória nos liberta da tentação de messianismos

 

Francisco encontra a vida consagrada do norte do Peru

Papa no Santuário Senhor dos Milagres

Após almoçar no Arcebispado de Trujillo e visitar a Catedral de Santa Maria, o Papa Francisco foi ao “Colégio Seminário” para encontrar os sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas das Circunscrições eclesiásticas do norte do Peru.

 

O Colégio tem 390 anos e é dedicado aos Santos Carlos e Marcelo. Fundado em 1625 como casa de formação para sacerdotes, atualmente é voltado à educação de jovens do primeiro e segundo grau.

 

Eis a íntegra do pronunciamento do Papa:

 

“É costume que o aplauso seja no final, parece que vocês estão me saudando, como se eu tivesse acabado: então vou embora….. (gritam: não!). Agradeço as palavras que D. José Antonio Eguren Anselmi, Arcebispo de Piura, me dirigiu em nome de todos os presentes.

 

Encontrar-me convosco, conhecer-vos, escutar-vos e manifestar o amor ao Senhor e à missão que nos deu, é importante. Sei do esforço que fizestes para estar aqui. Obrigado!

 

Acolhe-nos este Colégio-Seminário, um dos primeiros a ser fundados na América Latina para a formação de tantas gerações de evangelizadores. Estar aqui convosco é sentir que nos encontramos num desses «berços» que geraram tantos missionários. E não esqueço que esta terra viu morrer, quando andava em missão, aqui sentado em sua escrivaninha, São Toríbio de Mogrovejo, bispo Patrono do Episcopado Latino-Americano. 

 

Tudo nos leva a olhar para as nossas raízes, para o que nos sustenta no curso do tempo,nos sustente no decorrer da história para crescer rumo ao Alto e dar fruto. As raízes. Sem raízes não existem flores, não existem frutos.

 

Dizia um poeta que tudo aquilo que a árvore floresce, vem daquilo que está embaixo da terra, das raízes. As nossas vocações sempre terão esta dupla dimensão: raízes na terra e coração no céu, não esqueçam. Quando falta uma das duas, algo começa a correr mal e a nossa vida pouco a pouco definha (cf. Lc 13, 6-9). – como definha uma árvore que não tem raízes. E digo para vocês que realmente dá muita dor ver alguns bispos, alguns sacerdotes, alguma religiosa que definharam.

 

E mais pena ainda me dá quando vejo seminaristas “definhados”. Esta é uma coisa muito séria. A Igreja é boa, a Igreja é mãe, e se vocês veem que não conseguem, por favor, falem para que esteja em tempo, antes que seja tarde, antes de se darem conta de não ter mais raízes e que estão definhando. Assim, ainda haverá tempo para vocês se salvarem. porque Jesus veio para isto, para nos salvar. É por isto que vem: para salvar.

 

Apraz-me salientar que a nossa fé, a nossa vocação é rica de memória, a dimensão deuteronômica da vida. Rica de memória, porque sabe reconhecer que nem a vida, nem a fé, nem a Igreja começaram com o nascimento de qualquer um de nós: a memória olha para o passado a fim de encontrar a seiva que, ao longo dos séculos, irrigou o coração dos discípulos e, assim, reconhece a passagem de Deus pela vida do seu povo. Memória da promessa que Ele fez aos nossos pais e que, perdurando viva no meio de nós, é causa da nossa alegria e nos faz cantar: «O Senhor fez por nós grandes coisas; por isso exultamos de alegria» (Sal 126/125, 3)

 

Gostaria de partilhar convosco algumas virtudes deste ser ricos de memória.

 

1- A consciência feliz de si

 

O Evangelho, que ouvimos, habitualmente lemo-lo em chave vocacional, pelo que nos detemos no encontro dos discípulos com Jesus. Preferiria, porém, fixar-me em João Batista. Estava com dois dos seus discípulos e, quando viu Jesus passar, disse-lhes: «Eis o Cordeiro de Deus» (Jo 1, 36); eles, ao ouvir isto, deixaram João e seguiram Jesus (cf. 1, 37).

 

Isto é surpreendente! Estiveram com João, sabiam que era um homem bom; antes, o maior dentre os nascidos de mulher, como Jesus o define (cf. Mt 11, 11), mas não era aquele que devia vir. Também João esperava outro maior do que ele. João sabia claramente que não era o Messias, mas simplesmente aquele que O anunciava. João era o homem rico de memória da promessa e da sua própria história.

 

João manifesta a consciência do discípulo que sabe que não é, nem nunca será o Messias, mas apenas um chamado a indicar a passagem do Senhor pela vida do seu povo. Nós, consagrados, não estamos chamados a suplantar o Senhor, nem com as nossas obras, nem com as nossas missões, nem com as intermináveis atividades que temos de fazer.

 

Simplesmente nos é pedido para trabalhar com o Senhor, lado a lado, mas sem nunca esquecer que não ocupamos o seu lugar. Isto não nos faz esmorecer na tarefa evangelizadora; antes, pelo contrário, impele-nos e exige que trabalhemos, lembrando que somos discípulos do único Mestre. O discípulo sabe que secunda, e sempre secundará, o Mestre. Esta é a fonte da nossa alegria.

 

Faz-nos bem saber que não somos o Messias! Liberta de nos crermos muito importantes, muito ocupados (é típico ouvir em algumas regiões: «Não, a essa paróquia não vás, porque o padre está sempre muito ocupado»). João Batista sabia que a sua missão era indicar a estrada, iniciar processos, abrir espaços, anunciar que o portador do Espírito de Deus era Outro. Ser ricos de memória liberta-nos da tentação dos messianismos.

 

Esta tentação combate-se de muitas maneiras, incluindo com o riso. Sim, aprender a rir-se de si mesmo dá-nos a capacidade espiritual de estar diante do Senhor com os nossos próprios limites, erros e pecados, mas também com os próprios sucessos, e com a alegria de saber que Ele está ao nosso lado.

 

Um bom teste espiritual é interrogarmo-nos sobre a capacidade que temos de rir de nós mesmos. O riso salva-nos do neopelagianismo «autorreferencial e prometeico de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros».  

 

Irmãos, ride em comunidade, mas não da comunidade nem dos outros! Tenhamos cuidado com as pessoas tão importantes, que se esqueceram como se faz na vida para sorrir.

 

2- A hora do chamado

 

João evangelista até refere, no seu Evangelho, a hora daquele momento que mudou a sua vida: «Eram as quatro da tarde» (1, 39). O encontro com Jesus muda a vida, estabelece um antes e um depois. Faz-nos bem lembrar sempre aquela hora, aquele dia-chave para cada um de nós, no qual nos demos conta que o Senhor esperava algo mais. A memória daquela hora, em que fomos tocados pelo seu olhar.

 

Sempre que nos esquecemos desta hora, esquecemo-nos das nossas origens, das nossas raízes; e, perdendo estas coordenadas fundamentais, pomos de parte a coisa mais preciosa que uma pessoa consagrada pode ter: o olhar do Senhor. Talvez não estejas contente com o lugar onde te encontrou o Senhor, talvez não seja adequado a uma situação ideal ou «mais do teu gosto».

 

Mas foi lá onde te encontrou e curou as tuas feridas. Cada um de nós conhece onde e quando: talvez um momento de situações complexas, de situações dolorosas, sim; mas foi lá que te encontrou o Deus da Vida para tornar-te testemunha da sua Vida, para fazer-te participante da sua missão e ser, com Ele, carícia de Deus para muitos.

 

Faz-nos bem recordar que as nossas vocações são uma chamada de amor para amar, para servir. Se o Senhor Se enamorou de vós e vos escolheu, não foi porque éreis mais numerosos do que os outros – de facto, sois o povo mais pequeno – mas por puro amor (cf. Dt 7, 7-8). Amor entranhado, amor de misericórdia que comove as nossas entranhas para ir servir aos outros com o estilo de Jesus Cristo.

 

Gostaria de me deter num aspeto que considero importante. Em muitos de nós, a formação que tínhamos, no momento de entrar no Seminário ou na Casa de Formação, era a fé das nossas famílias e vizinhos. Foi assim que demos os nossos primeiros passos, apoiados não raro nas manifestações de piedade popular, que, no Peru, adquiriram as formas mais estupendas e um grande enraizamento no povo fiel e simples.

 

O vosso povo demonstra um carinho imenso a Jesus Cristo, a Nossa Senhora e aos Santos e Beatos, com tantas devoções que nem me atrevo sequer a nomear com medo de deixar alguma de lado. Nesses santuários, «muitos peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes [deles] contêm muitas histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar». Inclusive muitas das vossas vocações podem estar gravadas naquelas paredes.

 

Exorto-vos a não esquecer, e muito menos desprezar, a fé simples e fiel do vosso povo. Sabei acolher, acompanhar e estimular o encontro com o Senhor. Não vos transformeis em profissionais do sagrado que se esquecem do seu povo, donde vos tirou o Senhor. Não percais a memória e o respeito por quem vos ensinou a rezar.

 

Recordar a hora da chamada, conservar memória feliz da passagem de Jesus Cristo pela nossa vida, ajudar-nos-á a dizer aquela bela oração de São Francisco Solano, grande pregador e amigo dos pobres: «Meu bom Jesus, meu Redentor e amigo, que tenho eu que Tu não me tenhas dado? Que sei eu que Tu não me tenhas ensinado?»

 

Assim, o religioso, o sacerdote, a consagrada, o consagrado é uma pessoa rica de memória, alegre e agradecida: trinómio a fixar e manter como «armas» contra todo o «disfarce» vocacional. A consciência agradecida alarga o coração e estimula-nos para o serviço.

 

Sem gratidão, podemos ser bons executores do sagrado, mas faltar-nos-á a unção do Espírito para nos tornarmos servidores dos nossos irmãos, especialmente dos mais pobres. O povo fiel de Deus tem olfato e sabe distinguir entre o funcionário do sagrado e o servidor agradecido. Sabe distinguir entre quem é rico de memória e quem é desmemoriado. O povo de Deus sabe suportar, mas reconhece quem o serve e cura com o óleo da alegria e da gratidão.

 

3- A alegria contagiante

 

André era um dos discípulos de João Batista que seguira Jesus naquele dia. Depois de ter estado com Ele e ter visto onde morava, voltou para casa de seu irmão Simão Pedro e disse-lhe: «Encontramos o Messias!» (Jo 1, 41). Esta é a maior notícia que lhe podia dar, e levou-o a Jesus. A fé em Jesus é contagiosa, não pode esconder-se nem fechar-se; aqui se vê a fecundidade do testemunho: os discípulos recém-chamados, por sua vez, atraem outros mediante o seu testemunho de fé; e – como vemos na passagem evangélica – Jesus chama-nos por meio de outros.

 

A missão brota espontaneamente do encontro com Cristo. André começa o seu apostolado pelos mais próximos, pelo seu irmão Simão, quase como algo natural, irradiando alegria. Este é o melhor sinal de que «descobrimos» o Messias. A alegria é uma constante no coração dos apóstolos; vemo-la na força com que André confidencia ao seu irmão: «Encontramo-Lo!» Pois «a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria».

 

Esta alegria abre-nos aos outros, é alegria para ser transmitida. No mundo fragmentado onde nos é concedido viver e que nos impele a isolar-nos, somos desafiados a ser artífices e profetas de comunidade. Porque ninguém se salva sozinho. E gostaria de ser claro nisto.

 

A fragmentação ou o isolamento não é algo que acontece «fora», como se fosse apenas um problema do «mundo». Irmãos, as divisões, as guerras, os isolamentos, vivemo-los também dentro das nossas comunidades. E quanto mal nos faz! Jesus envia-nos a ser portadores de comunhão, de unidade; mas, muitas vezes, parece que o fazemos desunidos e, o que é pior, muitas vezes fazendo o outro tropeçar.

 

É-nos pedido para sermos artífices de comunhão e unidade, o que não equivale a pensar todos do mesmo modo, a fazer todos as mesmas coisas. Significa apreciar as várias contribuições, as diferenças, o dom dos carismas dentro da Igreja, sabendo que cada um, a partir da sua especificidade, dá a própria contribuição, mas precisa dos outros. Só o Senhor tem a plenitude dos dons, só Ele é o Messias.

 

E quis distribuir os seus dons de tal maneira que todos possamos dar o nosso, enriquecendo-nos com o dos outros. É preciso defender-se da tentação do «filho único», que quer tudo para si, porque não tem com quem partilhar. Àqueles que devem exercer encargos no serviço da autoridade, peço, por favor, que não se tornem autoreferenciais; procurai cuidar dos vossos irmãos, fazei com que estejam bem, porque o bem é contagioso.

 

Não caiamos na armadilha duma autoridade que se transforma em autoritarismo, esquecendo que, antes de tudo, é uma missão de serviço.

 

Queridos irmãos, mais uma vez obrigado! E que esta memória deuteronômica nos torne mais alegres e agradecidos por sermos servidores de unidade no meio do nosso povo.

 

Que o Senhor vos abençoe e a Virgem Santa vos proteja. E não vos esqueçais de rezar por mim”.

 

Fonte: Vatican News

 

Acesso o vídeo do Papa com os consagrados de Trujillo clicando aqui

Papa teme guerra nuclear

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Papa teme guerra nuclear

 

A revelação foi feita aos jornalistas durante o voo que o levou a Santiago do Chile, enquanto mostrava uma foto de uma criança vítima do bombardeio atômico no Japão na II Guerra.

 

O Papa Francisco teme uma guerra nuclear. Foi o próprio pontífice a fazer esta revelação aos jornalistas presentes no voo que o levou até Santiago do Chile.

 

Cartão traz a frase “…o fruto da guerra”Papa no avião com jornalistas

 

O Santo Padre pediu ao diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, que distribuísse aos jornalistas presentes no voo a foto preto e branco do menino que, após o bombardeio atômico de Nagasaki de 1945, leva seu irmãozinho morto nas costas para ser cremado.

 

A foto que tornou-se célebre por retratar com intensidade as consequências da guerra foi tirada pelo fotógrafo estadunidense.

 

Nos últimos dias de dezembro Francisco a escolheu entre tantas, como um alerta para o perigo atômico, pedindo que fosse impressa em um cartão com a sua assinatura, acompanhada pela frase: “…o fruto da guerra”.

 

Na descrição da imagem é ressaltado o desespero da criança, expresso no gesto de morder os próprios lábios até sangrar.

 

Ouça abaixo o áudio da matéria

 

Fonte: Vatican News

Papa aponta desafio “apaixonante” aos chilenos: inclusão

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Papa aponta desafio “apaixonante” aos chilenos: inclusão

 

Francisco pronunciou seu primeiro discurso no Chile, falando às autoridades. O Papa tocou temas como democracia, povos nativos e meio ambiente. E pediu perdão pelas falhas da Igreja.

 

O primeiro discurso do Papa Francisco em terras chilenas foi às autoridades, à sociedade civil e ao corpo diplomático, reunidos no Palácio Presidencial “La Moneda”.Papa no Chile

 

Depois de ouvir as boas-vindas da presidente Michelle Bachelet, o Pontífice tomou a palavra para manifestar sua satisfação de voltar à América Latina, começando sua visita nesta “amada terra chilena”, onde fez parte de sua formação juvenil.

 

Francisco iniciou seu discurso destacando o desenvolvimento da democracia chilena, que permitiu ao país alcançar nas últimas décadas um “notável progresso”. O Papa citou a celebração este ano do bicentenário da declaração de independência, ressaltando que cada geração deve fazer suas as lutas e as conquistas das gerações anteriores e levá-las a metas ainda mais altas.

 

Democracia e inclusão

 

Diante das situações de injustiça que ainda persistem, Francisco apontou para os chilenos um “desafio grande e apaixonante”: “continuar a trabalhar para que a democracia, o sonho de seus pais, não se limite aos aspetos formais mas seja verdadeiramente um lugar de encontro para todos. Seja um lugar onde todos, sem exceção, se sintam chamados a construir casa, família e nação. Um lugar, uma casa, uma família chamada Chile”.

 

A Igreja pede perdão

 

O Papa enalteceu a pluralidade étnica, cultural e histórica da nação, que exige ser protegida de qualquer tentativa feita de parcialidade ou supremacia. Para Francisco, é indispensável escutar: os desempregados, os povos nativos, os migrantes, os jovens, os idosos, as crianças.

 

“ E aqui não posso deixar de expressar o pesar e a vergonha que sinto perante o dano irreparável causado às crianças por ministros da Igreja. Desejo unir-me aos meus irmãos no episcopado, porque é justo pedir perdão e apoiar, com todas as forças, as vítimas, ao mesmo tempo que nos devemos empenhar para que isso não volte a repetir-se. ”

 

Casa Comum e povos nativos

 

Com esta capacidade de escuta, o Papa convidou as autoridades a prestar uma atenção preferencial à nossa Casa Comum: “promover uma cultura que saiba cuidar da terra, não nos contentando com oferecer respostas pontuais aos graves problemas ecológicos e ambientais que se apresentem”.

 

Francisco pediu a ousadia de um novo estilo de vida, aprendendo com a sabedoria dos povos nativos.

“Deles, podemos aprender que não existe verdadeiro desenvolvimento num povo que volta as costas à terra com tudo e todos os que nela se movem. O Chile possui, nas suas raízes, uma sabedoria capaz de ajudar a transcender a concepção meramente consumista da existência para adquirir uma atitude sapiencial em relação ao futuro.”

 

O Pontífice concluiu seu discurso convidando os chilenos a uma “opção radical pela vida”: “Agradeço mais uma vez o convite que me possibilitou vir encontrar-me com vocês, com a alma deste povo; e rezo para que a Nossa Senhora do Carmo, Mãe e Rainha do Chile, continue a acompanhar e fazer crescer os sonhos desta abençoada nação”.

 

Fonte: Vatican News

Papa: Primeira Missa celebrada em terras chilenas

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Papa: somos chamados e desafiados a caminhar nas Bem-aventuranças

 

Primeira Missa celebrada em terras chilenas

 

“As Bem-aventuranças são aquele novo dia para quantos continuam a apostar no futuro, continuam a sonhar, continuam a deixar-se tocar e impelir pelo Espírito de Deus.

 

Na Missa celebrada na manhã desta terça-feira no Parque O’Higgins, em Santiago, o Papa Francisco falou das Bem-aventuranças, sublinhando as atitudes de “construir a paz” e acreditar nas possibilidades de mudança.

 

Foi o primeiro grande encontro de Francisco com os fiéis chilenos, no parque intitulado a um dos Pais fundadores do Chile, e ocupando no centro de Santiago uma área de 770mil m². Segundo as autoridades, 400 mil pessoas participaram da celebração.

 

A multidão que seguia Jesus, encontra em seu olhar “o eco das suas buscas e aspirações, disse o Papa no início de sua homilia. De tal encontro, nasce este elenco de Bem-aventuranças, o horizonte para o qual somos convidados e desafiados a caminhar”.

 

“A primeira atitude de Jesus é ver, fixar o rosto dos seus, observou o Papa, referindo-se ao Evangelho de Mateus. Aqueles rostos põem em movimento o entranhado amor de Deus. Não foram ideias nem conceitos que moveram Jesus; foram os rostos, as pessoas. É a vida que clama pela Vida, que o Pai nos quer transmitir”.

 

Francisco explica que as “Bem-aventuranças não nascem de uma atitude passiva perante a realidade, nem podem nascer de um espectador que se limite a ser um triste autor de estatísticas do que acontece”.

 

“Não nascem dos profetas de desgraças, que se contentam em semear decepções; nem de miragens que nos prometem a felicidade com um «clique», num abrir e fechar de olhos. Pelo contrário”:

 

“As Bem-aventuranças nascem do coração compassivo de Jesus, que se encontra com o coração de homens e mulheres que desejam e anseiam por uma vida feliz; de homens e mulheres que conhecem o sofrimento, que conhecem a frustração e a angústia geradas quando «o chão lhes treme debaixo dos pés» ou «os sonhos acabam submersos» e se arruína o trabalho duma vida inteira; mas conhecem ainda mais a tenacidade e a luta para continuar para diante; conhecem ainda mais o reconstruir e o recomeçar.

 

E “como é perito o coração chileno em reconstruções e novos inícios!”, exclamou o Papa, “vocês são peritos em se levantar depois de tantas derrocadas! A este coração, faz apelo Jesus; para este coração são as Bem-aventuranças!”

 

Francisco prossegue explicando que “as Bem-aventuranças não nascem de atitudes de crítica fácil nem do «palavreado barato» daqueles que julgam saber tudo, mas não querem se comprometer com nada nem com ninguém, acabando assim por bloquear toda a possibilidade de gerar processos de transformação e reconstrução nas nossas comunidades, na nossa vida”.

 

“As Bem-aventuranças nascem do coração misericordioso, que não se cansa de esperar; antes, experimenta que a esperança «é o novo dia, a extirpação da imobilidade, a sacudidela duma prostração negativa», enfatizou, usando uma frade de Pablo Neruda.

 

Francisco explica que quando Jesus diz bem-aventurado “o pobre, o que chorou, o aflito, o que sofre, o que perdoou, vem extirpar a imobilidade paralisadora de quem pensa que as coisas não podem mudar, de quem deixou de crer no poder transformador de Deus Pai e nos seus irmãos, especialmente nos seus irmãos mais frágeis, nos seus irmãos descartados”:

 

Jesus, quando proclama as Bem-aventuranças vem sacudir aquela prostração negativa chamada resignação que nos faz crer que se pode viver melhor, se evitarmos os problemas, se fugirmos dos outros, se nos escondermos ou fecharmos nas nossas comodidades, se nos adormentarmos num consumismo tranquilizador. Aquela resignação que nos leva a isolar-nos de todos, a dividir-nos, a separar-nos, a fazer-nos cegos perante a vida e o sofrimento dos outros”.

 

“As Bem-aventuranças são aquele novo dia para quantos continuam a apostar no futuro, continuam a sonhar, continuam a deixar-se tocar e impelir pelo Espírito de Deus.

 

“Bem-aventurados vocês que se deixam contagiar pelo Espírito de Deus, lutando e trabalhando por este novo dia, por este novo Chile, porque vosso será o reino do Céu”, disse o Papa aos fiéis chilenos.

 

Francisco ressalta que perante a resignação que, “como uma rude zoada, mina os nossos laços vitais e nos divide, Jesus nos diz: bem-aventurados aqueles que se comprometem em prol da reconciliação”:

 

“Felizes aqueles que são capazes de sujar as mãos e trabalhar para que outros vivam em paz. Felizes aqueles que se esforçam por não semear divisão. Desta forma, a bem-aventurança faz-nos artífices de paz; convida a empenhar-nos para que o espírito da reconciliação ganhe espaço entre nós. Queres ser ditoso? Queres felicidade? Felizes aqueles que trabalham para que outros possam ter uma vida ditosa. Queres paz? Trabalha pela paz.”

 

Francisco disse não poder deixar de evocar “o grande Pastor que teve Santiago” – referindo-se ao Cardeal Raúl Silva Henríquez Silva – que em um Te Deum disse «“Se queres a paz, trabalha pela justiça” (…). E se alguém nos perguntar: “Que é a justiça?” ou se porventura consiste apenas em “não roubar”, dir-lhe-emos que existe outra justiça: a que exige que todo o homem seja tratado como homem».

 

Semear a paz à força de proximidade, de vizinhança; à força de sair de casa e observar os rostos, de ir ao encontro de quem se encontra em dificuldade, de quem não foi tratado como pessoa, como um digno filho desta terra. Esta é a única maneira que temos para tecer um futuro de paz, para tecer de novo uma realidade sempre passível de se desfiar”.

 

O obreiro de paz – observou o Papa – sabe que muitas vezes “é necessário superar mesquinhezes e ambições, grandes ou sutis, que nascem da pretensão de crescer e «tornar-se famoso», de ganhar prestígio à custa dos outros”.

 

“O obreiro de paz sabe que não basta dizer «não faço mal a ninguém», pois, como dizia Santo Alberto Hurtado: «Está muito bem não fazer o mal, mas está muito mal não fazer o bem».

 

“Construir a paz é um processo que nos congrega, estimulando a nossa criatividade para criar relações capazes de ver no meu vizinho, não um estranho ou um desconhecido, mas um filho desta terra”.

 

Que a Virgem Imaculada “nos ajude a viver e a desejar o espírito das Bem-aventuranças, para que, em todos os cantos desta cidade, se ouça como um sussurro: «Bem-aventurados os obreiros de paz, porque serão chamados filhos de Deus».

 

Após a homilia, o Papa Francisco coroou a Imagem da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.Papa coroa Nossa Senhora

 

Fonte: Vatican News

Vatican News supera 4 milhões de seguidores

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Comunidade do Vatican News supera 4 milhões de seguidores nas redes sociais

 

As redes sociais do Vatican News são coordenadas pela Direção Editorial e pela Direção Teológico-Pastoral da Secretaria para a Comunicação.

 

Mídias do Vaticano

 

Uma comunidade que supera 4 milhões de seguidores entre Facebook, Twitter, YouTube e Instagram. Este é mais um êxito da reorganização das redes sociais da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé unificadas sob o logotipo Vatican News, lançado nas semanas passadas. Em especial, a criação de uma Global Page no Facebook permitiu agregar mais de três milhões de seguidores, os quais têm a possibilidade de consultar as páginas das seis línguas atualmente disponíveis (italiano, inglês, francês, alemão, espanhol e português).

 

No Twitter, as seis contas linguísticas @vaticannews adquiriram um imediato reconhecimento visual superando a fragmentação do passado. No conjunto, deve-se acrescentar também a nova conta @radiovaticanaitalia, de caráter informativo e promocional da atividade da Rádio Vaticana Itália, e o canal único multilíngue Vatican News no Instagram. 

 

Às três plataformas soma-se o canal YouTube (em 6 línguas), também este sob a marca Vatican News, que oferece ao usuário vídeos ao vivo e on demand sobre as atividades do Santo Padre.

As redes sociais do Vatican News são coordenadas pela Direção Editorial e pela Direção Teológico-Pastoral da Secretaria para a Comunicação. A uma equipe da Secretaria para a Comunicação, em sinergia com a Secretaria de Estado, foram confiadas as contas do Papa: @Pontifex no Twitter (mais de 44 milhões de seguidores em nove línguas) e @Franciscus no Instagram (mais de 5 milhões de seguidores no canal único multilíngue).

 

Mons. Dario Edoardo Viganò, Prefeito da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, declarou: “O fortalecimento da nossa presença nas redes sociais constitui um dos efeitos do grande processo de reforma da mídia vaticana em vias de conclusão. E é certamente um efeito positivo alcançado graças ao intenso trabalho dos nossos jornalistas e dos nossos técnicos. Como agentes da comunicação, segundo a lógica da Igreja em saída, todos somos chamados a estar em meio às pessoas. Hoje isso quer dizer habitar as redes sociais e a internet com convicção e responsabilidade. Portanto, deve ser muito clara a nossa perspectiva que exige colocar no centro a pessoa, a relação, a cultura do encontro e, somente em última instância, a tecnologia”.

 

Acesse o vídeo com o Mons. Dario Edoardo Viganò clicando aqui.

 

Fonte: Vatican News

Papa: “Missa, uma escola de oração para os fiéis”

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Papa: “Missa, uma escola de oração para os fiéis”

 

“Recomendo vivamente aos sacerdotes que observem o momento de silêncio e não terem pressa. Oremos para que se faça silêncio; sem ele, corremos o risco de subestimar o recolhimento da alma”.

 

Nesta quarta-feira, 10 de janeiro, o Papa recebeu os fiéis na Sala Paulo VI, no Vaticano, para o encontro semanal aberto ao público. Cerca de 7 mil pessoas participaram da audiência, durante a qual o Pontífice fez uma catequese sobre o canto do Glória e a oração da coleta no âmbito da missa.  

Papa

O Papa explicou que depois do Ato Penitencial, quando nos despojamos de nossas presunções na esperança de sermos perdoados, expressamos gratidão a Deus cantando o hino do Glória, que assim como os Anjos cantaram no nascimento de Jesus, é um glorioso abraço entre o céu e a terra.

Logo após o ‘Glória’, na missa, temos a oração denominada ‘do dia’ ou ‘coleta’.

 

Com o convite ‘Oremos’, o sacerdote nos exorta a unirmo-nos a ele em um momento de silêncio para tomarmos consciência de estar diante de Deus e deixar emergir, de nossos corações, as nossas intenções pessoais.

 

O sacerdote diz ‘Oremos’ e depois vem um momento de silêncio e cada um pensa nas coisas de que precisa ou quer pedir na oração”.

 

Rezar pelo silêncio em silêncio

 

Antes desta oração inicial, o silêncio nos ajuda no recolhimento, a pensarmos no porquê estamos ali: para invocar ajuda ao Senhor, pedir a sua proximidade nos momentos de fadiga, alegrias e dores; por familiares ou amigos doentes, ou ainda, para confiar a Deus o futuro da Igreja e do mundo.

 

“A isto serve o breve silêncio antes que o sacerdote, reunindo as preces de cada um,  expressa em voz alta em nome de todos a comum oração que conclui os ritos de introdução com a ‘coleta’ das intenções dos fiéis. Eu recomendo vivamente aos sacerdotes que observem este momento de silêncio e não terem pressa”.

 

“ Oremos para que se faça silêncio; sem este silêncio, corremos o risco de subestimar o recolhimento da alma ”

 

O sacerdote faz um gesto como o de Cristo

 

O sacerdote a reza com os braços abertos, um gesto que os cristãos realizam desde os primeiros séculos para imitar Cristo com os braços abertos no lenho da Cruz. No Crucifixo reconhecemos o sacerdote que oferece a Deus a obediência final.

 

Concluindo, Francisco afirmou que as orações do Rito Romano são breves, mas ricas de significado; e meditar sobre seus textos, também fora da missa, pode nos ajudar a aprender como falar com Deus, o que  pedir, que palavras usar.

 

“ Que a liturgia possa se tornar para nós uma verdadeira escola de oração ”

 

No final do encontro, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.

 

Para acessar o vídeo da Audiência Geral clique aqui.

 

Fonte: Vatican News

Agenda do Papa para janeiro e fevereiro

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As celebrações litúrgicas do Papa em janeiro e fevereiro

 

Entre as atividades do Papa em janeiro, a celebração das Segundas Vésperas na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e em fevereiro as celebrações no início do Tempo da Quaresma.

 

 

O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice divulgou o calendário das celebrações do Santo Padre para os meses de janeiro e fevereiro.Agenda do Papa 2

 

Janeiro

 

Na quinta-feira, dia 25,  Solenidade da Conversão de São Paulo e na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Papa presidirá às 17h30, na Basílica São Paulo fora-dos-muros, a celebração das Segundas Vésperas.

 

Dia 28, IV Domingo do Tempo Comum, o Papa preside às 9 horas a Santa Missa na Basílica Santa Maria Maior, por ocasião da Festa do traslado do ícone da Salus Populi Romani.

 

 

Fevereiro

 

Na sexta-feira, 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor e XXII Dia Mundial da Vida Consagrada, o Papa Francisco preside às 17h30 na Basílica de São Pedro a Santa Missa com os membros dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica.

 

No dia 14, Quarta de Cinzas, o Santo Padre preside na Igreja de Santo Anselmo, às 16h30, a Statio e a procissão penitencial.

 

Após, às 17 horas, na Basílica de Santa Sabina, a Santa Missa, bênção e imposição das Cinzas.

 

No dia 18 de fevereiro, I Domingo da Quaresma, início dos Exercícios Espirituais para a Cúria Romana em Ariccia.

 

Na sexta-feira, 23, conclusão dos Exercícios Espirituais para a Cúria Romana.

 

Fonte: Vatican News

Papa no Angelus

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Papa no Angelus: prepotência, sede de poder e de riquezas contrastam com a fé cristã

 

Francisco recordou o Dia da Infância Missionária, celebrado este sábado, e felicitou algumas Igrejas orientais, católicas e ortodoxas, que este domingo, dia 7, celebram o Natal do Senhor.Papa no Angelus

 

Após a celebração da Santa Missa, na Basílica de São Pedro, pela Solenidade da Epifania, o Papa Francisco assomou, na manhã deste sábado (06/01), à janela da Residência Apostólica, que dá para a Praça São Pedro, para rezar a oração mariana do Angelus, com os milhares de fiéis presentes.

 

Em sua alocução, o Santo Padre citou três atitudes, destacadas pelo Evangelho de hoje, Solenidade da Epifania, para o acolhimento de Jesus e a sua manifestação ao mundo: busca ansiosa, indiferença, medo.

 

Magos a caminho, em busca do Menino Jesus

 

Os Reis Magos não hesitaram a pôr-se a caminho em busca do Messias. Após uma longa viagem, guiados pela estrela, chegaram a Jerusalém e perguntaram a Herodes, aos Sumos Sacerdotes e aos Escribas onde poderiam encontrar o recém-nascido para adorá-lo. Explicando esta atitude evangélica, o Papa acrescentou a segunda, ou seja, a indiferença:

 

Esta busca ansiosa dos Magos é contraposta pela indiferença, dos Sumos Sacerdotes e dos Escribas. Conhecendo as Escrituras, eles sabiam onde era o lugar do nascimento de Jesus, mas não se incomodaram de ir visitá-lo, não obstante Belém estivesse a poucos quilômetros. Ainda pior, foi a atitude de Herodes, que queria saber onde estava o Menino, não para adorá-lo, mas para matá-lo, por medo de perder seu poder para aquele que considerava seu rival”. Logo, Francisco destaca as três atitudes do Evangelho da Solenidade da Epifania: busca ansiosa, indiferença, medo. E ponderou:

 

Jesus pode ser visto como obstáculo diante das ambições humanas

 

O egoísmo pode levar a considerar a vinda de Jesus, na nossa vida, como uma ameaça. Então, procuramos suprimir ou calar a sua mensagem. Diante das ambições humanas, perspectivas incômodas e inclinações do mal, Jesus é visto como obstáculo. Diante da tentação da indiferença, os cristãos são incoerentes com a sua fé, seguindo os príncipes destes mundo: satisfazer as inclinações da prepotência, a sede de poder e as riquezas”.

 

Ao contrário, disse o Papa, somos chamados a seguir o exemplo dos Magos: sua busca ansiosa para encontrar Jesus, adorá-lo, reconhecê-lo como Senhor e Salvador, como Caminho, Verdade e Vida. Ao término da sua alocução mariana, o Santo Padre invocou a Mãe de Jesus e nossa, para que, com a sua intercessão, possamos encontrar a Cristo, a fim de progredirmos no caminho da justiça e da paz.

 

Felicitações do Papa a Igrejas orientais que celebram este domingo, dia 7, o Natal do Senhor

 

Depois da oração do Angelus, o Papa passou a cumprimentar os diversos grupos de fiéis presentes na Praça São Pedro. Antes de tudo, recordou que algumas Igrejas orientais, católicas e ortodoxas, celebram, este domingo, o Natal do Senhor:

 

A estas Igrejas dirijo as minhas felicitações mais cordiais. Que esta celebração seja fonte de novo vigor espiritual e de comunhão entre todos os cristãos, que reconhecem a Jesus como Senhor e Salvador”.

 

Dia da Infância Missionária

 

A seguir, Francisco recordou o Dia da Infância Missionária, que se celebra neste sábado (06/01). A todas as crianças e adolescentes missionários convidou a dirigir seus olhares ao Menino Jesus, para que ele seja a guia preciosa no seu compromisso de oração, fraternidade e partilha entre seus coetâneos mais necessitados.

 

Por fim, cumprimentou os participantes na manifestação folclórica da XXIII edição de “Viva a Epifania”, promovida pela Associação Famílias Europeias, cujo objetivo é reafirmar e transmitir o verdadeiro significado espiritual e os valores da Epifania do Senhor.

 

Fonte: Vatican News