Monthly Archives: maio 2018

O exemplo de Santa Rita recordado por quatro mulheres de hoje

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O exemplo de Santa Rita recordado por quatro mulheres de hoje

 

Por terem copiado as virtudes de Santa Rita, quatro mulheres recebem o Reconhecimento internacional dedicado à religiosa agostiniana. Em Cássia, nesta terça-feira (22/05) memória litúrgica de Santa Rita, missa com o Card. Amato e a tradicional bênção das rosas.

Mulheres de uma associação católica - Fonte: Vatican Media

Mulheres de uma associação católica – Fonte: Vatican Media

 

Serviço ao próximo, tenacidade, humildade e coragem ao abraçar a própria cruz: essas quatro virtudes de Santa Rita são copiadas por quatro mulheres que receberão na cidade de Cássia, o Reconhecimento internacional dedicado à Santa dos casos impossíveis. Na vida da religiosa agostiniana, muitas histórias que ainda hoje se refletem. Mulher, esposa, viúva, monja, estigmatizada, Santa Rita viveu todos os momentos da sua vida praticando os valores da acolhida, da caridade, do diálogo e do perdão.

 

As mulheres com as virtudes de Santa Rita

 

Neste ano as virtudes da Santa foram reconhecidas a Emanuela Disarò e Daniela Burigotto – mães do casal vêneto Gloria Trevisan e Marco Gottardi que morreram no incêndio da Grendell Tower de Londres – por terem abraçado a cruz e procurado a força na fé; a Soňa Vancaková de Košice (Eslováquia) por ter lutado e acreditado incondicionalmente nos valores da família transformando a sua difícil experiência familiar em ajuda concreta em favor de outras famílias em dificuldade. E também a Giuseppina Ceccaroni de Perugia, por ter enfrentado os obstáculos da vida encontrando força na fé e no serviço ao próximo. As quatro “mulheres de Rita” receberão nesta terça-feira (22/05) o pergaminho do reconhecimento das mãos do Prior Geral da Ordem Agostinina, padre Alejandro Moral Antón na Basílica de Santa Rita.

 

Tradicional bênção das rosas

 

Esta é a 60ª edição da festa, que conta com Celebração da memória litúrgica da Santa, Celebração do Trânsito, e a geminação com outras cidades. Neste ano a cidade de Cássia é geminada com Košice, na Eslováquia de onde chegará a Tocha da Paz para a festividade.

 

O cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos celebrará a missa pontifical. Em seguida, será feita a Súplica a Santa Rita e a tradicional bênção das rosas, símbolo da santa, que são conservadas ou doadas a pessoas necessitadas.

 

Ouça o áudio da reportagem

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Encontro das Famílias: Papa concede o dom das indulgências

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Encontro das Famílias: Papa concede o dom das indulgências

 

Decreto da Penitenciaria Apostólica explica as condições para a indulgência concedida por ocasião do Encontro Mundial das famílias de Dublin.

Papa concede indulgências por ocasião do Encontro Mundial das Famílias

Papa concede indulgências por ocasião do Encontro Mundial das Famílias

 

Por ocasião do IX Encontro Mundial das Famílias, o Papa Francisco concederá o dom das indulgências aos fiéis. O anúncio foi feito pela Penitenciaria Apostólica com um decreto emitido na segunda-feira (21/05).

 

O evento se realizará em Dublin, na Irlanda, de 21 a 26 de agosto.

 

De acordo com o decreto, a indulgência plenária será concedida “às condições usuais (confissão sacramental, comunhão eucarística e orações de acordo com as intenções do Santo Padre) aos fiéis que, com a alma desapegada de qualquer pecado, participarão devotadamente de alguma função “durante o Encontro”, bem como de sua solene conclusão “, na presença do Papa Francisco.

 

Aqueles que não puderem comparecer ao evento – lê-se ainda no decreto – poderão obter a indulgência nos mesmos termos se, “espiritualmente unidos aos fiéis presentes em Dublin, recitarem o Pai-Nosso, o Credo e outras orações devocionais para invocar da Divina Misericórdia os propósitos indicados acima, especialmente quando as palavras do Pontífice forem transmitidas na televisão e no rádio”.

 

Por fim, “a indulgência parcial será concedida aos fiéis sempre que, com um coração contrito, no tempo indicado, rezarem pelo bem das famílias”.

 

Mais de 20 mil inscritos

 

Atualmente, existem cerca de 22 mil pessoas registradas no Encontro, oriundas de 103 nações e metade vem de fora da Irlanda. Com 28% dos menores de 18 anos, este Encontro Mundial das Famílias é o que tem o maior índice de jovens.

 

Existem 3500 voluntários já em formação; enquanto o ícone oficial continua peregrinando por todas as dioceses da Irlanda.

 

Ouça o Áudio da reportagem

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Papa sobre o Oriente Médio: “Violência jamais leva à paz”

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Papa sobre o Oriente Médio: “Violência jamais leva à paz”

 

“Que Deus tenha piedade de nós”, disse Francisco ao fazer um apelo pelo paz na Terra Santa durante a Audiência Geral desta quarta-feira.

Papa na audiência geral - Foto: Vatican Media

Papa na audiência geral – Foto: Vatican Media

 

A Audiência Geral desta quarta-feira (16/05), na Praça S. Pedro, foi marcada por um veemente apelo pela paz na Terra Santa e no Oriente Médio, depois da abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Os protestos contra esta decisão que reconhece a Cidade Santa como capital de Israel provocaram mais de 60 mortos.

 

“Estou muito preocupado e triste com o aumento da tensão na Terra Santa e no Oriente Médio e com a espiral de violência que afasta sempre mais do caminho da paz, do diálogo e das negociações. Expresso a minha grande dor pelos mortos e os feridos e estou próximo com a oração e o afeto a todos os que sofrem. Reitero que o uso da violência jamais leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência. Convido todas as partes em causa e a comunidade internacional a renovar o empenho para que prevaleçam o diálogo, a justiça e a paz.”

 

Ao invocar Maria, Rainha do Paz, o Papa rezou com os fiéis uma “Ave-Maria”. “Que Deus tenha piedade de nós”, concluiu.

 

Sobre este apelo do Papa, o Vatican News contatou o Pe. Mário da Silva, pároco de Gaza, que relata a situação de miséria dos habitantes:

 

Ouça o Pe. Mario da Silva, de Gaza

 

Que triste recordar as guerras

 

Após a catequese, em suas saudações o Pontífice se dirigiu de modo especial aos ex-combatentes poloneses da II Guerra Mundial, que vieram a Roma para as celebrações do aniversário da batalha de Monte Cassino.

 

“Que tristeza recordar as guerras”, improvisou Francisco. “No século passado, tivemos duas grandes guerras. Jamais aprendemos. Que Deus nos ajude. Que a tragédia da guerra vivida por vocês se torne um apelo para o fim dos conflitos no mundo e pela busca de caminhos de paz.”

 

Ramadã, tempo privilegiado de oração e de jejum

 

Francisco fez também uma saudação a todos muçulmanos pelo início do Ramadã, na quinta-feira. “Que este tempo privilegiado de oração e de jejum ajude a caminhar na via de Deus, que é a vida da paz.”

 

Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco

 

 

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Papa: evitar a intriga para caminhar na verdadeira unidade

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Papa: evitar a intriga para caminhar na verdadeira unidade

 

Na missa matutina, Francisco condenou a intriga como método utilizado ainda hoje para dividir, seja na Igreja, seja na vida política.

Missa na Casa Santa Marta - Foto: Vatican Media

Missa na Casa Santa Marta – Foto: Vatican Media

Na missa celebrada esta quinta-feira (17/05) na Casa Santa Marta, o Papa Francisco dedicou a sua homilia ao tema da unidade, inspirando-se na Liturgia da Palavra.

 

Existem dois tipos de unidade, comentou o Pontífice. A primeira é a verdadeira unidade de que fala Jesus no Evangelho, a unidade que Ele tem com o Pai e que quer trazer também a nós. Trata-se de uma “unidade de salvação”, “que faz a Igreja”, uma unidade que vai rumo à eternidade. “Quando nós na vida, na Igreja ou na sociedade civil trabalhamos pela unidade, estamos no caminho que Jesus traçou”, disse Francisco.

 

A falsa unidade divide

 

Porém, há uma “falsa unidade”, como aquela dos acusadores de São Paulo na Primeira Leitura. Inicialmente, eles se apresentam como um bloco único para acusá-lo. Mas Paulo, que era “sagaz”, isto é, tinha uma sabedoria humana e também a sabedoria do Espírito Santo, lança a “pedra da divisão”, dizendo estar sendo julgado pela esperança na ressurreição dos mortos”.

 

Uma parte desta falsa unidade, de fato, era composta por saduceus, que diziam não existir “ressurreição nem anjo nem espírito”, enquanto os fariseus professavam esses conceitos. Paulo então consegue destruir esta falsa unidade porque eclode um conflito e a assembleia que o acusava se divide.

 

De povo a massa anônima

 

Em outras perseguições sofridas por São Paulo, se vê que o povo grita sem nem mesmo saber o que está dizendo, e são “os dirigentes” que sugerem o que gritar:

Esta instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje. Pensemos nisso. O Domingo de Ramos é: todos ali aclamam “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Na sexta-feira sucessiva, as mesmas pessoas gritam: “Crucifiquem-no”. O que aconteceu? Fizeram uma lavagem cerebral e mudaram as coisas. E transformaram o povo em massa, que destrói.

 

Intrigar: um método usado também hoje

 

“Criam-se condições obscuras” para condenar a pessoa, explicou o Papa, e depois a unidade se desfaz. Um método com o qual perseguiram Jesus, Paulo, Estevão e todos os mártires e muito usado ainda hoje. E Francisco citou como exemplo “a vida civil, a vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”: “a mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”. Uma perseguição que se vê também quando as pessoas no circo gritavam para ver a luta entre os mártires ou os gladiadores.

 

A fofoca é uma atitude assassina

 

O elo da corrente para se chegar a esta condenação é um “ambiente de falsa unidade”, destacou Francisco.

 

Numa medida mais restrita, acontece o mesmo também nas nossas comunidades paroquiais, por exemplo, quando dois ou três começam a criticar o outro. E começam a falar mal daquele outro… E fazem uma falsa unidade para condená-lo; sentem-se seguros e o condenam. O condenam mentalmente, como atitude; depois se separam e falam mal um contra o outro, porque estão divididos. Por isso a fofoca é uma atitude assassina, porque mata, exclui as pessoas, destrói a “reputação” das pessoas.

 

Caminhar na estrada da verdadeira unidade

 

“A intriga” foi usada contra Jesus para desacreditá-lo e, uma vez desacreditado, eliminá-lo:

Pensemos na grande vocação à qual fomos chamados: a unidade com Jesus, o Pai. E este caminho devemos seguir, homens e mulheres que se unem e buscam sempre prosseguir no caminho da unidade. E não as falsas unidades, que não têm substância, e servem somente para dar um passo a mais e condenar as pessoas, e levar avante interesses que não são os nossos: interesses do príncipe deste mundo, que é a destruição. Que o Senhor nos dê a graça de caminhar sempre na estrada da verdadeira unidade.

 

Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco

 

Debora Donnini – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican Media

Papa no Regina Coeli: amor, atitude fundamental do coração

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Papa no Regina Coeli: amor, atitude fundamental do coração

 

“Viver na corrente do amor de Deus, estabelecer a morada, é a condição para que o nosso amor não perca pelas ruas o seu ardor e a audácia”, disse Francisco.

Papa Francisco no Regina Coeli deste domingo - Foto: Vatican Media

Papa Francisco no Regina Coeli deste domingo – Foto: Vatican Media

 

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Regina Coeli, neste domingo (06/05), com os fiéis e peregrinos de várias partes do mundo, reunidos na Praça São Pedro.

 

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice ressaltou que “neste tempo pascal a Palavra de Deus continua nos indicando estilos de vida coerentes para ser a comunidade do Senhor Ressuscitado”.

 

Dentre esses estilos, o “Evangelho de hoje apresenta a entrega de Jesus: «Permaneçam no meu amor», permanecer no amor de Jesus.”

 

Gratidão e amor

 

“Viver na corrente do amor de Deus, estabelecer a morada, é a condição para que o nosso amor não perca pelas ruas o seu ardor e a audácia. Nós também, como Jesus e Nele, devemos acolher com gratidão o amor que vem do Pai e permanecer neste amor, tentando não nos separar dele com o egoísmo e o pecado. É um programa exigente mas não impossível.”

 

Segundo o Papa, “primeiramente, é importante tomar consciência de que o amor de Cristo não é um sentimento superficial, mas uma atitude fundamental do coração, que se manifesta no viver como Ele quer. De fato, Jesus afirma: «Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.»

 

O amor é concreto 

 

“O amor se realiza na vida cotidiana, nos comportamentos, nas ações; caso contrário é apenas algo ilusório. São palavras, palavras, palavras: isso não é amor. O amor é concreto todos os dias. Jesus nos pede para observar os seus mandamentos, que se resumem nisso: “Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês.”

 

E Francisco perguntou: “Como fazer para que esse amor que o Senhor Ressuscitado nos doa possa ser partilhado pelos outros? Muitas vezes, Jesus indicou quem é o outro a amar, não com palavras, mas com fatos. É aquele que encontro em meu caminho e  me interpela com o seu rosto e sua história; é aquele que, com a sua presença, me impulsiona a sair de meus interesses e minhas seguranças; é aquele que espera a minha disponibilidade de acolher e caminhar juntos na mesma estrada.”

 

Disponibilidade

 

“Disponibilidade a todo irmão e irmã, quem quer que seja e em qualquer situação se encontre, começando com aquele que está próximo a mim na família, na comunidade, no trabalho, na escola. Desta forma, se eu permaneço unido a Jesus, o seu amor pode alcançar o outro e atraí-lo a si, para sua amizade”, sublinhou o Santo Padre.

 

Para Francisco, “esse amor pelos outros não pode ser reservado a momentos excepcionais, mas deve se tornar a constante de nossa existência. É por isso que somos chamados, por exemplo, a proteger os idosos como um tesouro precioso e com amor, mesmo que criem problemas econômicos e inconvenientes, devemos protegê-los. É por isso que aos doentes, mesmo no último estágio, devemos prestar toda a assistência possível. É por isso que os nascituros devem ser sempre acolhidos. É por isso que, em última análise, a vida deve ser sempre protegida e amada desde a concepção até a morte natural. Isso é amor.”

 

Coração de Cristo

 

“Somos amados por Deus em Jesus Cristo, que nos pede para amar uns aos outros como Ele nos ama. Mas nós não podemos fazer isso se não tivermos o seu próprio coração em nós.”

 

“A Eucaristia, à qual somos chamados a participar todos os domingos, tem como objetivo formar em nós o Coração de Cristo, de modo que toda a nossa vida seja guiada por suas atitudes generosas.”

 

“Que a Virgem Maria nos ajude a permanecer no amor de Jesus e a crescer no amor a todos, especialmente aos mais vulneráveis, a fim de corresponder plenamente à nossa vocação cristã”, concluiu o Papa.

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Papa aos consagrados: sejam fecundos graças à oração, pobreza e paciência

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Papa aos consagrados: sejam fecundos graças à oração, pobreza e paciência

“A oração na vida consagrada é o ar que nos faz respirar o chamado, renovar o chamado. Sem este ar não podemos ser bons consagrados”, disso Francisco.

Papa Francisco durante a missa com os consagrados, em fevereiro passadoPapa Francisco durante a missa com os consagrados, em fevereiro passado  - Foto: Vatican Media

Papa Francisco durante a missa com os consagrados, em fevereiro passadoPapa Francisco durante a missa com os consagrados, em fevereiro passado – Foto: Vatican Media

 

O Papa Francisco recebeu, na manhã desta sexta-feira (04/05), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 700 participantes do encontro internacional promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

 

O encontro realiza-se, em Roma, na Pontifícia Universidade Antonianum, de 3 a 6 deste mês, sobre o tema “Consagração por meio dos Conselhos evangélicos”.

 

O Papa falou espontaneamente aos consagrados, indicando critérios autênticos a fim de discernir o que está acontecendo e “não se perder neste mundo, no nevoeiro da mundanidade, nas provocações e no espírito de guerra. Precisamos de critérios autênticos que nos guiem no discernimento”.

 

Colunas da vida consagrada

 

A seguir, o Papa ressaltou que o Espírito Santo é uma “calamidade, porque nunca se cansa de ser criativo”! “Autor da diversidade e ao mesmo tempo Criador de unidade. Ele faz a unidade do Corpo de Cristo, a unidade da consagração. Isso é também um desafio”, sublinhou Francisco.

“Quais são as coisas que o Espírito quer que se mantenham fortes na vida consagrada?”, perguntou o Papa, recordando três critérios autênticos, pilares da vida consagrada: oração, pobreza e paciência.

 

Oração

 

“A oração é voltar sempre ao primeiro chamado”, ao encontro com o Senhor que chamou o consagrado a deixar tudo: mãe, pai, família e carreira para segui-Lo de perto. “Toda oração é voltar a isso, ao sorriso dos primeiros passos.”

 

“A oração na vida consagrada é o ar que nos faz respirar o chamado, renovar o chamado. Sem este ar não podemos ser bons consagrados. Seremos talvez pessoas boas, bons cristãos, bons católicos que trabalham em muitas obras da Igreja, mas a consagração deve ser renovada continuamente ali, na oração, no encontro com o Senhor.”

 

Exemplo de Madre Teresa

 

O Papa Francisco citou como exemplo Madre Teresa de Calcutá que não obstante o trabalho de todos os dias, permanecia duas horas diárias em oração, diante do Santíssimo. “O tempo para a oração  deve ser encontrado”, reiterou Francisco. “Não é possível viver a vida consagrada e discernir o que está acontecendo sem conversar com o Senhor.”

 

Pobreza

 

“A pobreza”, como dizia Santo Inácio de Loyola, “é a mãe, o muro de contenção da vida consagrada” e “defende do espírito mundano”. O espírito de pobreza não é negociável, pois corre-se o risco de passar da “consagração religiosa” à “mundanidade religiosa”. Um percurso que tem três degraus:

“O primeiro: o dinheiro, ou seja, a falta de pobreza. O segundo, a vaidade, que parte do extremo de ser um pavão e vai até as pequenas coisas de vaidade. O terceiro: a soberbia, o orgulho. E dali, todos os vícios. Mas, o primeiro degrau é o apego às riquezas, o apego ao dinheiro.”

 

Paciência

 

Entende-se por paciência, “aquela que Jesus teve para chegar ao fim de sua vida”, a condição em que depois da última ceia vai ao Horto das Oliveiras. “Sem paciência se entendem as guerras internas de uma congregação”, “os carreirismos nos capítulos gerais”, e prossegue Francisco, “algumas decisões tomadas diante de problemas da vida comunitária como a perda das vocações”.

 

Evitar a “ars bene moriendi”

 

O Papa citou o exemplo de duas províncias masculinas de duas congregações diferentes que, num país “secularizado”, encerraram a admissão ao noviciado, condenando o futuro da congregação naquele período. “Ars bene moriendi”, disse o Papa a propósito dessa “Arte de morrer bem”.

 

“Falta paciência e terminamos com o “ars bene moriendi”. Falta paciência e não vêm as vocações? Vendemos e nos apegamos ao dinheiro por qualquer coisa que possa acontecer no futuro. Esse é um sinal de que se está perto da morte: quando uma congregação começa a apegar-se ao dinheiro. Não tem paciência e cai na falta de pobreza.”

 

Fecundidade espiritual

 

“Fiquem atentos à oração, pobreza e paciência”, disse Francisco, convidando os consagrados a seguirem essas “opções radicais” na vida pessoal e comunitária, e a apostar nelas. “Desejo que vocês continuem estudando e sendo fecundos na vida religiosa.”

 

“Nunca se sabe por onde anda a minha fecundidade, mas se você reza, é pobre e paciente, tenha certeza de que será fecundo. Como? O Senhor lhe mostrará. É a receita para a fecundidade. Você será pai, será mãe. É o que eu desejo para a vida religiosa: ser fecunda.”

 

Ouça a reportagem abaixo:

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News