Monthly Archives: julho 2018

Perdão de Assis, uma porta aberta para a reconciliação

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Perdão de Assis, uma porta aberta para a reconciliação

 

O Perdão de Assis é celebrado anualmente nos dias 1° e 2 de agosto, e representa um momento ímpar para a experiência da reconciliação.

A Porciúncula dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos

A Porciúncula dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos

 

Nos dias 1º e 2 de agosto será celebrado o Perdão de Assis. De maneira especial – e não só – na Porciúncula, que é uma “porta sempre aberta” para todos aqueles que querem alcançar a graça de Deus por meio da experiência da reconciliação.

 

O Papa Francisco assim referiu-se à Porciúncula: “O caminho espiritual de São Francisco teve início em São Damião, mas o verdadeiro lugar amado, o coração pulsante da Ordem, onde a fundou e onde, por fim, entregou sua vida a Deus, foi a Porciúncula, a ‘pequena porção’, o cantinho junto à Mãe da Igreja; junto a Maria que, por sua fé tão firme e por seu viver tão inteiramente do amor e no amor com o Senhor, todas as gerações a chamarão bem-aventurada.”

 

No dia do Perdão, tal graça é vivida por milhares de peregrinos de todas as idades, desejosos de atravessar a “porta da vida eterna” e receber o dom da Indulgência Plenária.

 

Diversos eventos ajudarão os peregrinos a “entrar e viver em plenitude este tempo de graça”, conforme um comunicado da secretaria da Basílica de Santa Maria dos Anjos, no interior da qual está a Porciúncula.

 

Antes de tudo, a presença na Porciúncula do Saio dos estigmas de São Pio de Pietrelcina. De fato, o hábito que o frei capuchinho vestia no dia em que recebeu do Senhor os estigmas, estará exposto para a veneração dos fiéis de 29 de julho a 2 de agosto.

 

Em 29 de julho, às 19 horas, terá início o Tríduo em preparação ao Perdão. As meditações do Bispo de Gubbio, Dom Luciano Paolucci Bedini, introduzirão os peregrinos na celebração da misericórdia obtida por São Francisco na igreja Santa Maria dos Anjos.

 

A quarta-feira, 1º de agosto, marca a abertura da Solenidade do Perdão. Às 11 horas, como de costume, o Ministro geral da Ordem dos Frades Menores, padre Michael Perry, presidirá a Solene Celebração Eucarística, que terminará com a Procissão de “Abertura do Perdão”, assim denominada pois, a partir daquele momento até às 24 horas do dia 2 de agosto, a Indulgência Plenária concedida à Porciúncula se estende a todas as igrejas paroquiais espalhadas no mundo e também a todas as igrejas franciscanas.

 

Às 19 horas, as Primeiras Vésperas serão presididas pelo bispo de Assis – Nocera – Umbra,  Dom Domenico Sorrentino. Seguirá a oferta de incenso pela Prefeita de Assis, Stefania Proietti.

 

A tradicional Vigília de Oração terá lugar às 21h15, com procissão luminosa, e será conduzida pelo padre Giuseppe Renda, Custódio da Porciúncula.

 

No dia 2 de agosto será possível participar de numerosas Celebrações Eucarísticas, algumas celebradas por Dom Domenico Sorrentino,  Dom Luciano Paolucci Bedini e pelo padre Claudio Durighetto, Ministro Provincial dos Frades Menores da Úmbria e Sardenha.

 

A partir das 14h30, os jovens participantes de XXXVIII Marcha Franciscana – provenientes de todas as regiões da Itália e de outros países – passarão pela porta da Porciúncula, após terem caminhado por mais de uma semana, guiados pelo tema “Com um nome novo”.

 

Às 19 horas, as Vésperas Solenes do Perdão conduzidas pelo padre Claudio Durighetto.

 

Durante os dois dias da festa, a Basílica permanecerá aberta durante todo o dia para permitir aos peregrinos aproximarem-se do Sacramento da Reconciliação

 

Já na Praça da Basílica, serão realizados cinco espetáculos, que incluem Gloriosus Francisuc com Michele Placido, Concerto da Orquestra Sinfônica russa, “In viaggio con Maria”Concerto do Perdão da Banda da Gendarmaria Vaticana, o balé Le due vie.

 

Origem da Porciúncula

 

A igrejinha, hoje chamada “Porciúncula”, foi construída no ano 352, originalmente como uma Capelinha, por quatro piedosos eremitas provenientes da Palestina.

 

Esta Capelinha, que fora dedicada à Virgem Santíssima, foi confiada no século VI aos Monges Beneditinos do Monte Subásio, que a ampliaram e ornamentaram.

 

Devido à pequena “porção de terra” de que os Monges dispunham, a Capelinha foi chamada “Porciúncula”, quer dizer, “porçãozinha” ou “pequena porção”. Com o tempo, passou a ser chamada “Santa Maria dos Anjos” por causa das frequentes aparições dos Anjos.

 

Reconstrução

 

Quando Francisco de Assis se converteu, enveredando o caminho da santidade, viu que a Capelinha estava completamente arruinada. Então, em virtude da ardorosa devoção que nutria pela Mãe de Deus, ele a reconstruiu e a ganhou do Abade Teobaldo, monge beneditino. Para ali Francisco se retirou com os seus companheiros, ao ser obrigado a abandonar o Tugúrio de Rivotorto.

 

Certa noite de inverno, no ano 1216, enquanto o Pobrezinho de Assis, tomado pelo zelo ardente de levar os pecadores à conversão e à salvação, foi circundado por uma luz suave: um Anjo o convidou a ir à Capelinha, onde era aguardado por Jesus, sua Mãe Santíssima e muitos Anjos.

 

Ao chegar à Capelinha, Francisco se prostrou e adorou a Jesus e venerou a Virgem e os Anjos. Vendo a sua humildade e desprendimento, Jesus lhe deu a possibilidade de pedir uma graça que mais o agradasse. Então, como um novo Moisés, Francisco não pensou em si, mas em todas as almas e respondeu: “Senhor, peço que todos aqueles que, arrependidos e confessados, entrando nesta igrejinha, tenham o perdão de todos os seus pecados e a completa remissão das penas devidas às suas culpas”. E Jesus lhe disse: “Grande é a graça que me pedes, Francisco; no entanto, eu lha concedo, por intermédio da minha Mãe”. Assim, ele invocou a mediação de Nossa Senhora, que a concedeu pela súplica ao seu Filho Divino. Porém, o Senhor pediu-lhe para se apresentar ao seu Vigário na terra, o Sumo Pontífice, para obter a confirmação da graça.

 

Indulgência

 

Dito isto, a visão de Francisco cessou. Ele, imediatamente, foi até ao Papa Honório III, que, depois de várias dificuldades, lhe confirmou a graça, limitando-a, porém, apenas a um dia, por todos os anos, fixando a sua data para o dia 2 de agosto, começando com as Vésperas da Vigília.

 

Assim, em 2 de agosto de 1216, na presença dos Bispos de Assis e das regiões vizinhas, convidados para a consagração da igrejinha da “Porciúncula” e diante de uma multidão extraordinária de fiéis, São Francisco promulgou a “grande indulgência”, concedendo o incomparável tesouro do “Perdão de Assis” a todos os homens de boa vontade.

 

Extensão da indulgência

 

Com a Bula de 4 de julho de 1622, o Papa Gregório XV estendeu esta “Indulgência da Porciúncula” a todas as igrejas da Ordem Franciscana. Em 12 de janeiro de 1678, o Papa Inocêncio XI declarou que esta indulgência podia ser aplicada também às almas do Purgatório.

 

Para facilitar o “Perdão de Assis” aos fiéis do mundo inteiro, o Papa Pio X deu a possibilidade de obtê-lo também nas igrejas ou oratórios. Por sua vez, Bento XV, em 16 de abril de 1921, com o um solene documento, estendeu esta indulgência a todos os dias do ano, mas, de modo solene, na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. Assim se concretizou o desejo de São Francisco.

 

Maiores informações sobre a programação em Assis: www.porziuncola.org

 

Papa os 800 anos da festa do Perdão de Assis, a Conferência da Família Franciscana do Brasil (CFFB), havia preparado um amplo material informativo.

 

Ouça o áudio

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Mensagem do Papa a encontro em Fátima das Equipes de Nossa Senhora

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Mensagem do Papa a encontro em Fátima das Equipes de Nossa Senhora

 

A mensagem serve-se do tema dos trabalhos do encontro, centralizados na figura do filho pródigo, para relançar a exortação do Pontífice “a reconhecer-se neste filho perdido que retorna ao Pai que não se cansa de abraçá-lo e lhe restitui a sua grandeza de filho”.

Papa Francisco durante visita apostólica a Fátima

Papa Francisco durante visita apostólica a Fátima

 

A saudação do Papa Francisco com a sua asseguração de que “a Igreja condena o pecado, porque deve dizer a verdade, mas ao mesmo tempo abraça o pecador que se reconhece tal” oferecendo-lhe a “infinita misericórdia de Deus”, chegou aos participantes do 12º Encontro Internacional das Equipes Notre-Dame (Equipes de Nossa Senhora) em andamento em Fátima, de 16 a 21 de julho, mediante uma mensagem lida pelo núncio apostólico em Portugal, o arcebispo Rino Passigato.

 

Ouça o áudio

 

 

A parábola do filho pródigo

 

Endereçada a Maria Berta e José Moura Soares, casal responsável internacional pelas Equipes de Nossa Senhora, a mensagem serve-se do tema dos trabalhos, centralizados na figura do filho pródigo, para relançar a exortação do Pontífice “a reconhecer-se neste filho perdido que retorna ao Pai que não se cansa de abraçá-lo e lhe restitui a sua grandeza de filho”.

 

“Tocados por tão grande benevolência – prossegue a mensagem – deixem seus corações se expressar: é verdade, Senhor! Sou um pecador, uma pecadora; assim me sinto e assim sou. Perdi-me. De mil modos fugi de teu amor, porém, estou aqui outra vez para renovar minha aliança contigo. Preciso de Ti. Resgata-me novamente Senhor! Aceita-me, mais uma vez, entre teus braços redentores.”

 

Ninguém está excluído da misericórdia de Deus

 

De resto, esclarece a mensagem, os braços abertos de Cristo “na cruz demonstram que ninguém está excluído do amor do Pai nem da sua misericórdia”. Efetivamente, Ele “não se resigna a perder ninguém: marido ou mulher, pais ou filhos… aos olhos de Jesus, ninguém está perdido para sempre, há apenas pessoas que devem ser reencontradas, e Jesus nos impele a sair para buscá-las”.

 

Porque “se quisermos encontrar o Senhor, devemos buscá-lo onde Ele deseja encontrar-nos e não onde nós desejamos encontrá-lo”, conclui.

 

Programa dos dias de encontro

 

Animadas pelas meditações diárias do arcebispo eleito José Tolentino Calaça de Mendonça – que após ter pregado os exercícios espirituais para a Cúria Romana foi nomeado pelo Papa Francisco arquivista e bibliotecário de Santa Romana Igreja –, os dias congressuais na cidadezinha mariana foram marcados por momentos de reflexão, de oração comum, de celebração e de testemunho.

 

Hoje, após setenta anos de vida, o movimento fundado por Henry Cafarrel está presente nos 5 continentes, em 95 países, com mais de 13.500 Equipes de Nossa Senhora.

 

Cidade do Vaticano

 

(L’Osservatore Romano)

 

Fonte: Vatican News

Vida humana: Papa Francisco propõe uma visão global da bioética

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Vida humana: Papa Francisco propõe uma visão global da bioética

O Papa Francisco concluiu sua série de audiências recebendo os participantes da Plenária da Pontifícia Academia para a Vida. A Plenária se realiza no Vaticano de 25 a 27 de junho, sobre o tema “Iguais no nascimento? Uma responsabilidade global”.

Papa Francisco e o Cardeal Elio Sgreccia - Foto: Vatican Media

Papa Francisco e o Cardeal Elio Sgreccia – Foto: Vatican Media

 

No início do seu discurso, o Pontífice agradeceu publicamente o empenho e a dedicação do Cardeal Elio Sgreccia, um dos maiores especialistas em bioética do mundo e presidente da Pontifícia Academia para a Vida no passado. Hoje, este cargo é ocupado pelo arcebispo Vincenzo Paglia.

 

Para Francisco, quando se fala de vida humana é preciso considerar a qualidade ética e espiritual da vida em todas as suas fases: desde a concepção até a morte. Mas não só a vida biológica: existe a vida eterna, existe a vida que é família e comunidade, existe a vida humana frágil e doente, ofendida, marginalizada, descartada. “É sempre vida humana”, reiterou o Papa.

 

A síndrome de Narciso

 

“Quando entregamos as crianças à privação, os pobres à fome, os perseguidos à guerra, os idosos ao abandono, não fazemos nós mesmos o trabalho ‘sujo’ da morte?”, questionou o Pontífice.

Excluindo o outro do nosso horizonte, a vida se fecha em si mesma e se torna bem de consumo. Como Narciso, acrescentou Francisco, nos tornamos homens e mulheres-espelho, que veem somente a si mesmos e nada mais.

 

Visão global da bioética

 

Por isso, é necessária uma visão global da bioética. Em primeiro lugar, explica o Papa, esta bioética global será uma modalidade específica para desenvolver a perspectiva da ecologia integral, própria da Encílica Laudato si’. Portanto, temas como a relação entre pobreza e fragilidade do planeta, a crítica ao novo paradigma e às formas de poder, a cultura do descarte e a proposta de um novo estilo de vida.

 

Em segundo lugar, um discernimento meticuloso das complexas diferenças fundamentais da vida humana: do homem e da mulher, da paternidade da maternidade, a fraternidade, a sexualidade, a doença, o envelhecimento, a violência e guerra.

 

Defender a sacralidade da vida

 

Para Francisco, a sacralidade da vida embrional deve ser defendida com a mesma paixão que a sacralidade da vida dos pobres que já nasceram.

 

A bioética global, portanto, requer um discernimento profundo e objetivo da valor da vida pessoal e comunitária, que deve ser protegida e promovida também nas condições mais difíceis.

 

Todavia, observou o Papa, a regulamentação jurídica e a técnica não são suficientes para garantir o respeito à dignidade da pessoa.

 

A perspectiva de uma globalização que tende a aumentar a aprofundar as desigualdades pede uma resposta ética a favor da justiça. Por isso é importante estar atentos a fatores sociais e econômicos, culturais e ambientais que determinam a qualidade de vida da pessoa humana.

 

Destino último da vida humana

 

Por fim, é preciso se interrogar mais profundamente sobre o destino último da vida.

 

“A vida do homem, encantadora e frágil, remete além de si mesma: nós somos infinitamente mais daquilo que podemos fazer para nós mesmos”. “A sabedoria cristã – concluiu o Papa – deve reabrir com paixão e audácia o pensamento do destino do gênero humano à vida de Deus, que prometeu abrir ao amor da vida além da morte”.

Fonte: Rádio Vaticana

Papa convida a acompanhar e apoiar os sacerdotes com amizade

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Papa convida a acompanhar e apoiar os sacerdotes com amizade

 

O Santo Padre pede que os fiéis ajudem os sacerdotes em seu trabalho e ressalta a importância de apoiá-los nas situações de solidão. Ele faz este pedido através da nova edição de O Vídeo do Papa, realizado pela Rede Mundial de Oração do Papa.

O Vídeo do Papa - Foto: Vatican Media

O Vídeo do Papa – Foto: Vatican Media

Acompanhar e apoiar os sacerdotes: esta é a intenção de oração proposta pelo Papa Francisco neste mês de julho.

 

“Rezemos juntos para que os sacerdotes que vivem com dificuldade e na solidão o seu trabalho pastoral se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos”, afirma o Pontífice em seu sétimo vídeo do ano. “Nesses momentos, é bom lembrar que as pessoas amam seus pastores”, acrescenta.

 

Segundo a última edição Anuário Pontifício, no mundo existe 415.656 sacerdotes. 37,4% se concentram na América, seguida da Europa com 31,6%, da Ásia com 15,1%, África com 13, 4% e, por último, Oceania com 2,5% dos presbíteros. Todos eles devem desenvolver seu trabalho pastoral para alcançar os mais de 1,2 bilhão de católicos distribuídos pelos cinco continentes.

 

“O cansaço dos sacerdotes… sabem quantas vezes penso nisto?”, reflete o Papa. “Diante de tantos desafios, não podem ficar parados depois de uma desilusão.”

 

“A missão que o Senhor confia aos seus ‘pastores’ implica uma total entrega ao serviço dos outros e da missão, o que é muito exigente e, sem uma profunda amizade com o Senhor, sem oração, e o apoio de uma comunidade, isso não é possível. Por isso o Papa convida a acompanhar com amizade os sacerdotes”, comenta o Pe. Frédéric Fornos, SJ, Diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico Juvenil.

 

Assista ao vídeo abaixo:

 

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News