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Mensagem do Papa Francisco aos jovens: a JMJ é para os corajosos!

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Mensagem do Papa para a JMJ 2018

 

“Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus” é o tema da mensagem do Papa Francisco em preparação à XXXIII Jornada Mundial da Juventude, celebrada em nível diocesano no Domingo de Ramos.

 

Mensagem do Santo Padre Francisco

para a XXXIII Jornada Mundial da Juventude

(Domingo de Ramos, 25 de março de 2018)

«Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus»

(Lc 1, 30)

 

Queridos jovens!

 

A Jornada Mundial da Juventude de 2018 constitui um passo mais na preparação da jornada internacional, que se realizará no Panamá em janeiro de 2019. Esta nova etapa da nossa peregrinação tem lugar no ano em que está convocada a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema: Os jovens, a fé e o discernimento vocacional. É uma feliz coincidência. A atenção, a oração e a reflexão da Igreja concentrar-se-ão sobre vós, jovens, no desejo de perceber e, sobretudo, «acolher» o dom precioso que vós sois para Deus, para a Igreja e para o mundo.Jovens JMJ

 

Como já sabeis, para nos acompanhar ao longo deste itinerário, escolhemos o exemplo e a intercessão de Maria, a jovem de Nazaré, que Deus escolheu como Mãe do seu Filho. Ela caminha connosco rumo ao Sínodo e à JMJ do Panamá. No ano passado, guiaram-nos as palavras do seu cântico de louvor – «O Todo-poderoso fez em Mim maravilhas» (Lc 1, 49) –, ensinando-nos a conservar na memória o passado; este ano, procuramos escutar, juntamente com Ela, a voz de Deus que infunde coragem e dá a graça necessária para responder à sua chamada: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus» (Lc 1, 30). São as palavras que o mensageiro de Deus, o arcanjo Gabriel, dirigiu a Maria, jovem simples duma pequena povoação da Galileia.

 

  1. Não temas!

 

Compreensivelmente, a inesperada aparição do anjo e a sua saudação misteriosa («Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo»: Lc 1, 28) provocaram uma forte turbação em Maria, surpreendida por esta primeira revelação da sua identidade e da sua vocação, que Lhe eram ainda desconhecidas. Maria, como outras personagens da Sagrada Escritura, treme perante o mistério da chamada de Deus, que, dum momento para o outro, a confronta com a imensidão do desígnio divino e Lhe faz sentir toda a sua pequenez de humilde criatura. O anjo, lendo no fundo do coração d’Ela, diz-Lhe: «Não temas»! Deus lê também no nosso íntimo. Conhece bem os desafios que devemos enfrentar na vida, sobretudo quando nos deparamos com as opções fundamentais de que depende o que seremos e faremos neste mundo. É a «perplexidade» que sentimos face às decisões sobre o nosso futuro, o nosso estado de vida, a nossa vocação. Em tais momentos, ficamos turbados e somos assaltados por tantos medos.

 

E vós, jovens, quais são os medos que tendes? Que é que vos preocupa mais profundamente? Um medo «de fundo», que existe em muitos de vós, é o de não ser amados, bem-queridos, de não ser aceites por aquilo que sois. Hoje, há muitos jovens que, na tentativa de se adequar a padrões frequentemente artificiais e inatingíveis, têm a sensação de dever ser diferentes daquilo que são na realidade. Fazem contínuos «foto-retoques» das imagens próprias, escondendo-se por trás de máscaras e identidades falsas, até chegarem quase a tornar-se eles mesmos um «fake», um falso. Muitos têm a obsessão de receber o maior número possível de apreciações «gosto». E daqui, desta sensação de desajustamento, surgem muitos medos e incertezas. Outros temem não conseguir encontrar uma segurança afetiva e ficar sozinhos. Em muitos, à vista da precariedade do trabalho, entra o medo de não conseguirem encontrar uma conveniente afirmação profissional, de não verem realizados os seus sonhos. Trata-se de medos atualmente muito presentes em inúmeros jovens, tanto crentes como não-crentes. E mesmo aqueles que acolheram o dom da fé e procuram seriamente a sua vocação, por certo não estão isentos de medos. Alguns pensam: talvez Deus me peça ou virá a pedir demais; talvez, ao percorrer a estrada que Ele me aponta, não seja verdadeiramente feliz, ou não esteja à altura do que me pede. Outros interrogam-se: Se seguir o caminho que Deus me indica, quem me garante que conseguirei percorrê-lo até ao fim? Desanimarei? Perderei o entusiasmo? Serei capaz de perseverar a vida inteira?

 

Nos momentos em que se aglomeram no nosso coração dúvidas e medos, torna-se necessário o discernimento. Este permite-nos pôr ordem na confusão dos nossos pensamentos e sentimentos, para agir de maneira justa e prudente. Neste processo, o primeiro passo para superar os medos é identificá-los claramente, para não acabar desperdiçando tempo e energias a braços com fantasmas sem rosto nem consistência. Por isso, convido-vos, todos, a olhar dentro de vós próprios e a «dar um nome» aos vossos medos. Perguntai-vos: Hoje, na situação concreta que estou a viver, o que é que me angustia, o que é que mais temo? O que é que me bloqueia e impede de avançar? Porque é que não tenho a coragem de abraçar as decisões importantes que deveria tomar? Não tenhais medo de olhar, honestamente, para os vossos medos, reconhecê-los pelo que são e enfrentá-los. A Bíblia não nega o sentimento humano do medo, nem os inúmeros motivos que o podem provocar. Abraão teve medo (cf. Gn 12, 10-11), Jacob teve medo (cf. Gn 31, 31; 32, 8), e de igual modo também Moisés (cf. Ex 2, 14; 17, 4), Pedro (cf. Mt 26, 69-75) e os Apóstolos (cf. Mc4, 38-40; Mt 26, 56). O próprio Jesus, embora a um nível incomparável, sentiu medo e angústia (cf. Mt 26, 37; Lc 22, 44).

 

«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (Mc 4, 40). Esta advertência de Jesus aos discípulos faz-nos compreender como muitas vezes o obstáculo à fé não é a incredulidade, mas o medo. Neste sentido, o trabalho de discernimento, depois de ter identificado os nossos medos, deve ajudar-nos a superá-los, abrindo-nos à vida e enfrentando serenamente os desafios que ela nos apresenta. De modo particular para nós, cristãos, o medo nunca deve ter a última palavra, mas ser ocasião para realizar um ato de fé em Deus… e também na vida. Isto significa acreditar na bondade fundamental da existência que Deus nos deu, confiar que Ele conduz a um fim bom mesmo através de circunstâncias e vicissitudes muitas vezes misteriosas para nós. Se, em vez disso, alimentarmos os medos, tenderemos a fechar-nos em nós próprios, a barricar-nos para nos defendermos de tudo e de todos, ficando como que paralisados. É preciso reagir! Nunca fechar-se! Na Sagrada Escritura, encontramos 365 vezes a expressão «não temer», nas suas múltiplas variações, como se dissesse que o Senhor nos quer livres do medo todos os dias do ano.

 

O discernimento torna-se indispensável quando se trata da busca da própria vocação. Pois esta, na maioria das vezes, não aparece logo clara ou completamente evidente, mas vai-se identificando pouco a pouco. O discernimento, que se deve fazer neste caso, não há de ser entendido como um esforço individual de introspeção, cujo objetivo seria conhecer melhor os nossos mecanismos interiores para nos fortalecermos e alcançarmos um certo equilíbrio; porque, então, a pessoa pode tornar-se mais forte, mas permanece em todo o caso fechada no horizonte limitado das suas possibilidades e pontos de vista. Ao contrário, a vocação é uma chamada do Alto e, neste caso, o discernimento consiste sobretudo em abrir-se ao Outro que chama. Portanto, é necessário o silêncio da oração para escutar a voz de Deus que ressoa na consciência. Ele bate à porta dos nossos corações, como fez com Maria, desejoso de estreitar amizade connosco através da oração, falar-nos através da Sagrada Escritura, oferecer-nos a sua misericórdia no sacramento da Reconciliação, tornar-Se um só connosco na Comunhão Eucarística.

 

Mas é importante também o confronto e o diálogo com os outros, nossos irmãos e irmãs na fé, que têm mais experiência e nos ajudam a ver melhor e a escolher entre as várias opções. O jovem Samuel, quando ouve a voz do Senhor, não a reconhece imediatamente e três vezes foi ter com Eli, o sacerdote idoso, que acaba por lhe sugerir a resposta certa a dar à chamada do Senhor: «Se fores chamado outra vez, responde: “Fala, Senhor; o teu servo escuta”» (1 Sm 3, 9). Nas vossas dúvidas, sabei que podeis contar com a Igreja. Sei que há bons sacerdotes, consagrados e consagrados, fiéis-leigos – muitos deles também jovens –, que vos podem acompanhar como irmãos e irmãs mais velhos na fé; animados pelo Espírito Santo, serão capazes de vos ajudar a decifrar as vossas dúvidas e a ler o desígnio da vossa vocação pessoal. O «outro» é não apenas o guia espiritual, mas também quem nos ajuda a abrir-nos a todas as riquezas infinitas da existência que Deus nos deu. É necessário abrir espaços nas nossas cidades e comunidades para crescer, sonhar, perscrutar novos horizontes! Nunca percais o prazer de gozar do encontro, da amizade, o prazer de sonhar juntos, de caminhar com os outros. Os cristãos autênticos não têm medo de se abrir aos outros, de compartilhar os seus espaços vitais transformando-os em espaços de fraternidade. Não deixeis, queridos jovens, que os fulgores da juventude se apaguem na escuridão duma sala fechada, onde a única janela para olhar o mundo seja a do computador e do smartphone. Abri de par em par as portas da vossa vida! Os vossos espaços e tempos sejam habitados por pessoas concretas, relações profundas, que vos deem a possibilidade de compartilhar experiências autênticas e reais no vosso dia-a-dia.

 

  1. Maria!

 

«Eu te chamei pelo teu nome» (Is 43, 1). O primeiro motivo para não temer é precisamente o facto de Deus nos chamar pelo nome. O anjo, mensageiro de Deus, chamou Maria pelo nome. Dar nomes é próprio de Deus. Na obra da criação, Ele chama à existência cada criatura com o seu nome. Por trás do nome, há uma identidade, aquilo que é único em cada coisa, em cada pessoa, aquela essência íntima que só Deus conhece profundamente. Depois, esta prerrogativa divina foi partilhada com o homem, a quem Deus concedeu dar um nome aos animais, às aves e até aos próprios filhos (cf. Gn 2, 19-21; 4, 1). Muitas culturas compartilham esta profunda visão bíblica, reconhecendo no nome a revelação do mistério mais profundo duma vida, o significado duma existência.

 

Quando chama pelo nome uma pessoa, Deus revela-lhe ao mesmo tempo a sua vocação, o seu projeto de santidade e de bem pelo qual essa pessoa será um dom para os outros e se tornará única. E mesmo quando o Senhor quer ampliar os horizontes duma vida, decide dar à pessoa chamada um novo nome, como faz com Simão, chamando-o «Pedro». Daqui veio o uso de adotar um nome novo quando se entra numa Ordem Religiosa, para indicar uma nova identidade e uma nova missão. A chamada divina, enquanto pessoal e única, exige a coragem de nos desvincularmos da pressão homogeneizadora dos lugares-comuns, para que a nossa vida seja verdadeiramente um dom original e irrepetível para Deus, para a Igreja e para os outros.

 

Assim, queridos jovens, ser chamados pelo nome é um sinal da nossa grande dignidade aos olhos de Deus, da sua predileção por nós. E Deus chama cada um de vós pelo nome. Vós sois o «tu» de Deus, preciosos a seus olhos, dignos de estima e amados (cf. Is 43, 4). Acolhei com alegria este diálogo que Deus vos propõe, este apelo que vos dirige, chamando-vos pelo nome.

 

  1. Achaste graça diante de Deus

 

O motivo principal pelo qual Maria não deve temer é porque achou graça diante de Deus. A palavra «graça» fala-nos de amor gratuito, não devido. Quanto nos encoraja saber que não temos de merecer a proximidade e a ajuda de Deus, apresentando antecipadamente um «currículo excelente», cheio de méritos e sucessos! O anjo diz a Maria que  achou graça diante de Deus; não, que a obterá no futuro. A própria formulação das palavras do anjo faz-nos compreender que a graça divina é ininterrupta, não algo fugaz ou momentâneo, e por isso nunca falhará. E no futuro também haverá sempre a graça de Deus a sustentar-nos, sobretudo nos momentos de prova e escuridão.

 

A presença contínua da graça divina encoraja-nos a abraçar, com confiança, a nossa vocação, que exige um compromisso de fidelidade que se deve renovar todos os dias. Com efeito, a senda da vocação não está desprovida de cruzes: não só as dúvidas iniciais, mas também as tentações frequentes que se encontram ao longo do caminho. O sentimento de inadequação acompanha o discípulo de Cristo até ao fim, mas ele sabe que é assistido pela graça de Deus.

As palavras do anjo descem sobre os medos humanos, dissolvendo-os com a força da boa nova de que são portadoras: a nossa vida não é pura casualidade nem mera luta pela sobrevivência, mas cada um de nós é uma história amada por Deus. O «ter achado graça» aos olhos d’Ele significa que o Criador entrevê uma beleza única no nosso ser e tem um desígnio magnífico para a nossa existência. Esta consciência, certamente, não resolve todos os problemas nem tira as incertezas da vida, mas tem a força de a transformar em profundidade. O desconhecido, que o amanhã nos reserva, não é uma obscura ameaça a que devemos sobreviver, mas um tempo favorável que nos é dado para viver a unicidade da nossa vocação pessoal e partilhá-la com os nossos irmãos e irmãs na Igreja e no mundo.

 

  1. Coragem no presente

 

Da certeza de que a graça de Deus está conosco, provém a força para ter coragem no presente: coragem para levar por diante aquilo que Deus nos pede aqui e agora, em cada âmbito da nossa vida; coragem para abraçar a vocação que Deus nos mostra; coragem para viver a nossa fé sem a esconder nem atenuar.

 

Sim, quando nós abrimos à graça de Deus, o impossível torna-se realidade. «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?» (Rm 8, 31). A graça de Deus toca o hoje da vossa vida, «agarra-vos» assim como sois, com todos os vossos medos e limites, mas revela também os planos maravilhosos do Senhor! Vós, jovens, precisais de sentir que alguém tem verdadeiramente confiança em vós: sabei que o Papa confia em vós, que a Igreja confia em vós!

 

E vós, confiai na Igreja!

 

À jovem Maria foi confiada uma tarefa importante, precisamente porque era jovem. Vós, jovens, tendes força, atravessais uma fase da vida em que certamente não faltam as energias. Usai essa força e essas energias para melhorar o mundo, começando pelas realidades mais próximas de vós. Desejo que, na Igreja, vos sejam confiadas responsabilidades importantes, que se tenha a coragem de vos deixar espaço; e vós, preparai-vos para assumir estas responsabilidades.

 

Convido-vos ainda a contemplar o amor de Maria: um amor solícito, dinâmico, concreto. Um amor cheio de audácia e todo projetado para o dom de Si mesma. Uma Igreja impregnada por estas qualidades marianas será sempre uma Igreja em saída, que ultrapassa os seus limites e confins para fazer transbordar a graça recebida. Se nos deixarmos contagiar pelo exemplo de Maria, viveremos concretamente aquela caridade que nos impele a amar a Deus acima de tudo e de nós mesmos, a amar as pessoas com quem partilhamos a vida diária. E amaremos inclusive quem nos poderia parecer, por si mesmo, pouco amável. É um amor que se torna serviço e dedicação, sobretudo pelos mais fracos e os mais pobres, que transforma os nossos rostos e nos enche de alegria.

 

Gostaria de concluir com as encantadoras palavras pronunciadas por São Bernardo numa famosa homilia sobre o mistério da Anunciação, palavras que manifestam a expetativa de toda a humanidade pela resposta de Maria: «Ouviste, ó Virgem, que conceberás e darás à luz um filho; ouviste que isso não será por obra de varão, mas por obra do Espírito Santo. O anjo aguarda a resposta; também nós, Senhora, esperamos a tua palavra de misericórdia. A tua breve resposta pode renovar-nos e restituir-nos à vida. Todo o mundo, prostrado a teus pés, espera a tua resposta. Dá depressa, ó Virgem, a tua resposta» (Hom. 4, 8-9: Opera omnia, Edit. Cisterc. 4 (1966), 53-54).

 

Queridos jovens, o Senhor, a Igreja, o mundo esperam também a vossa resposta à vocação única que cada um tem nesta vida! À medida que se aproxima a JMJ do Panamá, convido-vos a preparar-vos para este nosso encontro com a alegria e o entusiasmo de quem deseja fazer parte duma grande aventura. A JMJ é para os corajosos! Não para jovens que procuram apenas a comodidade, recuando à vista das dificuldades. Aceitais o desafio?

 

Vaticano, 11 de fevereiro – VI Domingo do Tempo Comum e Memória de Nossa Senhora de Lurdes – de 2018.

 

[Franciscus]

 

Fonte: Vatican News

“24 horas para o Senhor” chegará também às prisões italianas

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“24 horas para o Senhor” chegará também às prisões italianas

 

Nos dias 9 e 10 de março, as igrejas das dioceses de todo o mundo são convidadas a deixar abertas as suas portas initerruptamente, oferecendo assim aos fiéis que desejarem, a possibilidade do acesso à Confissão e à Adoração Eucarística. Nesta quinta edição da iniciativa, o Papa Francisco também encontrará os Missionários da Misericórdia.24 horas para o Senhor

 

O Papa Francisco, na mensagem para a Quaresma, recordou que “se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar”.

 

E uma ocasião propícia para isto – afirmou –  é a iniciativa «24 horas para o Senhor», que convida “a celebrar o Sacramento da Reconciliação num contexto de Adoração Eucarística”.

 

De fato, nos dias 9 e 10 de março, as igrejas das dioceses de todo o mundo são convidadas a deixar abertas as suas portas initerruptamente, oferecendo assim aos fiéis que desejarem, a possibilidade do acesso à Confissão e à Adoração Eucarística.

 

Nesta quinta edição da iniciativa, o Papa Francisco também encontrará os Missionários da Misericórdia, que por desejo do próprio Santo Padre, continuam com sua missão de levar o Sacramento da Reconciliação nos cinco continente, dois anos após o Jubileu da Misericórdia.

 

Na Itália, a iniciativa chegará também às prisões, graças à disponibilidade dos capelães, como antecipou à Agência Sir o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova

 

Evangelização, o arcebispo Rino Fisichella.

 

A iniciativa “24 horas para o Senhor” está no coração do Papa, que falou dela também na mensagem final para a Quaresma. Quais as novidades da edição deste ano?

 

“É verdade, podemos dizer que esta iniciativa – que chega à quinta edição – insere-se sempre mais no coração da Igreja, tanto que tornou-se um momento que parece ser um encontro fixo da Quaresma: o Papa Francisco a incluiu também em sua Mensagem. O tema deste ano é uma expressão do Salmo 30: “Junto de vós está o perdão”. O desejo é o de abrir o coração para fazer entrar a vida de Deus, que o transforma e assim nos faz felizes”.

 

A resposta das Igrejas locais a esta iniciativa, poderíamos dizer que dê corpo a uma espécie de “mapa” das dioceses do mundo em resposta ao Sacramento da Confissão e à Adoração Eucarística. Sob este aspecto, qual o panorama nos diferentes continentes?

 

Das notícias que recebemos quando os bispos vêm a Roma para as visitas “ad limina”, vemos que quando se fala “24 horas para o Senhor”, todos já sabem do que se trata. É um sinal muito importante para nós, porque quer dizer que vivem esta experiência e permitem realizá-la e difundi-la nas próprias dioceses. Precisamente nestes dias, recebi uma carta do Inspetor Geral dos Cárceres que continha a proposta de viver “24 horas para o Senhor” também nas penitenciárias. Os capelães foram alertados para viver esta experiência e este momento de perdão: um momento, este, que foi pensado, desejado e esperado”.

 

Vivemos momentos como estes também no calendário do Jubileu convocado pelo Papa Francisco….

 

“Durante o Jubileu tocamos com a mão como o nosso povo tem a necessidade da misericórdia. É um caminho que continua, uma dimensão que, de maneira especial, vemos entrar sempre mais na vida das nossas comunidades. A experiência do perdão é sem dúvida um das experiências mais belas que podemos experimentar em nossa vida: se porém não o imploramos como dom do Pai, se não nos deixamos perdoar por Ele, não seremos capazes de poder recebê-lo e, por sua vez, perdoarmos os nossos irmãos”.

 

Depois da Quaresma, o foco é o caminho de preparação ao Sínodo dos Jovens. Como vocês estão se preparando para este acontecimento, que terá um “ensaio geral” no encontro dos jovens italianos em agosto com o Papa?

 

“Depois do “24 horas para o Senhor”, no Domingo de Ramos celebraremos em nível diocesano o Dia Mundial da Juventude. Muitos jovens virão a Roma para vivê-la com o Papa Francisco, a espera do Sínodo de outubro. O domingo seguinte será o Domingo da Misericórdia, que este ano será vivido de maneira particularmente solene: o Papa celebrará a Missa na Praça São Pedro, junto com todas as pessoas, grupos, associações, realidades da vida consagrada, que se inspiram na misericórdia. E o tema da misericórdia será retomado também nos dias sucessivos, em que estarão presentes em Roma tantos “Missionários da Misericórdia” que o Papa decidiu enviar pelo mundo durante o Jubileu. Trata-se de um encontro desejado e decidido pelo Santo Padre, que quis encontrar novamente os missionários, dois anos mais tarde, para analisar junto com eles o percurso feito, ouvir os seus testemunhos e manter aceso o sentido vivo do Pai que perdoa sempre, a quem implora a sua misericórdia, removendo todo obstáculo ao perdão”.

 

O processo de reforma do Papa Francesco para a Cúria Romana, como sabemos, segue em frente. Há alguma novidade em relação a este dicastério? 

 

“Também nós estamos à espera de saber o que acontecerá. Muitos passos foram dados, alguns dicastérios fora incorporados. Não posso e não sou capaz de prever os passos sucessivos. Isto não evita que continuemos a viver a experiência da nova evangelização, um tema fundamental e determinante para a vida da Igreja, sobretudo neste momento. Basta pensar no Sínodo de 2012 e na Evangelii gaudium, que podemos definir como uma verdadeira ‘Carta Magna’ da nova evangelização. Independente do êxito da reforma, permanecerá uma dimensão estrutural: o tema da nova evangelização está em primeira alinha na vida da Igreja”. 

 

(Agência Sir)

 

Fonte: Vatican News

Ano Nacional do Laicato segue com ações na Arquidiocese de Salvador

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Ano Nacional do Laicato segue com ações na Arquidiocese de Salvador

 

A Comissão Arquidiocesana para o Ano Nacional do Laicato continua desenvolvendo ações por toda a Arquidiocese. Para que os leigos possam ter acesso ao planejamento, o padre Ricardo Henrique, que está à frente da Comissão e que também é o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, divulgou as seguintes orientações:

 

 

ANO NACIONAL DO LAICATO NA ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR DA BAHIA

Imagem Oficial

A Igreja no Brasil está celebrando – de 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018 – o “Ano do Laicato”. O tema escolhido para animar a mística desta iniciativa é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14).

 

A Constituição Dogmática Lumen Gentium nos ensina sobre o significado da palavra leigo:

 

Por leigos entendem-se aqui todos os cristãos que não são membros da sagrada Ordem ou do estado religioso reconhecido pela Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados em Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e tornados participantes, a seu modo, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, exercem, pela parte que lhes toca, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo (LG, 31).

 

O Ano do Laicato tem o seguinte objetivo geral:

 

Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade. “É nossa intenção refletir sobre a dimensão pastoral, evangelizadora e missionária que cristãos leigos e leigas, por meio do testemunho, da santidade e da ação transformadora, exercem no mundo e na Igreja” (Doc. 105, n. 4).

 

Sabe-se que a unidade da Igreja acontece na diversidade de rostos, carismas, funções e ministérios. O dom do Espírito se efetiva na ação concreta de cada membro da comunidade que “desce e entra em tudo que é humano, que constrói um mundo mais humano e que nos humaniza” (Evagelli Gaudium – A alegria do Evangelho, n. 24). Nesse sentido, leigos e leigas têm um papel fundamental com sua inserção no mundo do trabalho, na família, na política, na cultura e educação, nas comunicações, no cuidado com a nossa Casa Comum e em outros campos de ação ou areópagos modernos.

 

A Assembleia dos Serviços Arquidiocesanos da Ação Pastoral, que aconteceu no dia 21 de outubro de 2017, teve como foco o Ano Nacional do Laicato. Foram trabalhados os últimos pontos do documento 105 e foram realizados trabalhos em grupos, com intuito de planejar o Ano do Laicato, a partir das seguintes dimensões: Eventos, Comunicação, Catequese, Celebração e Formação. O fruto gerado durante a Assembleia foi a criação da Comissão Arquidiocesana para o Ano do Laicato.

 

Organização das Frentes de Ação:

 

  • Estão planejadas 12 frentes de ação para o Ano do Laicato na Arquidiocese;
  • As atividades contemplam as diferentes instâncias: arquidiocesana, forânea e paroquial, além de seus desdobramentos nas Pastorais e Organismos;
  • As ações estão distribuídas ao longo do ano e praticamente coincidem com o que é sugerido pela Comissão Nacional da CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil];
  • Aplicam-se os eixos sugeridos pela Comissão Nacional: Comunicação, Celebração, Catequese, Formação (inclui Subsídios) e Eventos;

Frentes de Ação:

 

  • Pré-Lançamento do Ano do Laicato;
  • Missa de Abertura Arquidiocesana do Ano Nacional do Laicato;
  • Visitação do Ícone da Sagrada Família nas foranias;
  •   Encontro dos Cristãos Leigos e Leigas da Arquidiocese de Salvador da Bahia;
  • Fórum Arquidiocesano de Profissionais Católicos;
  • Seminários Temáticos por foranias;
  • Encontros de Reflexão;
  • Exposição itinerante de fotografias de mulheres líderes da nossa Igreja;
  • Semana Missionária;
  • Festival de Música Católica;
  • Fórum Arquidiocesano de Fé e Política;
  • Semana Nacional do Laicato;
  • Encerramento do Ano do Laicato;

Respondendo às exigências apontadas no documento 105, a Arquidiocese de São Salvador criou a Equipe Arquidiocesana de Formação Permanente para os Leigos, que organizará um programa formativo que contribuirá na caminhada formativa-pastoral das Foranias, Paróquias e Serviços Arquidiocesanos.

 

Enfim, a perspectiva no Ano do Laicato é unir forças, valorizar e validar ações existentes em diversos setores da Arquidiocese, ampliando-as e potencializando-as. A proposta é que as formações aconteçam dentro de um planejamento que atenda e estejam inseridas nas atividades das Foranias e Paróquias.

 

É válido salientar que durante o Ano do Laicato nos comunicaremos através dos seguintes contatos:

Comissão para o Ano do Laicato – E- mail: <anodolaicato.salvador@gmail.com>;

 

  • Secretaria de Pastoral – E-mail: <pastoral@arquiprimaz.org.br> e Tel. (71) 4009-6605 / 4009-6636;
  • Contaremos também com a colaboração da Pastoral Arquidiocesana de Comunicação (Pascom).

Pe. Ricardo Henrique Oliveira Santana

Coordenador Arquidiocesano de Pastoral

 

Fonte: Arquidiocese de São Salvador

Crer em Deus é, portanto, crer na misericórdia

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Oitava meditação: “Crer em Deus é, portanto, crer na misericórdia”

 

Padre José Tolentino Mendonça, sacerdote português convidado pelo Papa Francisco para pregar o retiro anual da Cúria Romana, fala na sua oitava meditação sobre o poder restaurador da misericórdia de Deus.

Casa Divino Mestre em Ariccia (Foto: Vatican Media)

Casa Divino Mestre em Ariccia (Foto: Vatican Media)

 

“De verdade é importante a experiência de relação que ali se manifesta – parábola do filho prodigo – e se recompõe. (…) temos a oportunidade de observar as nossas mesmas passagens, externas e interiores, e de olhar com profundidade a nossa história.” Assim inicia, Padre José Tolentino Mendonça, sacerdote português que está pregando o retiro ao Papa e seus colaboradores.

 

Na meditação sobre a parábola do filho prodigo, quando se refere ao filho mais novo Padre Jose fala que “é uma história que nos pega dentro. E nesse espelho tem tudo: o desejo de liberdade do filho mais jovem, os seus sonhos sem fundamento, os passos falsos, a fantasia da onipotência, a sua incapacidade de reconciliar desejos e leis. Com um resultado previsível: o vazio e a solidão. Se descobrira completamente sozinho”.

 

Fazendo uma comparação, o filho mais velho, segundo o pregador ressalta que ele tem “a dificuldade de viver a fraternidade, a recusa de alegrar-se do bem do outro, e a incapacidade de viver a lógica da misericórdia. Não consegue resolver a relação com seu irmão, ainda cheia de agressividade, com uma barreira e violência. E nem mesmo a relação com o Pai é totalmente integrada: ele nutre ainda a expectativa da recompensa.”

 

“No filho mais velho não é o problema com a lei, mas com a generosidade do amor. E isto é uma das doenças dos desejos”. E afirma que todos nós somos também assim: “contradições de sentimentos. E está completa ambivalência humana, é o maior elogio da misericórdia de Deus, que a parábola, ilumina.”

 

E afirma ainda, que “dentro de nós, em verdade não existem somente coisas bonitas, harmoniosas e resolvidas.  Dentro de nos existem sentimentos sufocados, tantas coisas que devem se tornar claras, doenças, inúmeros fios para se conectarem. Existem sofrimentos, âmbitos que devem ser reconciliado, memorias e fissuras que se devem deixar Deus curar.

 

A pergunta é: a que ponto nos deixamos reconciliar? Mas reconciliar profundamente, com a lógica do Evangelho, e no mais profundo de nós?”

 

Reforçando ainda mais a importância da misericórdia, afirma que “este excesso de amor que Deus nos ensina, está em condições de resgatar-nos. Cada um de nós possui uma riqueza interior, um mundo de possibilidades, mas também limites com os quais, em um caminho de conversão, é necessário confrontar-se”.

 

Comparando os desejos, afirma eu os errados, ou como define de “os desejos soltos – uma realidade que o nosso tempo promove – desencadeia em nós movimentos errados e irresponsáveis, a pura inconstância, o hedonismo e um rodamoinho enganador”. E que os verdadeiros “ao invés, é assinalado com uma carência, uma insatisfação, de uma sede que vem de um princípio dinâmico e projetivo. O desejo é literalmente insaciável, pois aspira a isto que não pode ser possuído: o senso. Assim, o desejo não se sacia: se aprofunda.”

 

Quando chega especificamente na figura do Pai –na parábola- reflete o poder curador da sua misericórdia. O Pai sabe que “tem dois filhos e entende que deve relacionar-se com eles de modo diferente, reservar a a cada um, olhares diferentes”, cada um com os seus desejos. Nesta reflexão sobre o Pai, Padre Jose diz:

 

“Jesus não perde tempo explicando a razão porque o filho mais jovem quer ir embora, mas que o Pai aceita o espaço que o filho pretende, acolhe o risco da sua liberdade, e simplesmente o ama. E que depois no seu retorno, cobre de beijos aquela vida infeliz, e a faz totalmente amável”.

 

E não somente os desejos do filho mais novo deve ser curado pela misericórdia, diz o pregador, mas também os do seu primogênito. “O Pai vai ao seu encontro. O Pai da dignidade a indignação do filho mais velho, vai escuta-lo, sai, desce para busca-lo. Essa misericórdia de escutar os outros até o fim. E a misericórdia gera uma das mais belas declarações de amor que um Pai possa dedicar ao filho:

 

‘Filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é teu” (Lc 15, 31).

 

Para concluir, afirma sobre a misericórdia: “A misericórdia é isso. Um dever a qual ninguém nos obriga, mas uma obrigação que nasce da esperança. É o bem mais precioso e deve ser vitoriosa sobre todas as mortes. Quem crê que a misericórdia seja fácil, é porque nunca a viveu e nem a experimentou. A misericórdia está entre as coisas mais exigentes e que exigem empenho. Porém não tem vida sem misericórdia.

 

A misericórdia é um dos atos soberanos de Deus. Crer em Deus é, portanto, crer na misericórdia”.

 

Fonte: Vatican News

Prepare-se para a Quaresma

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Prepare-se para a Quaresma

 

Quaresma é tempo de conversão. É um tempo especial de graças que, devemos aproveitar ao máximo, para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamos-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: ‘Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação’ (Is 49,8)”. “Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação” (2 Cor 6, 1-2). Eis algumas práticas que podem nos ajudar a viver bem este tempo:Quaresma

 

1- Quarta-feira de Cinzas

Comece bem a Quaresma recebendo as Cinzas e meditando o seu significado: “voltamos ao pó” que as cinzas lembram. “És pó, e ao pó tu hás de tornar” (Gen 2, 19). Este sacramental da Igreja lembra-nos de que, estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso.

 

2 – Oração

Intensifique a oração. Seja a oração pessoal ou comunitária. Orar é entrar em comunhão com Deus; tornar-se íntimo de d’Ele que é nosso Pai. Marque um tempo para rezar e obedeça o previsto.

 

3 – Palavra de Deus

Medite a Palavra de Deus, sobretudo, as leituras que a Igreja coloca na Liturgia da Missa neste tempo. Decida, com uma ato de vontade, a fazer o que Deus te pede na meditação.

 

4 – Jejum

Faça o jejum conforme as próprias condições, para que o corpo seja sujeito ao espírito. Pode ser um jejum a pão e água, um jejum só de líquidos, um jejum parcial, etc., especialmente nas sextas-feiras.

 

5 – Esmola

Dê uma boa esmola aos pobres. Pode ser de muitas formas: ajudar uma família necessitada; um pobre necessitado, etc. “Tenhamos caridade e humildade e façamos esmolas, já que estas lavam as almas das nódoas dos pecados” (S. Francisco).

 

6 – Visitar os doentes

Visite os doentes que precisam de ajuda, sobretudo os velhos e abandonados. “Aqueles que têm saúde não precisam de médicos, mas sim os doentes” (Mt 9,12).

 

7 – Confissão

Faça uma boa confissão geral, depois de um bom exame de consciência, revendo toda a vida passada. Não omita nada, lance em Deus todas as suas misérias. Perdoe todas as pessoas que te ofenderam.

 

8 – Santa Missa

Participe da Santa Missa sempre que puder, e comungue bem. Faça uma boa ação de graças após a comunhão, colocando toda a sua vida para Jesus. Louve-O, adore-O, interceda pela Igreja, pela sua família, etc.

 

9 – Via Sacra

Participe da Via Sacra sempre que puder, ou a faça você mesmo em uma Igreja, acompanhando os quadros que a compõem, meditando o sofrimento de Jesus na Sua Paixão.

 

10 – Exercício de mortificação

Faça algum exercício de mortificação; por exemplo, cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, internet, celular, alguma diversão, etc., para vencer as fraquezas da carne.

 

11 – Liturgia das Horas

Reze a Liturgia das Horas com toda a Igreja neste tempo forte de orações. Ao menos as Laudes e as Vésperas, se tiver condições.

 

12 – Peregrinação

Faça uma peregrinação, ao menos uma vez na Quaresma, a um Santuário Mariano, ou outro Santuário, participando da Santa Missa.

 

13 – Moderar as palavras

Esforce-se para moderar suas palavras, fale com discrição, evite a maledicência, o julgamento dos outros, o falar mal dos outros, prefira elogiar a criticar.

 

14 – Perseverança

Procure identificar se você tem algum vício ou mal comportamento, lute para evita-lo; reze pedindo a Deus a graça de vencê-lo. Pratique a virtude da perseverança.

 

15 – Humildade

Evite falar de você mesmo, de se exibir, de querer aparecer, de defender seus pontos de vista de maneira acirrada. Procure o último lugar, viva a humildade.

 

Autor: Prof. Felipe Aquino

Fonte: Canção Nova

Papa pede coerência em nosso jejum

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Papa pede coerência em nosso jejum

 

Na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, o Santo Padre exorta a evitarmos um jejum fingido, para ser visto pelos outros, mas que o nosso jejum seja “disfarçado pelo sorriso” e chegue aos outros.Papa e o jejum

 

Jejuar com coerência e não para aparecer. Na homilia da Missa na Casa Santa Marta, o Papa Francisco advertiu quanto ao jejum incoerente, exortando a nos questionar sobre como nos comportamos com os outros.

 

Na primeira leitura, extraída do livro do Profeta Isaías (Is 58,1-9a), fala-se do jejum que o Senhor quer: “quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim romper todo tipo de sujeição”.

 

O jejum é uma dos deveres da Quaresma, recordou o Papa. “Se não puder fazer um jejum total, que faz sentir fome até os ossos, “faça um jejum humilde, mas verdadeiro”, pediu o Papa.

 

É Isaías que evidencia as inúmeras incoerências na prática da virtude: cuidar dos próprios interesses, o dinheiro, enquanto o jejum é “um pouco despojar-se”; fazer penitência em paz : “não pode, de um lado, falar com Deus e, de outro, falar com o diabo”, porque é incoerente, advertiu o Francisco.

 

“Não jejuem mais como fazem hoje, de modo que se ouça o barulho”, ou seja, nós jejuamos, nós somos católicos, somos praticantes; eu pertenço àquela associação, nós jejuamos sempre, fazemos penitência. Mas, vocês jejuam com coerência ou fazem a penitência incoerentemente como diz o Senhor, com barulho, para que todos vejam e digam: “Mas que pessoa justa, que homem justo, que mulher justa…” Este é um disfarce; é maquiar a virtude“.

 

É preciso disfarçar, mas seriamente, com o sorriso, isto é, não mostrar que está fazendo penitência. “Procura a fome para ajudar os outros, mas sempre com o sorriso”, exortou o Santo Padre.

 

O jejum consiste também em humilhar-se e isso se realiza pensando nos próprios pecados e pedindo perdão ao Senhor.  “Mas, se este pecado que eu cometi fosse descoberto, fosse publicado nos jornais, que vergonha!” –  “Pois bem, envergonha-te!”, disse o Papa, convidando também a quebrar as cadeias injustas.

 

“Eu penso a tantas domésticas que ganham o pão com o seu trabalho: humilhadas, desprezadas… Nunca pude esquecer uma vez que fui a casa de um amigo quando criança. Vi a mãe dar um tapa na doméstica.  81 anos… Não esqueci aquilo. “Sim, não Pai, eu nunca dou um tapa” – “Mas como os trata? Como pessoas ou como escravos? Pagas a eles o justo? Dás a eles as férias, é uma pessoa ou um animal que te ajuda em casa?”.  Pensem somente nisto. Nas nossas casas, nas nossas instituições, existe isto. Como eu me comporto com a doméstica que tenho em casa, com as domésticas que estão em casa?”

 

Então, um outro exemplo nascido de sua experiência pessoal. Falando com um senhor muito culto que explorava as domésticas, o Papa o fez entender que se tratava de um pecado grave, porque são “como nós, imagem de Deus”, enquanto ele sustentava que eram “pessoas inferiores”.

 

O jejum que o Senhor quer – como recorda ainda a Primeira leitura – consiste em “partilhar o pão com o faminto, no acolher em casa os miseráveis, sem-teto, em vestir os nus, sem negligenciar o teu sangue”.

 

“Hoje – observa Francisco – se discute se damos o teto ou não àqueles que vem pedi-lo”.

E, ao concluir, exorta a fazer penitência, a “sentir um pouco a fome”, a “rezar mais” durante a Quaresma e a perguntar-se como se comporta com os outros:

 

O meu jejum chega a ajudar os outros? Se não chega, é fingido, é incoerente e te leva pelo caminho da vida dupla. Faço de conta ser cristão, justo…. como os fariseus, como os saduceus. Mas, por dentro, não o sou. Peça humildemente a graça da coerência. A coerência. Se eu não posso fazer algo, não a faço. Mas não fazê-la incoerentemente. Fazer somente aquilo que eu posso fazer, mas com coerência cristã. Que o Senhor nos dê esta graça”.

 

Ouça o áudio da reportagem abaixo:

 

Fonte: Vatican News

Papa: acolher as vítimas do tráfico humano com misericórdia

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Papa: acolher as vítimas do tráfico humano com misericórdia

 

Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico Humano celebrado no Vaticano com inúmeras iniciativas do Papa e da Santa Sé.

Dia de Oração e Reflexão - Tráfico Humano

“Com espírito de misericórdia, acolhamos as vítimas do tráfico de pessoas e aqueles que fogem da guerra e da fome”: esta é a mensagem no Twitter com a qual o Papa Francisco recorda hoje a celebração do Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas.

 

Trata-se da quarta edição de uma iniciativa proposta aos fiéis pelo próprio Papa Francisco, no dia em que a Igreja recorda a memória da Santa Josefina Bakhita, que também ela sofreu em primeira pessoa os dramas do tráfico e da escravidão.

 

Ao instituir este Dia, o Pontífice confiou sua organização à União das Superioras Gerais, de modo especial à rede das religiosas contra o tráfico, Talitha Kum.

 

A coordenadora, Ir. Gabriella Bottani, concedeu uma entrevista ao Vatican News. Ela comenta a escolha do tema deste ano – migração e tráfico de pessoas – e as palavras do Pontífice pronunciadas na Audiência Geral da quarta-feira (07/02), em que Francisco pede a conversão dos traficantes:

 

Ouça a entrevista com a Ir. Gabriella Bottani

 

 

Grupo Santa Marta

 

Outra iniciativa do Papa Francisco para combater a chaga social do tráfico humano foi a criação do chamado “Grupo Santa Marta”, que dá início às atividades de 2018 reunindo-se hoje e amanhã na Casina Pio IV, no Vaticano. Do Brasil, participa a Ir. Rosita Milesi MSCS, presidente do Instituto Migrações e Direitos Humanos, representando o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). Já a brasileira Ir. Marinês Biasibetti representa a Comissão Episcopal para Migrantes Refugiados e Deslocados da Igreja em Moçambique.

 

Este grupo, criado três anos atrás, é liderado pelo arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, cardeal Vicent Nichols, com a participação de instituições policiais, além de bispos, sacerdotes e consagrados que lutam contra o tráfico.

 

Na segunda-feira, o Papa concede uma audiência aos promotores do Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas e expoentes do Grupo Santa Marta.

 

Dia Mundial contra o Tráfico Humano: a solidariedade do Papa

 

O tráfico de pessoas é um dos temas que mais preocupa o Papa Francisco. Em inúmeras ocasiões, o Pontífice manifestou sua solidariedade às vítimas.

 

No dia da memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita e Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico, veja em imagens o empenho do Papa Francisco contra esta chaga social.

 

Assista ao vídeo clicando aqui.

 

Fonte: Vaticano News

Papa: o pecador pode se tornar santo; o corrupto, não

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Papa: o pecador pode se tornar santo; o corrupto, não

 

Na missa celebrada na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou de Davi e Salomão e advertiu para os riscos do “enfraquecimento do coração”.Papa na Casa Santa Marta

 

Davi é santo, mesmo que tenha sido um pecador. O grande Salomão é um corrupto e o Senhor o rejeitou. O Papa Francisco concentrou a sua homilia desta quinta-feira (08/02), na capela da Casa Santa Marta, sobre este aparente paradoxo.

 

A leitura proposta pela liturgia, extraída do primeiro Livro dos Reis, fala de Salomão e de Davi. “Ouvimos algo um pouco estranho”, comentou o Papa: “o coração de Salomão não permaneceu íntegro com o Senhor, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai”. E explica que é estranho porque de Salomão não conhecemos que tenha cometido grandes pecados, era sempre equilibrado, enquanto de Davi sabemos que teve uma vida difícil, que foi um pecador.

 

E mesmo assim Davi é santo e de Salomão se diz que o seu coração se “desviou do Senhor” para seguir outros deuses. Ele que havia sido louvado pelo Senhor quando pediu a prudência para governar ao invés das riquezas. Como se explica isso, se questionou o Papa. É porque Davi sabe que pecou e toda vez pede perdão, enquanto Salomão, de que todos falavam bem e que também a Rainha de Sabá quis encontrá-lo, tinha se afastado do Senhor, mas sem perceber.

 

E aqui está o problema do enfraquecimento do coração. Quando o coração começa a se enfraquecer, não é como uma situação de pecado: você comete um pecado e percebe imediatamente: “Eu cometi este pecado”, é claro. O enfraquecimento do coração é um caminho lento, que escorrego pouco a pouco, pouco a pouco, pouco a pouco… E Salomão, adormecido na sua glória, na sua fama, começou a percorrer este caminho.

 

Paradoxalmente, “é melhor a clareza de um pecado do que o enfraquecimento do coração”, afirmou Francisco, o grande Rei Salomão “acabou corrupto: tranquilamente corrupto, porque seu coração tinha se enfraquecido.”

 

E um homem e uma mulher com o coração fraco, ou enfraquecido, é uma mulher, um homem derrotado. Este é o processo de muitos cristãos, muitos de nós. “Não, eu não cometo pecados graves.” Mas como é o seu coração? É forte? Permanece fiel ao Senhor ou você escorrega lentamente?

 

O drama do enfraquecimento do coração pode acontecer a todos nós na vida. Que fazer então? E Francisco respondeu: “Vigiar. Vigiar o seu coração. Vigiar. Todos os dias, estar atento ao que acontece no seu coração” e depois concluiu:

 

Davi é santo. Era pecador. Um pecador pode se tornar santo. Salomão foi rejeitado porque era corrupto. Um corrupto não pode se tornar santo. E à corrupção se chega por aquele caminho do enfraquecimento do coração. Vigilância. Todos os dias vigiar o coração. Como é o meu coração, a relação com o Senhor. E saborear a beleza e a alegria da fidelidade.

 

Ouça o áudio da reportagem completa abaixo.

 

Fonte: Vaticano News