Monthly Archives: junho 2018

Papa: confiança, anúncio e fraternidade para ser missionário

By | Aconteceu... | No Comments

Papa: confiança, anúncio e fraternidade para ser missionário

 

Francisco propôs uma reflexão aos verbitas sobre três palavras: confiança, anúncio e fraternidade. Entre os capitulares, há um brasileiro: Padre Arlindo Dias.

 

O Papa Francisco concluiu sua série de audiências recebendo os participantes do Capítulo Geral da Sociedade do Verbo Divino, conhecidos como Verbitas.

Papa recebe os participantes do Capítulo dos Verbitas -  Foto: Vatican Media

Papa recebe os participantes do Capítulo dos Verbitas – Foto: Vatican Media

 

Em seu discurso, o Pontífice comentou o lema do Capítulo “O amor de Cristo nos impele: enraizados na Palavra, comprometidos com a sua missão”.

 

Confiança

 

Com base neste tema, Francisco propôs uma reflexão sobre três palavras: confiança, anúncio e fraternidade.

 

Na vida de cristãos e consagrados, afirmou o Papa, é essencial saber abandonar-se nas mãos de Deus.

 

“Não deixemos que entre nós haja medo e fechamento e nem mesmo sejamos nós a colocar obstáculos e empecilhos à ação do Espírito”, disse Francisco, encorajando os verbitas a renovarem a confiança no Senhor e a sair sem temor para anunciar a alegria do Evangelho.

 

Anúncio

 

Sobre a segunda palavra, anúncio, o Papa recordou que no coração dos verbitas devem arder como fogo as palavras de São Paulo: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho”.

 

“Este foi o empenho de tantos missionários e missionárias que os precederam, este é o testemunho que lhes deixaram e o desafio que os aguarda. O mandato missionário não conhece nem confins nem culturas, porque todo o mundo é terra de missão. A vida do missionário é desordenada. Tem somente uma segurança: a oração.”

 

Fraternidade

 

A terceira palavra proposta por Francisco é fraternidade. “Quanto é belo ver uma comunidade que caminha unida e onde os seus membros se amam; esta é a maior evangelização.”

 

Unidos, acrescentou o Papa, será possível enfrentar todas as dificuldades e a tarefa de sair para encontrar os irmãos excluídos da sociedade.

 

“Também ali vocês são convidados a realizar o espírito das bem-aventuranças através das obras de misericórdia: ouvindo e respondendo ao clamor de quem pede pão e justiça; levando paz e promoção integral a quem busca uma vida mais digna; consolando e oferecendo motivos de esperança às tristezas e aos sofrimentos de tantos homens e mulheres do nosso tempo… Que esta seja a bússola que guia seus passos de irmãos missionários”, disse Francisco, que antes de concluir pediu que os verbitas não esqueçam de dois pontos.

 

O primeiro diz respeito às raízes, que sejam arraigados às origens para que possam crescer. O segundo parece “lúgubre”, mas não é: cemitérios. “Pensem nos cemitérios de regiões distantes, na Ásia, na África, na Amazônia…quantos de vocês estão ali e na lápide se lê que morreram jovens, porque se lançaram, deram a vida.”

 

Brasil no Capítulo

 

O 18º Capítulo Geral da Congregação do Verbo Divino teve início em dia 17 de junho e se encerra no dia 14 de julho, na localidade de Nemi, perto de Roma.

 

São 151 participantes dos cinco continentes, superiores e delegados de 58 Províncias, Regiões e Missões, representando mais de 6.000 missionários do Verbo Divino, que trabalham em 84 países.

 

O Conselheiro Geral da Congregação é o missionário brasileiro Padre Arlindo Dias, que falou da expectativa dos participantes do Capítulo:

 

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Dom Murilo: cresce consciência de que corrupção não pode mais ser tolerada

By | Aconteceu... | No Comments

Dom Murilo: cresce consciência de que corrupção não pode mais ser tolerada

 

Desde o ano passado, as movimentações em torno do pleito eleitoral de 2018 já fazem parte da agenda do país. Eventos, pessoas, partidos e entidades debatem a realidade brasileira e tentam apontar soluções para os desafios nacionais. O arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Murilo Krieger, analisa este período que antecede a oficialização das candidaturas aos executivos e legislativos federal e estaduais.

Dom Murilo Krieger - vice-presidente da CNBB - Foto: Arquidiocese de Salvador

Dom Murilo Krieger – vice-presidente da CNBB – Foto: Arquidiocese de Salvador

 

“Se a partir dos debates crescer a consciência de que é preciso um verdadeiro mutirão, envolvendo não só políticos, mas toda a sociedade civil, para dar um novo impulso ao nosso país, ótimo!”, pontua dom Murilo. Para ele, “não podemos continuar com os índices atuais de desemprego; é ruim para todos, mas muito mais para os pobres. Além disso, cresce a consciência de que a corrupção não pode mais ser tolerada; ela é um câncer que destrói o país a partir de dentro”.

 

Confira a entrevista:

 

Neste ano, há muita movimentação em torno das pré-candidaturas, principalmente em vista da Presidência da República, com eventos, sabatinas, entrevistas e expectativa em torno daqueles que devem disputar o Planalto. É um momento diferente que o Brasil vive na sua política? Qual a sua avaliação?

 

Dom Murilo: Toda essa movimentação em tempos de pré-candidaturas é normal e faz parte do “jogo” da democracia. Quem viveu os tempos da ditadura militar se lembra que algumas candidaturas – refiro-me às do partido que expressava o pensamento de quem comandava o país – nasciam em gabinetes e eram impostas. Os tempos atuais são marcados por algumas particularidades: uma multiplicação de partidos sem expressão alguma, que tentam negociar seu limitado tempo na televisão – tempo que, repito, é limitado, mas que somado ao “limitado tempo” de mais alguns partidos inexpressivos, torna-se importante. Infelizmente, o povo, em geral, é um mero assistente desse processo, com quase nenhuma participação na escolha dos candidatos. Mesmo quem está filiado a algum partido, acaba apenas sacramentando os nomes que a cúpula escolheu. De certa forma, continua, ao menos em parte, a escolha feita em gabinete pelos que dirigem os partidos.

 

Toda a movimentação que tem sido feita por grupos sociais, empresariais e meios de comunicação tem trazido ao debate as reais demandas e problemáticas do país?

 

Dom Murilo: A época pré-eleitoral é excelente para conhecermos a realidade do país, pois todos os que desejam se candidatar mostram problemas e necessidades aos quais prometem dar uma resposta adequada. Se a partir dos debates crescer a consciência de que é preciso um verdadeiro mutirão, envolvendo não só políticos, mas toda a sociedade civil, para dar um novo impulso ao nosso país, ótimo! Não podemos continuar com os índices atuais de desemprego; é ruim para todos, mas muito mais para os pobres. Além disso, cresce a consciência de que a corrupção não pode mais ser tolerada; ela é um câncer que destrói o país a partir de dentro. Interessante que quando o povo se manifesta sobre o país que deseja, não diz que quer um país em que todos sejam ricos e famosos, mas que quer um país em que todos tenham os mesmos direitos, e que os direitos de todos sejam respeitados, em que se respeita os bens públicos etc.

 

Neste foco às pré-candidaturas presidenciais não estamos perdendo oportunidade de conhecer e debater candidaturas, propostas e finalidades no âmbito do Legislativo?

 

Dom Murilo: Aqui estamos diante de um problema sério: as atenções se voltam e quase se fixam nos candidatos à Presidência da República e nos candidatos ao governo do Estado. O problema é que, nessa situação, “velhos” políticos – muitas vezes “velhos” também nos defeitos – conseguem se candidatar, têm grandes possibilidades de se reeleger como deputados e senadores, com o risco de tudo continuar como antes. Será importante que as comunidades convoquem candidatos para debates, apresentem valores que quer ver defendidos no Parlamento e votem com um cuidado especial naquele que será seu deputado estadual, deputado federal ou senador.

 

Fonte: Site da CNBB

Papa na Santa Marta: explorar as mulheres é pecado contra Deus

By | Aconteceu... | No Comments

Papa na Santa Marta: explorar as mulheres é pecado contra Deus

 

Na homilia da Missa na Casa Santa Marta, Francisco fala da exploração das mulheres de hoje, usadas como objetos, e recorda que elas são “o que falta a todos os homens para serem imagem e semelhança de Deus”.

Papa Francisco celebra a Missa na Santa Marta - Foto: Vatican Media

Papa Francisco celebra a Missa na Santa Marta – Foto: Vatican Media

 

Uma oração “pelas mulheres descartadas, pelas mulheres usadas, pelas jovens que têm que v

ender a própria dignidade para ter um emprego”. Esta é a exortação do Papa na missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta, quando refletiu sobre o Evangelho de hoje de Mateus e as palavras de Cristo: “Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério” e “todo aquele que repudiar sua mulher, a expõe ao adultério.”

Jesus muda a história

 

Francisco recorda como as mulheres são “o que falta a todos os homens para serem imagem e semelhança de Deus”: Jesus pronuncia palavras fortes, radicais, que “mudam a história”, porque até aquele momento a mulher “era de segunda classe”, dizendo com um eufemismo, “era escrava”, “não gozava sequer de plena liberdade”, observa o Papa.

 

E a doutrina de Jesus sobre a mulher muda a história. Uma coisa é a mulher antes de Jesus, outra coisa é a mulher depois de Jesus. Jesus dignifica a mulher e a coloca no mesmo nível do homem, porque utiliza aquela primeira palavra do Criador, ambos são “imagem e semelhança de Deus “, os dois; não primeiro o homem  e depois, um pouquinho mais em baixo, a mulher. Não, os dois. E o homem sem a mulher ao lado – tanto como mãe, como irmã, como esposa, como companheira de trabalho, como  amiga –  este homem sozinho não é imagem de Deus.

 

Até hoje, as mulheres são objeto de desejo

 

Francisco se concentra em particular no “desejar” uma mulher, evocada na passagem do Evangelho. “Nos programas de televisão, nas revistas, nos jornais – diz – mostram as mulheres como objeto de desejo, de uso”, como em um “supermercado”.

 

A mulher, talvez para vender uma certa qualidade de “tomates”, torna-se um objeto, “humilhada, sem roupas”, fazendo com que caia o ensinamento de Jesus que a “dignificou”.

 

E – acrescenta – não é preciso ir “tão longe”: isso acontece também “aqui, onde vivemos”, nos “escritórios”, nas “empresas”, as mulheres “objeto da filosofia usa e joga fora”, como material de descarte”, em que nem parecem ser “pessoas”:

Isto é um pecado contra Deus Criador, rejeitar a mulher, porque sem ela nós homens não podemos ser imagem e semelhança de Deus. Há uma fúria contra a mulher, uma fúria feia. Mesmo sem dizer isso … Mas quantas vezes as jovens precisam se vender para ter um emprego, como objeto usa e joga fora? Quantas vezes? “Sim, padre eu ouvi naquele país …”. Aqui em Roma. Não ir longe.

 

Olhe ao nosso redor para ver a exploração

 

O Papa se pergunta o que veríamos se fizéssemos uma “peregrinação noturna” em certos lugares da cidade, onde “muitas mulheres, muitos migrantes, muitos não-migrantes” são explorados “como em um mercado”: os homens se aproximam destas mulheres não para dizer “boa-noite”, mas “quanto custa?”, recorda Francisco. E para aqueles que lavam “a consciência” chamando-as de “prostitutas”, o Pontífice diz:

Você fez dela uma prostituta, como Jesus diz: quem a repudia a expõe ao adultério, porque você não trata bem a mulher, a mulher acaba assim, também explorada, escrava, tantas vezes.

 

Portanto, será bom olhar para essas mulheres e pensar que, diante da nossa liberdade, elas são “escravas desse pensamento de descarte”:

Tudo isso acontece aqui, em Roma, acontece em todas as cidades, as mulheres anônimas, as mulheres – podemos dizer – “sem um olhar” porque a vergonha cobre o olhar, as mulheres que não sabem rir e muitas delas que não sabem, não conhecem a alegria de amamentar e de ouvirem ser chamadas de mãe. Mas, mesmo na vida cotidiana, sem ir a esses lugares, esse pensamento feio de rejeitar a mulher, é um objeto de “segunda classe”. Devemos refletir melhor. E fazendo isto ou dizendo isto, entrando neste pensamento desprezamos a imagem de Deus, que fez o homem e a mulher juntos à sua imagem e semelhança. Esta passagem do Evangelho nos ajuda a pensar no mercado de mulheres, no mercado, sim, tráfico, exploração, que vemos; também no mercado invisível, que se faz e não se vê. A mulher é pisoteada porque é mulher.

 

Com ternura, Cristo restitui dignidade

 

Jesus, lembra o Papa, “teve uma mãe”, teve “muitas amigas que o seguiram para ajudá-lo em seu ministério” e para apoiá-lo. E encontrou “tantas mulheres desprezadas, marginalizadas e descartadas”, que ele ajudou com tanta “ternura”, restituindo a elas dignidade.

 

Ouça o áudio da reportagem

 

Assista a um trecho da homilia do Papa Francisco

 

 

 

Giada Aquilino – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Um mundo menos violento para os idosos, é um mundo mais humano para todos

By | Aconteceu... | No Comments

Um mundo menos violento para os idosos, é um mundo mais humano para todos

 

Nesta sexta-feira (15/06) celebra-se o Dia Mundial da Conscientização contra o Abuso de Idosos, instituído pela ONU em 2006. Para a ocasião a Comunidade de Santo Egídio que atua em mais de 70 países do mundo na defesa do direito dos idosos lança um apelo.

Papa Francisco e um idoso - Foto: Vatican Media

Papa Francisco e um idoso – Foto: Vatican Media

 

Com o aumento constante da população de idosos em todo o mundo (809.743.000 dos 7 bilhões de habitantes) devido ao prolongamento da vida e os progressos da medicina, as nossas sociedades não parecem preparadas para viver de modo positivo a presença de tantos idosos. A ponto que se espalha cada vez mais uma cultura que não aceita ou não sabe tratar a fragilidade humana. É justamente nesta mentalidade que se enraízam abusos que nos deparamos cada vez mais no dia a dia: fraudes, golpes, falta de assistência e cuidado adequado, maus-tratos, que muitas vezes levam a morte.

 

Comunidade de Santo Egídio

 

Neste dia a Comunidade de Santo Egídio de Roma, que atua em mais de 70 países do mundo na defesa do direito dos idosos, em especial na assistência dos mais pobres, lança um apelo que divide em alguns pontos, entre os quais sugere o desenvolvimento de uma rede de relações sociais, atualmente muito fragmentadas nas sociedades onde viver sozinho está se tornando um modelo dominante. Para combater a solidão sugere um programa que existe há alguns anos na Itália: “Viva os idosos”, que faz da luta contra o isolamento social e o apoio à fragilidade a base da própria atividade. O programa faz um controle ativo da população idosa, principalmente os que vivem sozinhos, e teve resultados muito positivos, ou seja, determinou um importante melhoramento na qualidade de vida das pessoas e a redução de custos na assistência pública.

 

Diretos dos Idosos

 

Outro ponto fundamental é tutelar os direitos dos idosos, em particular a liberdade de como e onde viver a própria vida. De fato, em muitos países do mundo, sobretudo nos mais ricos, colocar os idosos em casas de repouso torna-se muitas vezes, uma escolha obrigatória, pela carência de serviços nos territórios e a domicílio. Assim como, com frequência, registram-se verdadeiros abusos em estruturas destinadas a garantir uma existência digna aos que não têm mais condições de viver autonomamente a própria vida, tornando-se lugares de humilhação. É preciso transformar os lares para idosos em estruturas abertas ao mundo externo, com horário de visitas sem excessivas limitações (por exemplo nos horários) e permitir a saída dos idosos se desejarem, no respeito da segurança pessoal.

 

Habitações coletivas

 

Enfim uma sugestão moderna, já bem enraizada na Europa e sem muitas dificuldades de ser aplicada: as habitações coletivas (cohousing) onde os idosos decidem viver juntos para combater a solidão e enfrentar as dificuldades econômicas, uma resposta humana e praticável.

 

Ouça o áudio da reportagem

 

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Papa: “Acusar alguém por inveja é veneno mortal”

By | Aconteceu... | No Comments

Papa: “Acusar alguém por inveja é veneno mortal”

 

Diante da Praça São Pedro completamente tomada por fiéis, romanos e turistas, o Papa Francisco fez a sua reflexão deste domingo (10/06) comentando o Evangelho de Marcos, que narra os dois tipos de incompreensão que Jesus enfrentou: a dos escribas e a dos seus próprios familiares.

Papa alertou para a malícia premeditada que destrói a boa fama do outro - Foto: Vatican Media

Papa alertou para a malícia premeditada que destrói a boa fama do outro – Foto: Vatican Media

Pode acontecer que a forte inveja pela bondade ou pelas boas ações de alguém leve uma pessoa a acusar falsamente outra. Este é o verdadeiro veneno mortal: a malícia premeditada que destrói a boa fama do outro”.

 

Diante da Praça São Pedro completamente tomada por fiéis, romanos e turistas, o Papa Francisco fez a sua reflexão deste domingo (10/06) comentando o Evangelho de Marcos. Como explicou, a liturgia do dia apresenta dois tipos de incompreensão que Jesus enfrentou: a dos escribas e a de seus próprios familiares, uma “advertência para todos nós”.

 

A tentação de falar mal do outro

 

Deus nos liberte desta terrível tentação… e se examinando nossa consciência, percebermos que esta semente maligna esta germinando dentro de nós, corramos a confessá-lo no sacramento da Penitência, antes que cresça e produza efeitos ruins. Isso é incurável”.

 

Francisco recordou que os escribas eram homens instruídos na lei e nas Sagradas Escrituras e encarregados de explicá-las ao povo. Alguns deles foram enviados à Galileia, onde a fama de Jesus começava a se alastrar, “para desacreditá-lo, serem fofoqueiros e destruí-lo”.

 

Jesus reage com palavras forte

 

Estes escribas chegaram com uma acusação terrível. Diziam que Jesus estava possuído por Belzebu e que expulsava os demônios pelo príncipe dos demônios. Isto queria dizer mais ou menos ‘este homem é um endiabrado’. De fato, Jesus curava muitos doentes… mas queriam fazer crer que Ele o fazia com o Espírito de Satanás”.

 

Jesus não tolerou isso e reagiu com palavras fortes, pois os escribas, talvez sem se dar conta, estavam caindo no pecado mais grave: negar e blasfemar o Amor de Deus que existe e atua em Jesus.

 

“O pecado contra o Espírito Santo é o único pecado imperdoável, porque parte do fechamento do coração à misericórdia de Deus que age em Jesus”

 

Acrescentando espontaneamente, o Papa exortou:

“Fiquem atentos, vocês, porque este comportamento destrói famílias, amizades, comunidades e até mesmo a sociedade”.

 

Uma família unida pelo respeito ao Senhor

 

Em seguida, Francisco evidenciou outra incompreensão sofrida por Jesus: a de seus familiares, “que estavam preocupados porque a sua nova vida de itinerante lhes parecia uma loucura e ele não tinha nem tempo para comer”. Quando o procuram para levá-lo de volta a Nazaré, Jesus olha para as pessoas que estavam à sua volta e afirma: “Eis minha mãe e meus irmãos!”.

 

“Aquele que faz a vontade de Deus é irmão, irmã e mãe para mim ”

 

Jesus formou uma nova família, não mais baseada em relações naturais, mas na fé Nele, em seu amor que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Todos aqueles que acolhem a palavra de Jesus são filhos de Deus e irmãos entre si”, destacou Francisco, segundo quem “aquela resposta de Jesus não foi uma falta de respeito por sua mãe e seus parentes; ao contrário. Para Maria, foi o maior reconhecimento, porque precisamente ela é a perfeita discípula que obedeceu totalmente à vontade de Deus”.

 

Ouça o áudio da reportagem:

 

Assista ao vídeo do Angelus do dia 10 de junho de 2018

 

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Artigo: “País exilado”

By | Aconteceu... | No Comments

Artigo: “País exilado”

 

“O caminho do Brasil também necessita dessa força do alto, de mais confiança na presença de Deus e de ações mais responsáveis de todos os brasileiros. O voto consciente é um desses instrumentos escolhendo pessoas que querem o bem comum”, diz Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba.

"O caminho do Brasil também necessita dessa força do alto, de mais confiança na presença de Deus e de ações mais responsáveis de todos os brasileiros" - Foto: AFP or licensors

“O caminho do Brasil também necessita dessa força do alto, de mais confiança na presença de Deus e de ações mais responsáveis de todos os brasileiros” – Foto: AFP or licensors

 

A experiência do Exílio da Babilônia foi trágica, fruto da desorganização administrativa do povo hebreu. O mesmo está acontecendo no Brasil com a paralização dos caminhoneiros e a desorganização administrativa do país. As consequências não serão diferentes. Toda a população vai continuar pagando caro pelas crises que veem daí. Os que mais sofrem são os pobres e desprotegidos.

 

Aos poucos o país vai se isolando das grandes potências mundiais. Ele caminha num processo ascendente de desconstrução total e de desarticulação das forças sustentadoras da vida social. Em vez de uma economia pujante, porque temos todas as condições para isso, infelizmente somos sufragados por dirigentes corporativistas e despreocupados com a realidade sofrida do povo.

 

Na Sagrada Escritura se fala da força contida na semente lançada na terra. Ela tem uma força intrínseca que a faz nascer, crescer e produzir frutos. O Brasil não é uma pequena semente, não é frágil e nem infecundo. Temos o privilégio da enorme extensão territorial, das terras raras, fartura de água doce e todos os recursos naturais. No entanto, não sai da zona de subdesenvolvido.

 

O país carece de profundas transformações, que não vão acontecer se não houver uma total participação popular. Os políticos e os detentores do poder econômico e da mídia descomprometida com a vida social não estão preocupados com isso. A partir daí entendemos o porquê da paralização dos caminhoneiros, mas eles necessitam de apoio da população, porque o sofrimento é de todos.

 

A impressão que temos é de que o governo brasileiro está perdido e incapaz para solucionar o caos que vem sendo instaurado. Não sentimos atitudes de honestidade na gestão da coisa pública. Aos poucos estão depredando o país, vendendo o rico patrimônio público para forças internacionais e países de destaque mundial. Significa que caminhamos para um verdadeiro exílio e sem força para agir.

 

O Exílio da Babilônia reflete um estado de sofrimento, de crise e abandono. O povo só consegue se reerguer com a confiança depositada em Javé. O caminho do Brasil também necessita dessa força do alto, de mais confiança na presença de Deus e de ações mais responsáveis de todos os brasileiros. O voto consciente é um desses instrumentos escolhendo pessoas que querem o bem comum.

 

Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba

 

Fonte: Vatican News

Papa: os cristãos “sem memória” perdem o sal da vida

By | Aconteceu... | No Comments

Papa: os cristãos “sem memória” perdem o sal da vida

 

“Memória” foi a palavra-chave na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta. Francisco pediu que os fiéis façam memória dos encontros com Cristo, dos antepassados e da lei do amor.

 

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta - Foto: Vatican Media

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta – Foto: Vatican Media

A memória cristã é o sal da vida, voltar para ir para frente: devemos recordar e contemplar os primeiros momentos nos quais encontramos Jesus. Palavras do Papa Francisco na missa celebrada na manhã de quinta-feira (07/06) na capela da Casa Santa Marta. A sua homilia foi inspirada na exortação de São Paulo a Timóteo, na Primeira Leitura: “Lembra-te de Jesus Cristo”.

 

Sal da vida

 

Trata-se de voltar com a memória para encontrar Cristo, explicou o Papa, “para encontrar forças e poder caminhar para frente. A memória cristã é sempre um encontro com Jesus Cristo”.

 

A memória cristã é como o sal da vida. Sem memória não podemos ir para frente. Quando encontramos cristãos “desmemoriados”, logo vemos que perderam o sabor da vida cristã e acabaram como pessoas que cumprem os mandamentos, mas sem a mística, sem encontrar Jesus Cristo. E Jesus Cristo devemos encontrá-lo na vida.

 

Encontros, antepassados e lei

 

Francisco acrescentou que são três as situações em que podemos encontrar Jesus Cristo: “nos primeiros momentos, nos nossos antepassados e na lei”. A Carta aos Hebreus nos indica como fazer:

“Evoquem na memória aqueles primeiros tempos, depois da conversão, em que eram tão fervorosos …” “Cada um de nós tem momentos de encontro com Jesus”. Na nossa vida, prosseguiu o Papa, houve “um, dois, três momentos em que Jesus se aproximou, se manifestou. Não esqueçam esses momentos: devemos ir para trás e retomá-los porque são momentos de inspiração, onde nós encontramos Jesus Cristo”.

 

Cada um de nós tem momentos assim: quando encontrou Jesus Cristo, quando mudou de vida, quando o Senhor lhe fez ver a própria vocação, quando o Senhor o visitou num momento difícil… Nós no coração temos esses momentos. Busquemo-los. Contemplemos esses momentos. Memória daqueles momentos nos quais eu encontrei Jesus Cristo. Memória daqueles momentos nos quais Jesus Cristo encontrou a mim. São a fonte do caminho cristão, a fonte que me dará as forças.

 

“Eu recordo esses momentos?”, perguntou Francisco. “Momentos de encontro com Jesus quando a minha vida mudou, quando me prometeu algo?” “Se nós não lembramos, vamos procurá-los. Cada um de nós tem os seus.”

 

Não recebemos a fé por correio

 

O segundo encontro com Jesus, disse ainda o Papa, acontece através da memória dos antepassados, que a Carta aos Hebreus chama “os seus chefes, que lhes ensinaram a fé”. Também Paulo, sempre na segunda carta a Timóteo, o exorta assim: “Lembre-se de sua mãe e de sua avó que lhe transmitiram a fé”. “Não recebemos a fé por correio”, afirmou o Papa, mas “homens e mulheres nos transmitiram a fé” e diz a Carta aos Hebreus: “Olhem para eles que são uma multidão de testemunhas e se fortaleçam neles, eles que sofreram o martírio”.

 

Sempre quando a água da vida se torna um pouco turva, destacou Francisco, “é importante ir à fonte e encontrar nela a força para ir avante. Podemos nos perguntar: eu evoco os meus antepassados? Eu sou um homem, uma mulher com raízes? Ou me tornei desarraigado? Somente vivo no presente? Se é assim, é preciso imediatamente pedir a graça de voltar às raízes”, àquelas pessoas que nos transmitiram a fé.

 

A lei do coração

 

Por fim, a lei, que Jesus nos faz recordar no Evangelho de Marcos. O primeiro mandamento é: “Escutai, Israel, o Senhor nosso Deus”.

 

A memória da lei. A lei é um gesto de amor que o Senhor fez conosco porque nos indicou o caminho, nos disse: por esta estrada não vai errar. Evocar na memória a lei. Não a lei fria, que parece simplesmente jurídica. Não. A lei do amor, a lei que o Senhor inseriu no nosso coração.

 

“Eu sou fiel à lei, lembro da lei, respeito a lei?”, questionou ainda o Papa. Algumas vezes, nós cristãos, inclusive consagrados, temos dificuldade de dizer de cor os mandamentos: ‘Sim, sim, eu lembro, mas depois a um certo ponto erro, não lembro”.

 

Memória e esperança

 

Lembrar-se de Jesus Cristo, concluiu o Papa, significa ter “o olhar fixo no Senhor” nos momentos da minha vida nos quais eu O encontrei, momentos de provação, nos meus antepassados e na lei. E a memória “não é somente um ir para trás”. É ir para trás para ir para frente. Memória e esperança vão juntas. São complementares, se completam. “Lembre-se de Jesus Cristo, o Senhor que veio, pagou por mim e que virá. O Senhor da memória, o Senhor da esperança”.

 

O convite final do Papa é que cada um de nós hoje pegue um minuto para se perguntar como está a memória dos momentos nos quais encontrei o Senhor, a memória dos meus antepassados e a memória da lei. Depois, como vai a minha esperança, naquilo que espero. “Que o Senhor nos ajude neste trabalho de memória e de esperança.”

 

Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco

 

 

Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Audiência: a paz é para ser doada. A fofoca não é obra do Espírito Santo

By | Aconteceu... | No Comments

Audiência: a paz é para ser doada. A fofoca não é obra do Espírito Santo

 

O Papa Francisco voltou a falar da destruição causada pela fofoca na Audiência Geral desta quarta-feira, na Praça São Pedro.

Papa na Audiência Geral do dia 06-06-2018 - Fonte: Vatican Media

Papa na Audiência Geral do dia 06-06-2018 – Fonte: Vatican Media

 

A paz que recebemos do Espírito é para dar aos outros, não devemos destruí-la com as fofocas! Na Audiência Geral desta quarta-feira (06/06) o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o Sacramento da Crisma, falando dos efeitos que o dom do Espírito Santo faz amadurecer na vida dos crismados.

 

O Pontífice reforçou que o Espírito Santo é um dom e as graças que recebemos devemos dar aos outros, e não para armazená-las. “As graças são recebidas para dar aos demais. Isso faz o cristão.”

 

A Igreja somos nós

 

O Espírito nos descentraliza do nosso “eu” para nos abrir ao “nós” da comunidade cristã, como também ao bem da sociedade em que vivemos.

 

“Algumas pessoas pensam que a Igreja tem dono: o papa, os bispos, os sacerdotes e os operários, que são os demais. Não! A Igreja somos todos nós e todos temos a responsabilidade de santificar uns aos outros, cuidar dos outros. A Igreja somos nós. Cada um tem o seu trabalho, mas a Igreja somos todos nós.”

 

Assim, a Confirmação une mais fortemente como membro vivo ao corpo místico da Igreja, vinculando à Igreja universal e fortalecendo o compromisso com a vida da Igreja particular, em união com o Bispo. Este, enquanto sucessor dos Apóstolos, é o ministro originário deste sacramento.

 

Na conclusão do rito da Crisma, explicou ainda o Papa, o Bispo diz a cada crismando: “A paz esteja contigo”, recordando a saudação de Cristo aos discípulos.

 

A fofoca não é obra do Espírito

 

Improvisando, o Papa pediu que pensemos na nossa própria comunidade paroquial. O Bispo dá a paz ao crismando e depois a damos entre nós. “Isso significa paz”, disse o Papa. O problema é o que acontece depois ao sairmos da Igreja.

 

“Começam as fofocas e as fofocas são guerras. Isso não está bem. Se recebemos o sinal da paz do Espírito Santo, devemos ser homens e mulheres de paz e não destruir a paz do Espírito. Pobre do Espírito Santo com o trabalho que ele tem conosco, com o hábito de fofocar. Pensem bem, a fofoca não é obra do Espírito Santo, não é obra de unidade da Igreja. A fofoca destrói aquilo que Deus faz. Por favor, vamos parar de fofocar!”

 

Semente que deve ser cultivada

 

Outra característica da Crisma é que este sacramento se recebe uma só vez, mas o seu dinamismo espiritual perdura ao longo do tempo. Além do mais, ninguém recebe a Confirmação somente para si mesmo, mas para cooperar para o crescimento espiritual dos outros.

 

Aquilo que recebemos de Deus como dom deve ser de fato doado para que seja fecundo e não, ao invés, sepultado por temores egoístas.

 

“ Quando temos a semente em mãos não é para colocá-la no armário, é para semear. Toda a vida deve ser semente para que dê fruto. ”

 

O Papa então concluiu:

 

“Exorto os crismandos a não ‘enjaular’ o Espírito Santo, a não opor resistência ao Vento que sopra para impulsioná-los em liberdade, a não sufocar o fogo ardente da caridade, que leva a viver a vida por Deus e pelos irmãos. Que o Espírito Santo conceda a todos nós a coragem apostólica de comunicar o Evangelho com as obras e as palavras aos que se encontram no nosso caminho. Mas as palavras boas, aquelas que edificam, não as palavras de fofocas. Por favor, quando saírem da Igreja, pensem que a paz recebida é para dar aos outros e não para destruí-la com a fofoca. Não se esqueçam.”

 

Rezar pelos sacerdotes

 

Ao final da catequese, o Papa recordou que na próxima sexta-feira celebra-se a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Francisco então convidou a rezar durante todo o mês de junho ao Coração de Jesus e a apoiar com a proximidade e o afeto os sacerdotes, para que sejam imagem daquele Coração repleto de amor misericordioso.

 

Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco

 

 

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Francisco sobre o esporte: experimentar a alegria de competir e atingir uma meta em equipe

By | Aconteceu... | No Comments

Francisco sobre o esporte: experimentar a alegria de competir e atingir uma meta em equipe

 

O Papa na Carta ao Cardeal Farrell recorda que “o esporte é uma riquíssima fonte de valores e virtudes, que nos ajuda a melhorar: “Todo cristão, na medida em que se santifica, se torna mais fecundo para o mundo”.

Atletas - Fonte: Vatican Media

Atletas – Fonte: Vatican Media

 

O Santo Padre enviou uma Carta ao Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, por ocasião da publicação do documento “Dar o melhor de si”, sobre a perspectiva cristã do esporte e da pessoa humana.

 

O novo documento foi apresentado na manhã desta sexta-feira (01/6), na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo Cardeal Farrell. Entre os participantes encontrava-se o brasileiro Alexandre Borges de Magalhães, autor do livro “Esporte e compromisso Cristão”, publicado no Brasil em 2013.

 

Em sua Carta ao Cardeal Farrell, o Papa expressou sua alegria por esta nova publicação do Dicastério, que tem como objetivo evidenciar o papel da Igreja no mundo do esporte e ressaltar como o esporte pode ser instrumento de encontro, formação, missão e santificação.

 

O esporte, explicou Francisco, é um lugar de encontro, onde as pessoas, de todos os níveis e condições sociais, se unem para obter um resultado comum.

 

Em uma cultura, dominada pelo individualismo e pelo descarte das jovens gerações e dos idosos, “o esporte é um âmbito privilegiado, no qual as pessoas se encontram, sem distinção de raça, sexo, religião ou ideologia; onde também podem experimentar a alegria de competir e atingir uma meta em equipe.

 

A disciplina esportiva envolve, não apenas os companheiros de uma equipe ou time, mas também os dirigentes, treinadores, torcedores, a família e todos os que se esforçam e se dedicam “dando o melhor de si”. Isto faz com que o esporte seja um catalisador de experiências comunitárias e familiares e um lugar de união e encontro entre as pessoas.

 

O esporte, afirmou o Papa, é também um veículo de formação. Hoje, mais do que nunca, devemos apostar nos jovens, na sua formação e no seu desenvolvimento integral.

 

Sabemos que as novas gerações se inspiram nos atletas e desportistas, que, por sua vez, devem dar exemplo de virtudes, como a generosidade, humildade, sacrifício, constância e alegria; devem ainda contribuir para o espírito de equipe, o respeito, a saudável competição e solidariedade com os outros.

 

Por fim, em sua Carta, o Santo Padre evidenciou a função do esporte como instrumento de missão e santificação. A Igreja, afirmou, é chamada a ser sinal de Jesus Cristo no mundo, também mediante o esporte nos oratórios, nas paróquias, escolas e associações.

 

É importante, salientou Francisco, transmitir a alegria que brota do esporte, que pode abrir caminhos para Cristo, em todo e qualquer lugar; as pessoas, ao darem testemunho desta alegria, em ambiente comunitário, se tornam mensageiras da Boa Nova de Jesus.

 

“Dar o melhor de si” no esporte, – como diz o título do novo documento vaticano, – é um convite a aspirar à santidade, um convite muito oportuno, sobretudo, em vista do próximo Sínodo para os Jovens.

 

Por isso, afirmou Francisco, é preciso aprofundar a íntima relação existente entre esporte e vida. Tal busca nos conduz, com a graça de Deus, a atingirmos a plenitude da vida, que se chama “santidade”.

 

O Papa concluiu sua Carta ao Cardeal Farrell recordando ainda que “o esporte é uma riquíssima fonte de valores e virtudes, que nos ajuda a melhorar: “Todo cristão, na medida em que se santifica, se torna mais fecundo para o mundo”.

 

Logo, para o desportista cristão, “a santidade consiste em viver o esporte como meio de encontro, formação da personalidade, testemunho e anúncio da alegria evangélica”.

 

Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News

Papa: o demônio destrói a dignidade, provoca fome e escravidão

By | Aconteceu... | No Comments

Papa: o demônio destrói a dignidade, provoca fome e escravidão

 

Na Missa matutina na Casa Santa Marta, Francisco refletiu sobre as perseguições aos cristãos e a cada homem e mulher de hoje, através das colonizações culturais, das guerras, da fome e da escravidão provocadas pelo diabo.

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta - Fonte: Vatican Media

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta – Fonte: Vatican Media

Hoje assistimos a uma “grande perseguição” não somente em relação aos cristãos, mas também contra toda homem e mulher, “através das colonizações culturais, das guerras, da fome e da escravidão”, porque o mundo contemporâneo é “um mundo de escravos”: esta foi a reflexão do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de sexta-feira (1º/06) na Casa Santa Marta.

 

A perseguição é parte da vida cristã

 

Falando sobre a Primeira Leitura, de São Pedro Apóstolo, em que se afirma que a perseguição aos cristãos nos primeiros séculos eclodiu como um incêndio, o Papa explicou que se trata de “parte da vida cristã”, uma “bem-aventurança”: Jesus foi perseguido por “causa de sua fidelidade ao Pai”.

 

Ouça o áudio com a reportagem e compartilhe a notícia!

 

A perseguição é um pouco como o “ar” do qual vive o cristão inclusive hoje, porque hoje existem muitos, muitos mártires, muitos perseguidos por amor a Cristo. Em muitos países, os cristãos não têm direitos. Se você carrega uma cruz, vai para a prisão e há pessoas presas; há pessoas condenadas a morrer por serem cristãs hoje. Houve pessoas mortas e o número é mais alto do que os mártires dos primeiros tempos. Mais alto! Mas isso não faz notícia. E por isso os telejornais, os jornais não publicam essas coisas. Mas os cristãos são perseguidos.

 

Perseguições ao homem e à mulher, imagem de Deus

 

Francisco observou que hoje existe também outra perseguição: “a cada homem e mulher porque são imagens vivas de Deus”.

 

Por trás de cada perseguição, seja aos cristãos, seja aos humanos, está o diabo, está o demônio que tenta destruir a confissão de Cristo nos cristãos e a imagem de Deus no homem e na mulher. Desde o início, tentou fazer isso – como podemos ler no Livro do Gênesis –, destruir aquela harmonia entre homem e mulher que o Senhor criou, aquela harmonia que deriva do ser imagem e semelhança de Deus. E conseguiu fazer. Conseguiu fazer com a mentira, a sedução… Com as armas que ele utiliza. Sempre faz assim. Mas também hoje tem uma força, eu diria essa fúria contra o homem e a mullher porque, do contário, não se explica esta onda crescente de destruições ao homem e à mulher, ao humano.

 

O diabo provoca fome, exploração, colonizações culturais e guerras

 

O pontífice pensa na fome, uma “injustiça” que “destrói o homem e a mulher porque não têm o que comer”, ainda que exista “muita comida” no mundo. Depois falou da exploração do ser humano, das diferentes formas de escravidão e recorda como recentemente viu uma filmagem feita “escondida” em uma prisão onde estão recolhidos migrantes, submetidos à “torturas”, a formas de “destruição” para “escravizar”. E constata que isso acontece “depois de 70 anos da declaração dos direitos humanos”.

 

Então ele reflete sobre as colonizações culturais, “quando – explica – os impérios impõe disposições de sua cultura contra a independência, contra a cultura do povo, impondo coisas que não são humanas para destruir”, para “a morte”.

 

Francisco observa que o que o diabo quer é precisamente “a destruição da dignidade” e “por isso persegue”:

E no final, podemos pensar nas guerras como um instrumento de destruição de pessoas, da imagem de Deus. Mas também nas pessoas que fazem as guerras, que planejam as guerras para ter poder sobre os outros. Há pessoas que trabalham em muitas indústrias de armas para destruir a humanidade, para destruir a imagem do homem e da mulher, tanto física como moralmente, como culturalmente. “Mas, padre, esses não são cristãos. Por que são perseguidos?” – “Sim, são a imagem de Deus. E por isso o diabo os persegue”. E os impérios continuam as perseguições hoje. Nós não devemos nos permitir ser ingênuos. Hoje, no mundo, não só os cristãos são perseguidos; os seres humanos, o homem e a mulher, porque o pai de toda perseguição não tolera que sejam a imagem e semelhança de Deus. E ataca e destrói essa imagem. Não é fácil entender isso; é preciso muita oração para entendê-lo.

 

Assista ao vídeo com um trecho da homilia do Papa Francisco

 

 

Giada Aquilino – Cidade do Vaticano

 

Fonte: Vatican News