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Papa: tudo parece vacilar. O Terço nos mantém firmes naquilo que realmente conta

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Papa: tudo parece vacilar. O Terço nos mantém firmes naquilo que realmente conta

 

O Papa Francisco se uniu espiritualmente aos fiéis que, às 21h locais (17h em Brasília), rezaram o Terço a convite dos bispos italianos, em meio à emergência provocada pelo coronavírus. O Papa exorta todos à esperança e ao exercício da proximidade em família, através da compreensão, da paciência e do perdão. O Pontífice invoca São José para que proteja a Itália

 

Nesta situação inédita, em que tudo parece vacilar, ajudemo-nos a permanecer unidos naquilo que realmente conta.

Papa Francisco com o terço - Foto: Vatican Media

Papa Francisco com o terço – Foto: Vatican Media

 

Foi o que disse o Papa Francisco numa videomensagem aos fiéis na Itália e de todo o mundo, inclusive do Brasil, ao aderir à iniciativa dos bispos italianos de rezar o Terço na noite de quinta-feira, para pedir o fim da pandemia de coronavírus.

 

O Terço, a oração dos humildes e dos santos

 

A iniciativa da Conferência Episcopal Italiana, observa Francisco, é a mesma que tantos bispos nesses dias dirigiram aos fiéis de suas dioceses, buscando “amparar com sua palavra a esperança e a fé” do povo. O Pontífice então descreve assim a oração da Ave-Maria, repetida 50 vezes, recomendada pela própria Virgem:

A oração do Terço é a oração dos humildes e dos santos que, nos seus mistérios, com Maria contemplam a vida de Jesus, rosto misericordioso do Pai. E quanta necessidade todos temos de ser realmente consolados, de nos sentir envolvidos pela sua presença de amor!

 

A compreensão e o perdão em família

 

É na relação com os outros, diz ainda o Papa, que nós experimentamos a verdade desta presença, e num momento como este em que os outros são “os familiares mais íntimos”, Francisco convida a fazer-se “próximo um do outro, exercitando nós por primeiro a caridade, a compreensão, a paciência e o perdão”. Alargando o coração para que “o outro possa sempre encontrar disponibilidade e acolhimento”. E prossegue:

Esta noite rezemos unidos, confiemo-nos à intercessão de São José, Protetor da Sagrada Família, Protetor de todas as nossas famílias. Também o carpinteiro de Nazaré conheceu a precariedade e a amargura, a preocupação pelo amanhã; mas soube caminhar na escuridão de alguns momentos, deixando-se guiar sempre, sem reservas, pela vontade de Deus.

 

A invocação do Papa a São José

 

A mensagem de Francisco prossegue com uma súplica ao esposo de Maria, de quem a Igreja celebra hoje a Solenidade. Eis as suas palavras:

 

Protegei, Santo Defensor, este nosso País.

 

Iluminai os responsáveis pelo bem comum, para que saibam – como vós – cuidar das pessoas confiadas à responsabilidade deles.

 

Concedei a inteligência da ciência àqueles que procuram meios adequados para a saúde e o bem físico dos irmãos.

 

Sustentai aqueles que se dedicam aos necessitados: os voluntários, os enfermeiros, os médicos, que estão na linha de frente no tratamento dos doentes, mesmo à custa da própria incolumidade.

 

Abençoai, São José, a Igreja: a partir de seus ministros, fazei-a sinal e instrumento da vossa luz e da vossa bondade.

 

Acompanhai, São José, as famílias: com o vosso silêncio orante, construí a harmonia entre os pais e os filhos, de modo particular os mais pequeninos.

 

Preservai os anciãos da solidão: fazei que ninguém seja deixado no desespero do abandono e do desencorajamento.

 

Consolai quem é mais frágil, encorajai quem vacila, intercedei pelos pobres.

 

Com a Virgem Mãe, suplicai ao Senhor para que liberte o mundo de toda forma de pandemia.

 

 

Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

 

Arquidiocese de Salvador divulga novas orientações aos fiéis para a prevenção contra o novo coronavírus

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Arquidiocese de Salvador divulga novas orientações aos fiéis para a prevenção contra o novo coronavírusLogo Arquidiocese sem fundo

 

17 de março de 2020

 

Coronavírus: Fé e Comportamento adequado

 

“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28, 20).

 

Estamos vivendo momentos particularmente difíceis por causa do novo coronavírus (Covid-19). Mais do que nunca, precisamos acreditar na presença do Senhor em nossa vida. É verdade que, por vezes, precisamos andar “pelo vale tenebroso” (Salmo 23/22,4). Mas também ali “nenhum mal eu temerei”. É especialmente em situações assim que Jesus nos convida a irmos ao seu encontro: “Vinde a mim, vós que estais aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus 11,28). O mundo encontra-se aflito; todos nós estamos sobrecarregados. Com mais razão, pois, somos chamados a buscar refúgio em seu Coração manso e humilde.

 

As autoridades sanitárias estão fazendo proibições e nos alertando para a necessidade de tomarmos decisões difíceis e necessárias. Precisamos estar atentos a isso, pois é a vida, a nossa e a de multidões, que está em jogo. Como cristãos, somos cidadãos do mundo. O sofrimento de cada irmão é nosso sofrimento. Fazemos parte de uma grande família. A atenção de Jesus pelos mais fracos e necessitados deve ser a nossa atenção.

 

Em nossa Arquidiocese, já tomamos algumas medidas, simples e necessárias, sobretudo nas celebrações eucarísticas: omitir o abraço da paz, não dar as mãos na oração do Pai Nosso e, ao comungar, receber a hóstia na mão. E, diante das orientações dos organismos responsáveis pela saúde pública e dos decretos municipal e estadual, fazemos saber as orientações da Arquidiocese, que devem ser observadas por todos os fiéis:

 

  1. Ficam suspensas, até o dia 02 de abril p.v., as atividades em todas as paróquias, inclusive as celebrações eucarísticas e outros sacramentos (“24 horas para o Senhor”, Festas de Padroeiros, mutirão de confissões, Via-Sacra e outras manifestações da religiosidade popular);

 

  1. Durante este período, a Sagrada Comunhão e a unção para os enfermos ficarão suspensos, ficando a cargo do sacerdote discernir os casos especiais;

 

  1. As igrejas e capelas ficarão abertas para o cuidado com os fiéis, inclusive os serviços das secretarias;

 

  1. Recomenda-se aos sacerdotes celebrar a missa pelo povo e fazer o esforço em transmiti-la, via redes sociais e/ou plataformas digitais, tendo em vista a manutenção da fé de sua comunidade paroquial;

 

  1. Incentivar a espiritualidade e a convivência familiar, por meio dos exercícios espirituais (Leitura orante da Palavra, Via Sacra, Rosário e devoções piedosas à Virgem Maria etc.);

 

  1. Para a Celebração do Tríduo Pascal serão enviadas, em tempo hábil, novas recomendações.

 

  1. Recordamos aos idosos, aos diabéticos, aos hipertensos e a todos os que têm doenças crônicas, incluindo seus cuidadores, que devem tomar especiais cuidados, inclusive, evitando participar de celebrações religiosas, nas quais correriam grandes riscos. Através da televisão, do rádio ou das redes sociais poderão acompanhar celebrações eucarísticas ou outras, fazendo a comunhão espiritual (por desejo), sem prejuízo para o preceito dominical.

Reiteramos o atencioso cuidado com as mãos (lavando-as cuidadosamente e com frequência, ou usar álcool gel 70%), evitar aglomerações, manter distância dos outros de um metro e meio, ter cuidados especiais ao tossir, sair de casa o menos possível, evitar encontros com mais de 50 pessoas, conforme os decretos públicos.

 

A partir de agora, maior será o tempo em que precisaremos ficar sozinhos. Aproveitemos essa oportunidade para escutar o Senhor (“Escuta, Israel!” – Dt 6,4), para ler sua Palavra e lhe responder por uma oração que seja um verdadeiro grito de socorro. Com o Rosário, poderemos, conduzidos por Nossa Senhora, percorrer diversos momentos da vida de seu Filho. Com a possibilidade de nossas igrejas ficarem abertas, cada um poderá escolher momentos adequados para uma visita ao Santíssimo, lembrados de que “O Mestre está aí e te chama” (Jo 11, 28).

 

Somos chamados a manter distância dos outros, mas nossos corações devem estar unidos aos dos irmãos e irmãs pela oração e por gestos de amor. Rezemos particularmente pelos que sofrem por causa do novo coronavírus, pelos médicos e enfermeiros que atendem os enfermos e por todos os que trabalham para conter a propagação desse vírus.

 

Diante dos compromissos financeiros das paróquias, nos confiamos à compreensão dos fiéis na manutenção da fidelidade ao Dízimo, a fim de que os compromissos paroquiais, inclusive a ajuda aos necessitados, possam ser assegurados.

 

Deus sempre nos ensina, também através das provações. Diante de inúmeras notícias de pessoas infectadas ou falecidas, não estará Ele querendo que reflitamos mais sobre a morte e a vida eterna? Afinal, “não temos aqui morada permanente” (Hb 13,14). A morte de tantos irmãos e irmãs nos lembram o sentido da vida e a nossa vocação eterna. Afinal, Deus nos criou para Si e deseja que vivamos eternamente glorificando a Santíssima Trindade. Esse pensamento, longe de nos alienar, nos fará ter, como Santa Dulce dos Pobres, um olhar atento aos necessitados que nos cercam.

 

Unidos em torno do Papa Francisco, rezemos:

 

Ó Maria, tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a tua fé. Tu, Salvação do povo cristão, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galileia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição. Amém. (Papa Francisco, 11.03.2020).

 

Com nossos irmãos do início do cristianismo, rezemos:

 

Sob a tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada. Amém!

 

Salvador, Reunião Geral do Clero, 17 de março de 2020.

Dom Murilo S.R. Krieger, scj

Administrador Apostólico da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

 

O Papa: rezo pelos anciãos que se encontram sozinhos e no medo

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O Papa: rezo pelos anciãos que se encontram sozinhos e no medo

 

Que o Senhor esteja próximo e dê força aos nossos avôs e avós. Francisco ofereceu por esta intenção a Missa da manhã desta terça-feira /17/03) celebrada via streaming da Casa Santa Marta. E convidou a saber perdoar sempre, de coração

 

O coração do Papa é um coração que olha para todos, a cada dia para alguém de modo particular. Francisco dedicou a Missa na Casa Santa Marta, na manhã desta terça-feira (17/03), aos anciãos que em tempo de restrições devido ao coronavírus estão entre aqueles que mais do que outros sofrem a distância dos entes queridos.

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 17/03 - Foto: Vatican Media

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 17/03 – Foto: Vatican Media

 

Gostaria que hoje rezássemos pelos anciãos que sofrem este momento de modo particular, com uma solidão interna (interior) muito grande e por vezes com tanto medo. Peçamos ao Senhor que esteja próximo dos nossos avôs, nossas avós, de todos os anciãos e lhes dê a força. Eles nos deram a sabedoria, a vida, a história. Também nós nos fazemos próximos deles com a oração.

 

A homilia é inspirada no Evangelho e no tema do perdão que leva Pedro a perguntar a Jesus quantas vezes é lícito perdoar os outros. Não é fácil, reconheceu Francisco, que recordou que tem “pessoas que vivem condenando pessoas”. Mas aquilo que Deus almeja, afirmou, é a “ser magnânimos” a “perdoar, perdoar de coração”. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Jesus vem fazer uma catequese sobre a unidade dos irmãos e acaba por fazer uma bonita palavra: Asseguro-lhes que se dois, dois ou três de vocês, chegarem a um acordo e pedirem uma graça, lhes será concedida”. A unidade, a amizade, a paz entre os irmãos atrai a benevolência de Deus. E Pedro fez a pergunta: “Sim, mas o que devemos fazer com as pessoas que nos ofendem? Se meu irmão comete culpas contra mim, me ofende, quantas vezes deverei perdoá-lo? Sete vezes?” E Jesus responde com aquela palavra que significa, no idioma deles, “sempre”: “Setenta vezes sete”. Sempre se deve perdoar. E não é fácil perdoar. Porque o nosso coração egoísta é sempre apegado ao ódio, às vinganças, aos rancores. Todos vimos famílias destruídas pelos ódios familiares que passam de geração em geração. Irmãos que, diante do caixão de um dos pais, não se saúdam porque levam adiante rancores antigos. Parece que o apegar-se ao ódio seja mais forte do que o apegar-se ao amor e este é propriamente o tesouro – digamos assim – do diabo. Ele se agacha sempre entre nossos rancores, entre nossos ódios e os faz crescer, os mantém ali para destruir. Destrói tudo. E muitas vezes, por coisas pequenas, destrói. E também se destrói este Deus que não veio para condenar, mas para perdoar. Este Deus que é capaz de fazer festa por um pecador que se aproxima e esquece tudo. Quando Deus perdoa, esquece todo o mal que fizemos. Alguém dirá: “É a doença de Deus”. Não tem memória, é capaz de perder a memória, nestes casos. Deus perde a memória das histórias feias de tantos pecadores, dos nossos pecados. Perdoa-nos e segue adiante. Pede-nos apenas: “Faça o mesmo: aprenda a perdoar”, não levar adiante esta cruz não fecunda do ódio, do rancor, do “você vai me pagar”. Essa palavra não é nem cristã nem humana. A generosidade de Jesus que nos ensina que para entrar no céu devemos perdoar. Aliás, nos diz: “Você vai à Missa?” – “Sim” – “Mas se quando vai à Missa você se recorda que seu irmão tem algo contra você, primeiro, não venha a mim com o amor por mim numa mão e o ódio ao o irmão na outra”. Coerência de amor. Perdoar. Perdoar de coração. Tem pessoas que vivem condenado pessoas, falando mal das pessoas, continuamente difamando seus companheiros de trabalho, difamando os vizinhos, os parentes, porque não perdoam uma coisa que lhe fizeram, ou não perdoam uma coisa que não lhe agradou. Parece que a riqueza própria do diabo seja esta: semear o amor ao não-perdoar, viver apegados ao não-perdoar. E o perdão é condição para entrar no céu.

 

A parábola que Jesus nos conta é muito clara: perdoar. Que o Senhor nos ensine esta sabedoria do perdão que não é fácil. E façamos uma coisa: quando formos confessar, formos receber o sacramento da reconciliação, antes perguntemo-nos: “Eu perdoo?” Se eu sinto que não perdoo, não faça finta de pedir perdão, porque não será perdoado. Pedir perdão significa perdoar. Ambos estão juntos. Não podem separar-se. E aqueles que pedem perdão para si como este senhor, a quem o patrão perdoa tudo, mas não perdoam os outros, acabarão como este senhor. “Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração”.

 

Que o Senhor nos ajude a entender isto e a abaixar a cabeça, a não ser soberbos, a ser magnânimos no perdão. Ao menos a perdoar “por interesse”. Como é possível? Sim: perdoar, porque se eu não perdoo, não serei perdoado. Ao menos isso. Mas sempre o perdão.

 

Papa reza pelos idosos

 

 

Fonte: Vatican News

 

Arquidiocese conclama fiéis para que se unam em oração contra o coronavírus

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Arquidiocese conclama fiéis para que se unam em oração contra o coronavírus

 

Diante da pandemia que se alastra pelo mundo, católicos de diferentes continentes estão unidos em oração contra o coronavírus (Covid – 19). Confira, abaixo, as orações indicadas para este momento:

 

Oração do Papa Francisco (11 de março de 2020)

 

Ó Maria, tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a tua fé. Tu, Salvação do povo cristão, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galileia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição.

Amém.

 

Oração que está sendo rezada na Europa, proposta pela Conferência Nacional Européia (aqui, adaptada ao Brasil)

 

Deus Pai, criador do mundo, todo poderoso e misericordioso, que por amor nos enviaste o Teu Filho como médico das almas e dos corpos, olha para os teus filhos e filhas que neste difícil momento de preocupação e sofrimento em muitas regiões do Brasil e do mundo recorrem a Ti em busca de força, salvação e alívio!

 

Liberta-nos da enfermidade e do medo, cura os nossos doentes, consola suas famílias, dá sabedoria aos nossos governantes, energia e recompensa aos médicos, enfermeiros e voluntários, e vida eterna aos falecidos.

 

Não nos abandone neste momento de prova e liberta-nos de todo o mal.

 

Pedimos isso a Ti, ó Pai, que com Jesus Cristo, Teu Filho, e o Espírito Santo, vives e reinas pelos séculos dos séculos.

Amém.

 

Nossa Senhora, saúde dos enfermos e Mãe da esperança, roga por nós!

 

Oração do segundo século do cristianismo

Imagem capturada do Instagram da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

Imagem capturada do Instagram da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

 

Sob a tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada. Amém!

 

13 de março de 2020

Fonte: Arquidiocese de São Salvador

O Papa: Deus ajude as famílias a reencontrar verdadeiros afetos neste tempo difícil

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O Papa: Deus ajude as famílias a reencontrar verdadeiros afetos neste tempo difícil

 

Na Missa na Casa Santa Marta, esta segunda-feira (16/03), Francisco continua rezando pelos doentes e dirige um novo pensamento às famílias nesta situação caracterizada pela doença do coronavírus. Na homilia ressalta a necessidade de acolher a simplicidade de Deus para não cair na soberba

 

O Papa Francisco celebra a missa via streaming da Casa Santa Marta também esta semana para manifestar a sua proximidade aos fiéis que não podem participar da Eucaristia devido à emergência coronavírus. Na manhã desta segunda-feira (16/03), introduzindo a celebração, continuou rezando pelos doentes e as famílias.

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 16/03 - Foto: Vatican Media

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 16/03 – Foto: Vatican Media

 

“Continuemos rezando pelos doentes. Penso nas famílias, fechadas em casa, as crianças que não vão à escola, os pais que talvez não possam sair; alguns estarão em quarentena. Que o Senhor os ajude a descobrir novos modos, novas expressões de amor, de convivência nesta nova situação. É uma ocasião bela para reencontrar os verdadeiros afetos com uma criatividade na família. Rezemos pela família, para que as relações na família neste momento floresçam sempre para o bem.”

 

Na homilia, Francisco comentou as leituras do dia, extraídas do segundo Livro dos Reis (2 Re 5, 1-15) e do Evangelho de Lucas (Lc 4, 24-30). A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Em ambos os textos que hoje a Liturgia nos leva a meditar, há uma atitude que chama a atenção, uma atitude humana, mas não de bom espírito: a indignação. Este povo de Nazaré começou a ouvir Jesus, gostava de como Ele falava, mas depois alguém disse: “Mas este aí estudou em qual universidade? Este é o filho de Maria e José, este é o carpinteiro! O que vem nos dizer?” E o povo se indignou. Entram nesta indignação. E essa indignação os leva à violência. E aquele Jesus que admiravam no início da pregação é lançado fora da cidade, para jogá-lo do alto do monte. Também Naamã, que era um homem bom, inclusive aberto à fé, mas quando o profeta lhe manda banhar-se no Jordão, se indigna. Mas como é possível? “Eu pensava que ele viria em pessoa, e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, poria a mão no lugar infectado e me curaria da lepra. Porventura os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar limpo? E, voltando-se, retirou-se encolerizado”. Com indignação.

 

Também em Nazaré há pessoas boas; mas o que há por trás destas boas pessoas que as leva a essa atitude de indignação? E em Nazaré pior: a violência. Quer as pessoas da Sinagoga de Nazaré, quer Naamã pensavam que Deus se manifestasse somente no extraordinário, nas coisas fora do comum; que Deus não podia agir nas coisas comuns da vida, na simplicidade. Indignavam-se do simples. Eles se indignavam, desprezavam as coisas simples. E o nosso Deus nos faz entender que ele age sempre na simplicidade: na simplicidade, na casa de Nazaré, na simplicidade do trabalho de todos os dias, na simplicidade da oração… As coisas simples. Ao invés, o espírito mundano nos leva à vaidade, às aparências e ambas acabam na violência: Naamã era muito educado, mas bate a porta diante do profeta e vai embora. A violência, um gesto de violência. O povo da sinagoga começa a esquentar-se, a esquentar-se, e toma a decisão de assassinar Jesus, mas inconscientemente, e o expulsam para jogá-lo do monte abaixo. A indignação é uma tentação feia que leva à violência.

 

Dias atrás, me mostraram num celular, um vídeo da porta de um prédio em quarentena. Havia uma pessoa, um senhor jovem, que queria sair. E o guarda lhe disse que não podia. E ele reagiu com socos, com uma indignação, com um desprezo. “Mas quem é você, ‘negro’, para impedir que eu saia?” A indignação é a atitude dos soberbos, mas dos soberbos pobres, dos soberbos com uma pobreza de espírito feia, dos soberbos que vivem somente com a ilusão de ser mais do que aquilo que são. É uma estratificação espiritual, o povo que se indigna: aliás, muitas vezes essa gente precisa indignar-se, indignar-se para se sentir pessoa.

Isso pode acontecer também conosco: “o escândalo farisaico”, chamam-no os teólogos, escandalizar-me de coisas que são a simplicidade de Deus, a simplicidade dos pobres, a simplicidade dos cristãos como, para dizer: “Mas isso não é Deus. Não, não. O nosso deus é mais culto, é mais sábio, é mais importante. Deus não pode agir nesta simplicidade”. E sempre a indignação leva-o à violência; quer à violência física, quer à violência das fofocas, que mata como a violência física.

 

Pensemos nessas duas passagens: a indignação do povo na sinagoga de Nazaré e a indignação de Naamã, porque não entendiam a simplicidade do nosso Deus.

 

 

Fonte: Vatican News

Divulgada a data da posse do novo Arcebispo da Arquidiocese de Salvador

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Divulgada a data da posse do novo Arcebispo da Arquidiocese de Salvador

 

O Cardeal Dom Sergio da Rocha, nomeado pelo Papa Francisco como Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil na última quarta-feira (11), tomará posse na Arquidiocese de Salvador em 5 de junho de 2020, às 19h, na Catedral Metropolitana Transfiguração do Senhor (Catedral Basílica). Dom Sergio será o 28º Arcebispo da Sede Primacial da Igreja no Brasil e, até o dia da posse, Dom Murilo segue como administrador apostólico, passando a ser Arcebispo Emérito nesta mesma data.

 

Cardeal Dom Sérgio da Rocha - Foto: Felipe Rodrigues / Arquidiocese de Brasília

Cardeal Dom Sérgio da Rocha – Foto: Felipe Rodrigues / Arquidiocese de Brasília

Papa Francisco nomeia o Cardeal Dom Sergio da Rocha como Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

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Papa Francisco nomeia o Cardeal Dom Sergio da Rocha como Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

 

Na manhã desta quarta-feira, 11 de março, o Papa Francisco anunciou o nome Cardeal Dom Sergio da Rocha como o novo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, sucedendo o atual Arcebispo, Dom Murilo Krieger. Dom Sergio será o 28º Arcebispo da Sede Primacial da Igreja no Brasil e, a partir de hoje até o dia da posse, Dom Murilo passa a ser o administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador.

 

Nomeação Dom Sérgio

 

Nascido em Dobrada, no estado de São Paulo, no dia 17 de outubro de 1959, Dom Sergio recebeu a Ordenação Diaconal na Igreja Santa Cruz de Matão (SP), no dia 18 de agosto de 1984. No mesmo ano, em 14 de dezembro, recebeu a Ordenação Presbiteral na Matriz da Paróquia Senhor Bom Jesus de Matão (SP), na Diocese de São Carlos. Dom Sergio da Rocha foi nomeado como bispo auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza (CE) em 13 de junho de 2001; e em 11 de agosto do mesmo ano recebeu a Ordenação Episcopal, assumindo como lema “Omnia in caritate” (Tudo na Caridade – 1Cor 16, 14).

 

O Cardeal é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, em 1997. Trabalhou como diretor espiritual, professor e reitor do seminário diocesano de Filosofia de São Carlos, exercendo as mesmas funções também no seminário de Teologia da diocese. Desempenhou, também, na diocese de São Carlos, as seguintes funções pastorais: assessor da Pastoral da Juventude, coordenador Diocesano de Pastoral, da Pastoral Vocacional, da Escola de Agentes de Pastoral. Foi vigário paroquial das paróquias Nossa Senhora de Fátima e Catedral, reitor da Igreja São Judas Tadeu e pároco de Água Vermelha e de Santa Eudóxia.

 

Foi ainda professor de Teologia Moral na pontifícia universidade Católica de Campinas (1989-2001) e colaborou em Porto Velho (RO), no Projeto Missionário Sul I / Norte I e na Escola de Teologia Pastoral de São Luiz de Montes Belos (GO), Igreja Irmã da Diocese de São Carlos.

 

Em 31 de janeiro de 2007, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como arcebispo coadjutor da Arquidiocese de Teresina (PI), iniciando o pastoreio em 30 de março de 2007 e, pouco mais de um ano depois, em 3 de setembro de 2008, assumiu a Arquidiocese como Arcebispo Metropolitano.

 

No dia 15 de junho de 2011 foi nomeado pelo Papa Bento XVI, Arcebispo Metropolitano de Brasília, tendo sido acolhido na Catedral Metropolitana em 6 de agosto de 2011. Entre suas atividades se destacam a atuação como membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, de 2007 a 2011, como presidente da Comissão Episcopal para Doutrina da Fé, de 2011 a 2015. Dom Sérgio também foi presidente do departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) de 2007 a 2011. Ele representou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização de 2012 e na XIV Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família.

 

Foi criado cardeal pelo Papa Francisco no Consistório realizado na Basílica de São Pedro, em 19 de novembro de 2016, recebendo o título da Basílica de Santa Cruz na Via Flaminia, em Roma. O cardeal foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2015 a 2019 e relator geral da XV Assembleia dos Bispos, de 2018, que tratou do tema da juventude. Desde 2011 é o Arcebispo de Brasília e é, também, membro do Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos (Vaticano) e da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e da Congregação para o Clero (Vaticano).

 

Fonte: Arquidiocese de São Salvador da Bahia

MENSAGEM DE DOM SERGIO PARA A ARQUIDIOCESE DE SALVADOR

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MENSAGEM DE DOM SERGIO PARA A ARQUIDIOCESE DE SALVADOR

 

Queridos irmãos e irmãs da Arquidiocese de Salvador,

 

Envio esta mensagem fraterna a todos, neste dia da minha nomeação, resumindo tantas coisas que gostaria de dizer-lhes em três palavras, que expressam bem os meus sentimentos: agradecer, amar e servir.

Cardeal Dom Sergio da Rocha - Foto: Arquidiocese de Brasília

Cardeal Dom Sergio da Rocha – Foto: Arquidiocese de Brasília

 

AGRADECER. Em primeiro lugar, venho agradecer a Deus, que sempre nos surpreende com seu amor imenso, a ele confiando a nova missão que estou recebendo, na certeza de contar sempre com a sua graça. Manifesto especial agradecimento ao Papa Francisco pela nomeação para uma missão tão exigente numa Igreja com história e cultura tão belas e um povo tão acolhedor. Minha sincera gratidão a Dom Murilo Krieger, pelo seu fraterno apoio e por sua generosa dedicação ao longo destes anos, em Salvador. Estendo este agradecimento a todos os irmãos e irmãs que têm se dedicado ao serviço da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, pelo grande amor à Igreja.

 

AMAR. Desde o primeiro momento da nomeação recebida, tenho voltado o olhar e o coração para Salvador como minha nova família. Com amor de pai, irmão e amigo, assumo esta nova missão com esperança e alegria, sabendo que vou encontrar irmãos e amigos, com os quais quero conviver fraternalmente e trabalhar juntos pelo Reino de Deus. Já me sinto parte dessa família acolhedora. Pela graça de Deus e contando com a ajuda de todos, tenho a esperança de crescer na vivência do lema que tem iluminado meu ministério episcopal “tudo na caridade”, com especial atenção aos que mais sofrem, animado pelo exemplo de Santa Dulce dos Pobres, a quem muito admiro e venero.

 

SERVIR. Quem ama a Igreja, participa de suas alegrias e dores e coloca-se ao seu serviço com generosidade. Venho como servidor do Povo de Deus. Espero poder servir sempre, de coração, a Igreja de Salvador, valorizando o caminho que tem sido percorrido e apoiando as iniciativas pastorais em andamento. Participação, comunhão e missão, resumem bem o caminho a seguir. A missão evangelizadora exige a participação de todos e a comunhão entre todos. Pela graça de Deus, possamos caminhar unidos, como Igreja missionária, valorizando as diversas vocações e ministérios, em comunhão com o Papa Francisco e a Igreja no Brasil, participando do Regional Nordeste 3, ao qual tenho a graça de começar a pertencer.

 

Quem quer amar e servir necessita de muita oração. Por isso, peço encarecidamente: rezem por mim! Estejam certos de minhas orações. Continuem a assumir a vida e a missão da Igreja em Salvador, com Dom Murilo, que assume a missão de Administrador Apostólico da Arquidiocese até o início do meu ministério. Peço as bênçãos do Senhor Bom Jesus do Bonfim para todos, contando com a intercessão materna de Nossa Senhora da Conceição da Praia e de Santa Dulce dos Pobres. A todos, envio a benção de Deus e um afetuoso abraço!

 

Cardeal D. Sergio da Rocha, arcebispo eleito de São Salvador da Bahia.

 

Fonte: Arquidiocese de São Salvador da Bahia

Coronavírus: viver este momento com a força da fé, encoraja o Papa

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Coronavírus: viver este momento com a força da fé, encoraja o Papa

 

“Que o tempo da Quaresma nos ajude a dar um sentido evangélico também a este momento de provação”, disse o Papa ao manifestar sua solidariedade às pessoas afetadas pelo coronavírus.

 

A força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade: foram os conselhos do Papa Francisco aos bispos, para que ajudem os fiéis a viverem este momento marcado em muitos países pelo combate ao coronavírus.

Angelus dominical - Foto: Vatican Media

Angelus dominical – Foto: Vatican Media

 

No Angelus dominical, realizado justamente dentro da Biblioteca Apostólica para evitar risco de contágio entre os fiéis, o Pontífice manifestou mais uma vez sua proximidade aos que sofrem com o vírus e aos profissionais da área da saúde.

 

“Uno-me aos meus irmãos bispos para encorajar os fiéis a viverem este momento difícil com a força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade. Que o tempo da Quaresma nos ajude a dar um sentido evangélico também a este momento de provação.”

 

Ao final da saudação, o Papa anunciou que iria assomar à tradicional janela de onde é feito o Angelus para ver os fiéis “um pouco em tempo real”. E assim fez, saudando de longe os presentes.

 

Modificações

 

A Audiência Geral de 11 de março também se realizará seguindo o mesmo procedimento. O evento será transmitido ao vivo pelo Vatican News e nos telões na Praça São Pedro e distribuído pelo Vatican Media aos meios de comunicação que solicitarem.

 

De acordo com um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, essas medidas são necessárias para evitar riscos de difusão do COVID-19 durante a fase dos controles de segurança para entrar na Praça, como solicitado também pelas autoridades italianas.

 

Respeitando a determinação da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, até o dia 15 de março estará suspensa a participação dos fiéis nas missas realizadas na Santa Marta. O Santo Padre celebrará a Eucaristia em caráter privado.

 

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican Media

Missa ao vivo da Santa Marta: o Papa a oferece aos doentes de coronavírus

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Missa ao vivo da Santa Marta: o Papa a oferece aos doentes de coronavírus

 

Na manhã desta segunda-feira (09/03), o Papa Francisco celebrou a missa na Capela da Casa Santa Marta, transmitida ao vivo hoje e nos próximos dias, para manifestar sua proximidade cotidiana aos que estão envolvidos na epidemia de coronavírus.

Papa celebrando na Casa Santa Marta, na segunda-feira, dia 09-03 - Foto: Vatican Media

Papa celebrando na Casa Santa Marta, na segunda-feira, dia 09-03 – Foto: Vatican Media

 

Unidos ao Papa num momento difícil para estar mais unidos a Cristo, mais unidos entre nós. No Angelus deste domingo, um Angelus especial rezado da Biblioteca Apostólica, Francisco convidou “os fiéis a viverem este momento difícil com a força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade”, buscando “um sentido evangélico neste momento de provação e dor”. Na missa celebrada nesta segunda-feira na Capela da Casa Santa Marta, o Papa se fez próximo aos que estão sofrendo:

Nestes dias, oferecerei a missa para os doentes dessa epidemia de coronavírus, para os médicos, enfermeiros, voluntários que ajudam muito, familiares, para os idosos que estão em casas de repouso e  para os presos. Rezemos juntos esta semana, esta oração forte ao Senhor: “Salva-me, Senhor, e dá-me misericórdia. Os meus pés estão no caminho certo. Na assembleia bendirei ao Senhor.

 

Veja o Papa Francisco no vídeo

 

Na homilia, Francisco comentou a Primeira Leitura extraída do Livro do Profeta Daniel, recordando a necessidade de se reconhecer pecador. Segue a homilia, segundo a nossa transcrição.

 

A Primeira Leitura do Profeta Daniel é uma confissão dos pecados. O povo se reconhece pecador. “Senhor, você foi fiel a nós, mas pecamos, agimos como maus e ímpios. Fomos rebeldes, nos distanciamos dos seus mandamentos e de suas leis. Não obedecemos aos seus servos, os Profetas, que em seu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, aos nossos antepassados e a todo o povo do país.”

 

Há uma confissão dos pecados, um reconhecimento de que pecamos. Quando nos preparamos para receber o Sacramento da Reconciliação, devemos fazer um “exame de consciência” e ver o que eu fiz diante de Deus: pequei. Reconhecer o pecado. Reconhecer o pecado não pode ser apenas fazer uma lista dos pecados intelectuais, dizer: “eu pequei”. Depois eu digo ao padre e o padre me perdoa. Não é necessário, não é justo fazer isso. Isso seria como fazer uma lista das coisas que eu devo fazer ou que eu devo ter ou que fiz mal, mas que permanece na cabeça. Uma confissão verdadeira dos pecados deve permanecer no coração. Confessar-se não é apenas dizer ao sacerdote essa lista: “Fiz isso e aquilo”, e depois vou embora. Estou perdoado. Não, não é justo. É preciso dar um passo, um passo a mais, que é a confissão de nossas misérias, mas com o coração, ou seja, que aquela lista que eu fiz de coisas ruins desça ao coração. Assim faz Daniel, o Profeta. “A ti, Senhor, convém a justiça; e a nós, ter vergonha”.

 

Quando reconheço que pequei, que não rezei direito e sinto isso no coração, me vem esse sentimento de vergonha: “Envergonho-me de ter feito isso. Peço-lhe perdão com vergonha”. A vergonha pelos nossos pecados é uma graça, devemos pedi-la: “Senhor, que eu tenha vergonha”. Uma pessoa que perdeu a vergonha, perde a autoridade moral, perde o respeito pelos outros. Um desavergonhado. O mesmo acontece com Deus: resta-nos ter vergonha.  A ti convém a justiça; a nós, a vergonha. A vergonha no rosto, como hoje. “Senhor, continua Daniel, resta-nos ter vergonha no rosto: a nossos reis e príncipes, e a nossos antepassados, pois que pecamos contra ti”. Ao Senhor nosso Deus, antes tinha dito convém a justiça, agora diz: cabe a misericórdia.

 

Quando nós temos não apenas a recordação, a memória dos pecados que fizemos, mas também o sentimento de vergonha, isso toca o coração de Deus que responde com misericórdia. O caminho para ir ao encontro da misericórdia de Deus é envergonhar-se das coisas ruins, das coisas más que fizemos. Assim, quando vou confessar-me vou dizer não somente a lista de pecados, mas os sentimentos de confusão, de vergonha por ter feito isso a um Deus tão bom, tão misericordioso e justo.

 

Peçamos hoje a graça da vergonha: de ter vergonha dos nossos pecados. Que o Senhor conceda a todos nós essa graça.

 

Fonte: Vatican News