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O Papa: rezo pelos anciãos que se encontram sozinhos e no medo

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O Papa: rezo pelos anciãos que se encontram sozinhos e no medo

 

Que o Senhor esteja próximo e dê força aos nossos avôs e avós. Francisco ofereceu por esta intenção a Missa da manhã desta terça-feira /17/03) celebrada via streaming da Casa Santa Marta. E convidou a saber perdoar sempre, de coração

 

O coração do Papa é um coração que olha para todos, a cada dia para alguém de modo particular. Francisco dedicou a Missa na Casa Santa Marta, na manhã desta terça-feira (17/03), aos anciãos que em tempo de restrições devido ao coronavírus estão entre aqueles que mais do que outros sofrem a distância dos entes queridos.

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 17/03 - Foto: Vatican Media

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 17/03 – Foto: Vatican Media

 

Gostaria que hoje rezássemos pelos anciãos que sofrem este momento de modo particular, com uma solidão interna (interior) muito grande e por vezes com tanto medo. Peçamos ao Senhor que esteja próximo dos nossos avôs, nossas avós, de todos os anciãos e lhes dê a força. Eles nos deram a sabedoria, a vida, a história. Também nós nos fazemos próximos deles com a oração.

 

A homilia é inspirada no Evangelho e no tema do perdão que leva Pedro a perguntar a Jesus quantas vezes é lícito perdoar os outros. Não é fácil, reconheceu Francisco, que recordou que tem “pessoas que vivem condenando pessoas”. Mas aquilo que Deus almeja, afirmou, é a “ser magnânimos” a “perdoar, perdoar de coração”. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Jesus vem fazer uma catequese sobre a unidade dos irmãos e acaba por fazer uma bonita palavra: Asseguro-lhes que se dois, dois ou três de vocês, chegarem a um acordo e pedirem uma graça, lhes será concedida”. A unidade, a amizade, a paz entre os irmãos atrai a benevolência de Deus. E Pedro fez a pergunta: “Sim, mas o que devemos fazer com as pessoas que nos ofendem? Se meu irmão comete culpas contra mim, me ofende, quantas vezes deverei perdoá-lo? Sete vezes?” E Jesus responde com aquela palavra que significa, no idioma deles, “sempre”: “Setenta vezes sete”. Sempre se deve perdoar. E não é fácil perdoar. Porque o nosso coração egoísta é sempre apegado ao ódio, às vinganças, aos rancores. Todos vimos famílias destruídas pelos ódios familiares que passam de geração em geração. Irmãos que, diante do caixão de um dos pais, não se saúdam porque levam adiante rancores antigos. Parece que o apegar-se ao ódio seja mais forte do que o apegar-se ao amor e este é propriamente o tesouro – digamos assim – do diabo. Ele se agacha sempre entre nossos rancores, entre nossos ódios e os faz crescer, os mantém ali para destruir. Destrói tudo. E muitas vezes, por coisas pequenas, destrói. E também se destrói este Deus que não veio para condenar, mas para perdoar. Este Deus que é capaz de fazer festa por um pecador que se aproxima e esquece tudo. Quando Deus perdoa, esquece todo o mal que fizemos. Alguém dirá: “É a doença de Deus”. Não tem memória, é capaz de perder a memória, nestes casos. Deus perde a memória das histórias feias de tantos pecadores, dos nossos pecados. Perdoa-nos e segue adiante. Pede-nos apenas: “Faça o mesmo: aprenda a perdoar”, não levar adiante esta cruz não fecunda do ódio, do rancor, do “você vai me pagar”. Essa palavra não é nem cristã nem humana. A generosidade de Jesus que nos ensina que para entrar no céu devemos perdoar. Aliás, nos diz: “Você vai à Missa?” – “Sim” – “Mas se quando vai à Missa você se recorda que seu irmão tem algo contra você, primeiro, não venha a mim com o amor por mim numa mão e o ódio ao o irmão na outra”. Coerência de amor. Perdoar. Perdoar de coração. Tem pessoas que vivem condenado pessoas, falando mal das pessoas, continuamente difamando seus companheiros de trabalho, difamando os vizinhos, os parentes, porque não perdoam uma coisa que lhe fizeram, ou não perdoam uma coisa que não lhe agradou. Parece que a riqueza própria do diabo seja esta: semear o amor ao não-perdoar, viver apegados ao não-perdoar. E o perdão é condição para entrar no céu.

 

A parábola que Jesus nos conta é muito clara: perdoar. Que o Senhor nos ensine esta sabedoria do perdão que não é fácil. E façamos uma coisa: quando formos confessar, formos receber o sacramento da reconciliação, antes perguntemo-nos: “Eu perdoo?” Se eu sinto que não perdoo, não faça finta de pedir perdão, porque não será perdoado. Pedir perdão significa perdoar. Ambos estão juntos. Não podem separar-se. E aqueles que pedem perdão para si como este senhor, a quem o patrão perdoa tudo, mas não perdoam os outros, acabarão como este senhor. “Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração”.

 

Que o Senhor nos ajude a entender isto e a abaixar a cabeça, a não ser soberbos, a ser magnânimos no perdão. Ao menos a perdoar “por interesse”. Como é possível? Sim: perdoar, porque se eu não perdoo, não serei perdoado. Ao menos isso. Mas sempre o perdão.

 

Papa reza pelos idosos

 

 

Fonte: Vatican News

 

Arquidiocese conclama fiéis para que se unam em oração contra o coronavírus

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Arquidiocese conclama fiéis para que se unam em oração contra o coronavírus

 

Diante da pandemia que se alastra pelo mundo, católicos de diferentes continentes estão unidos em oração contra o coronavírus (Covid – 19). Confira, abaixo, as orações indicadas para este momento:

 

Oração do Papa Francisco (11 de março de 2020)

 

Ó Maria, tu sempre brilhas em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Nós nos entregamos a ti, Saúde dos Enfermos, que na Cruz foste associada à dor de Jesus, mantendo firme a tua fé. Tu, Salvação do povo cristão, sabes do que precisamos e temos a certeza de que garantirás, como em Caná da Galileia, que a alegria e a celebração possam retornar após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição.

Amém.

 

Oração que está sendo rezada na Europa, proposta pela Conferência Nacional Européia (aqui, adaptada ao Brasil)

 

Deus Pai, criador do mundo, todo poderoso e misericordioso, que por amor nos enviaste o Teu Filho como médico das almas e dos corpos, olha para os teus filhos e filhas que neste difícil momento de preocupação e sofrimento em muitas regiões do Brasil e do mundo recorrem a Ti em busca de força, salvação e alívio!

 

Liberta-nos da enfermidade e do medo, cura os nossos doentes, consola suas famílias, dá sabedoria aos nossos governantes, energia e recompensa aos médicos, enfermeiros e voluntários, e vida eterna aos falecidos.

 

Não nos abandone neste momento de prova e liberta-nos de todo o mal.

 

Pedimos isso a Ti, ó Pai, que com Jesus Cristo, Teu Filho, e o Espírito Santo, vives e reinas pelos séculos dos séculos.

Amém.

 

Nossa Senhora, saúde dos enfermos e Mãe da esperança, roga por nós!

 

Oração do segundo século do cristianismo

Imagem capturada do Instagram da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

Imagem capturada do Instagram da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

 

Sob a tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus. Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação, e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e abençoada. Amém!

 

13 de março de 2020

Fonte: Arquidiocese de São Salvador

O Papa: Deus ajude as famílias a reencontrar verdadeiros afetos neste tempo difícil

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O Papa: Deus ajude as famílias a reencontrar verdadeiros afetos neste tempo difícil

 

Na Missa na Casa Santa Marta, esta segunda-feira (16/03), Francisco continua rezando pelos doentes e dirige um novo pensamento às famílias nesta situação caracterizada pela doença do coronavírus. Na homilia ressalta a necessidade de acolher a simplicidade de Deus para não cair na soberba

 

O Papa Francisco celebra a missa via streaming da Casa Santa Marta também esta semana para manifestar a sua proximidade aos fiéis que não podem participar da Eucaristia devido à emergência coronavírus. Na manhã desta segunda-feira (16/03), introduzindo a celebração, continuou rezando pelos doentes e as famílias.

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 16/03 - Foto: Vatican Media

Papa celebrando na Casa Santa Marta na 16/03 – Foto: Vatican Media

 

“Continuemos rezando pelos doentes. Penso nas famílias, fechadas em casa, as crianças que não vão à escola, os pais que talvez não possam sair; alguns estarão em quarentena. Que o Senhor os ajude a descobrir novos modos, novas expressões de amor, de convivência nesta nova situação. É uma ocasião bela para reencontrar os verdadeiros afetos com uma criatividade na família. Rezemos pela família, para que as relações na família neste momento floresçam sempre para o bem.”

 

Na homilia, Francisco comentou as leituras do dia, extraídas do segundo Livro dos Reis (2 Re 5, 1-15) e do Evangelho de Lucas (Lc 4, 24-30). A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Em ambos os textos que hoje a Liturgia nos leva a meditar, há uma atitude que chama a atenção, uma atitude humana, mas não de bom espírito: a indignação. Este povo de Nazaré começou a ouvir Jesus, gostava de como Ele falava, mas depois alguém disse: “Mas este aí estudou em qual universidade? Este é o filho de Maria e José, este é o carpinteiro! O que vem nos dizer?” E o povo se indignou. Entram nesta indignação. E essa indignação os leva à violência. E aquele Jesus que admiravam no início da pregação é lançado fora da cidade, para jogá-lo do alto do monte. Também Naamã, que era um homem bom, inclusive aberto à fé, mas quando o profeta lhe manda banhar-se no Jordão, se indigna. Mas como é possível? “Eu pensava que ele viria em pessoa, e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, poria a mão no lugar infectado e me curaria da lepra. Porventura os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar limpo? E, voltando-se, retirou-se encolerizado”. Com indignação.

 

Também em Nazaré há pessoas boas; mas o que há por trás destas boas pessoas que as leva a essa atitude de indignação? E em Nazaré pior: a violência. Quer as pessoas da Sinagoga de Nazaré, quer Naamã pensavam que Deus se manifestasse somente no extraordinário, nas coisas fora do comum; que Deus não podia agir nas coisas comuns da vida, na simplicidade. Indignavam-se do simples. Eles se indignavam, desprezavam as coisas simples. E o nosso Deus nos faz entender que ele age sempre na simplicidade: na simplicidade, na casa de Nazaré, na simplicidade do trabalho de todos os dias, na simplicidade da oração… As coisas simples. Ao invés, o espírito mundano nos leva à vaidade, às aparências e ambas acabam na violência: Naamã era muito educado, mas bate a porta diante do profeta e vai embora. A violência, um gesto de violência. O povo da sinagoga começa a esquentar-se, a esquentar-se, e toma a decisão de assassinar Jesus, mas inconscientemente, e o expulsam para jogá-lo do monte abaixo. A indignação é uma tentação feia que leva à violência.

 

Dias atrás, me mostraram num celular, um vídeo da porta de um prédio em quarentena. Havia uma pessoa, um senhor jovem, que queria sair. E o guarda lhe disse que não podia. E ele reagiu com socos, com uma indignação, com um desprezo. “Mas quem é você, ‘negro’, para impedir que eu saia?” A indignação é a atitude dos soberbos, mas dos soberbos pobres, dos soberbos com uma pobreza de espírito feia, dos soberbos que vivem somente com a ilusão de ser mais do que aquilo que são. É uma estratificação espiritual, o povo que se indigna: aliás, muitas vezes essa gente precisa indignar-se, indignar-se para se sentir pessoa.

Isso pode acontecer também conosco: “o escândalo farisaico”, chamam-no os teólogos, escandalizar-me de coisas que são a simplicidade de Deus, a simplicidade dos pobres, a simplicidade dos cristãos como, para dizer: “Mas isso não é Deus. Não, não. O nosso deus é mais culto, é mais sábio, é mais importante. Deus não pode agir nesta simplicidade”. E sempre a indignação leva-o à violência; quer à violência física, quer à violência das fofocas, que mata como a violência física.

 

Pensemos nessas duas passagens: a indignação do povo na sinagoga de Nazaré e a indignação de Naamã, porque não entendiam a simplicidade do nosso Deus.

 

 

Fonte: Vatican News

Divulgada a data da posse do novo Arcebispo da Arquidiocese de Salvador

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Divulgada a data da posse do novo Arcebispo da Arquidiocese de Salvador

 

O Cardeal Dom Sergio da Rocha, nomeado pelo Papa Francisco como Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil na última quarta-feira (11), tomará posse na Arquidiocese de Salvador em 5 de junho de 2020, às 19h, na Catedral Metropolitana Transfiguração do Senhor (Catedral Basílica). Dom Sergio será o 28º Arcebispo da Sede Primacial da Igreja no Brasil e, até o dia da posse, Dom Murilo segue como administrador apostólico, passando a ser Arcebispo Emérito nesta mesma data.

 

Cardeal Dom Sérgio da Rocha - Foto: Felipe Rodrigues / Arquidiocese de Brasília

Cardeal Dom Sérgio da Rocha – Foto: Felipe Rodrigues / Arquidiocese de Brasília

Papa Francisco nomeia o Cardeal Dom Sergio da Rocha como Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

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Papa Francisco nomeia o Cardeal Dom Sergio da Rocha como Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia

 

Na manhã desta quarta-feira, 11 de março, o Papa Francisco anunciou o nome Cardeal Dom Sergio da Rocha como o novo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, sucedendo o atual Arcebispo, Dom Murilo Krieger. Dom Sergio será o 28º Arcebispo da Sede Primacial da Igreja no Brasil e, a partir de hoje até o dia da posse, Dom Murilo passa a ser o administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador.

 

Nomeação Dom Sérgio

 

Nascido em Dobrada, no estado de São Paulo, no dia 17 de outubro de 1959, Dom Sergio recebeu a Ordenação Diaconal na Igreja Santa Cruz de Matão (SP), no dia 18 de agosto de 1984. No mesmo ano, em 14 de dezembro, recebeu a Ordenação Presbiteral na Matriz da Paróquia Senhor Bom Jesus de Matão (SP), na Diocese de São Carlos. Dom Sergio da Rocha foi nomeado como bispo auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza (CE) em 13 de junho de 2001; e em 11 de agosto do mesmo ano recebeu a Ordenação Episcopal, assumindo como lema “Omnia in caritate” (Tudo na Caridade – 1Cor 16, 14).

 

O Cardeal é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, em 1997. Trabalhou como diretor espiritual, professor e reitor do seminário diocesano de Filosofia de São Carlos, exercendo as mesmas funções também no seminário de Teologia da diocese. Desempenhou, também, na diocese de São Carlos, as seguintes funções pastorais: assessor da Pastoral da Juventude, coordenador Diocesano de Pastoral, da Pastoral Vocacional, da Escola de Agentes de Pastoral. Foi vigário paroquial das paróquias Nossa Senhora de Fátima e Catedral, reitor da Igreja São Judas Tadeu e pároco de Água Vermelha e de Santa Eudóxia.

 

Foi ainda professor de Teologia Moral na pontifícia universidade Católica de Campinas (1989-2001) e colaborou em Porto Velho (RO), no Projeto Missionário Sul I / Norte I e na Escola de Teologia Pastoral de São Luiz de Montes Belos (GO), Igreja Irmã da Diocese de São Carlos.

 

Em 31 de janeiro de 2007, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como arcebispo coadjutor da Arquidiocese de Teresina (PI), iniciando o pastoreio em 30 de março de 2007 e, pouco mais de um ano depois, em 3 de setembro de 2008, assumiu a Arquidiocese como Arcebispo Metropolitano.

 

No dia 15 de junho de 2011 foi nomeado pelo Papa Bento XVI, Arcebispo Metropolitano de Brasília, tendo sido acolhido na Catedral Metropolitana em 6 de agosto de 2011. Entre suas atividades se destacam a atuação como membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, de 2007 a 2011, como presidente da Comissão Episcopal para Doutrina da Fé, de 2011 a 2015. Dom Sérgio também foi presidente do departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) de 2007 a 2011. Ele representou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização de 2012 e na XIV Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família.

 

Foi criado cardeal pelo Papa Francisco no Consistório realizado na Basílica de São Pedro, em 19 de novembro de 2016, recebendo o título da Basílica de Santa Cruz na Via Flaminia, em Roma. O cardeal foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2015 a 2019 e relator geral da XV Assembleia dos Bispos, de 2018, que tratou do tema da juventude. Desde 2011 é o Arcebispo de Brasília e é, também, membro do Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos (Vaticano) e da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e da Congregação para o Clero (Vaticano).

 

Fonte: Arquidiocese de São Salvador da Bahia

MENSAGEM DE DOM SERGIO PARA A ARQUIDIOCESE DE SALVADOR

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MENSAGEM DE DOM SERGIO PARA A ARQUIDIOCESE DE SALVADOR

 

Queridos irmãos e irmãs da Arquidiocese de Salvador,

 

Envio esta mensagem fraterna a todos, neste dia da minha nomeação, resumindo tantas coisas que gostaria de dizer-lhes em três palavras, que expressam bem os meus sentimentos: agradecer, amar e servir.

Cardeal Dom Sergio da Rocha - Foto: Arquidiocese de Brasília

Cardeal Dom Sergio da Rocha – Foto: Arquidiocese de Brasília

 

AGRADECER. Em primeiro lugar, venho agradecer a Deus, que sempre nos surpreende com seu amor imenso, a ele confiando a nova missão que estou recebendo, na certeza de contar sempre com a sua graça. Manifesto especial agradecimento ao Papa Francisco pela nomeação para uma missão tão exigente numa Igreja com história e cultura tão belas e um povo tão acolhedor. Minha sincera gratidão a Dom Murilo Krieger, pelo seu fraterno apoio e por sua generosa dedicação ao longo destes anos, em Salvador. Estendo este agradecimento a todos os irmãos e irmãs que têm se dedicado ao serviço da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, pelo grande amor à Igreja.

 

AMAR. Desde o primeiro momento da nomeação recebida, tenho voltado o olhar e o coração para Salvador como minha nova família. Com amor de pai, irmão e amigo, assumo esta nova missão com esperança e alegria, sabendo que vou encontrar irmãos e amigos, com os quais quero conviver fraternalmente e trabalhar juntos pelo Reino de Deus. Já me sinto parte dessa família acolhedora. Pela graça de Deus e contando com a ajuda de todos, tenho a esperança de crescer na vivência do lema que tem iluminado meu ministério episcopal “tudo na caridade”, com especial atenção aos que mais sofrem, animado pelo exemplo de Santa Dulce dos Pobres, a quem muito admiro e venero.

 

SERVIR. Quem ama a Igreja, participa de suas alegrias e dores e coloca-se ao seu serviço com generosidade. Venho como servidor do Povo de Deus. Espero poder servir sempre, de coração, a Igreja de Salvador, valorizando o caminho que tem sido percorrido e apoiando as iniciativas pastorais em andamento. Participação, comunhão e missão, resumem bem o caminho a seguir. A missão evangelizadora exige a participação de todos e a comunhão entre todos. Pela graça de Deus, possamos caminhar unidos, como Igreja missionária, valorizando as diversas vocações e ministérios, em comunhão com o Papa Francisco e a Igreja no Brasil, participando do Regional Nordeste 3, ao qual tenho a graça de começar a pertencer.

 

Quem quer amar e servir necessita de muita oração. Por isso, peço encarecidamente: rezem por mim! Estejam certos de minhas orações. Continuem a assumir a vida e a missão da Igreja em Salvador, com Dom Murilo, que assume a missão de Administrador Apostólico da Arquidiocese até o início do meu ministério. Peço as bênçãos do Senhor Bom Jesus do Bonfim para todos, contando com a intercessão materna de Nossa Senhora da Conceição da Praia e de Santa Dulce dos Pobres. A todos, envio a benção de Deus e um afetuoso abraço!

 

Cardeal D. Sergio da Rocha, arcebispo eleito de São Salvador da Bahia.

 

Fonte: Arquidiocese de São Salvador da Bahia

Coronavírus: viver este momento com a força da fé, encoraja o Papa

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Coronavírus: viver este momento com a força da fé, encoraja o Papa

 

“Que o tempo da Quaresma nos ajude a dar um sentido evangélico também a este momento de provação”, disse o Papa ao manifestar sua solidariedade às pessoas afetadas pelo coronavírus.

 

A força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade: foram os conselhos do Papa Francisco aos bispos, para que ajudem os fiéis a viverem este momento marcado em muitos países pelo combate ao coronavírus.

Angelus dominical - Foto: Vatican Media

Angelus dominical – Foto: Vatican Media

 

No Angelus dominical, realizado justamente dentro da Biblioteca Apostólica para evitar risco de contágio entre os fiéis, o Pontífice manifestou mais uma vez sua proximidade aos que sofrem com o vírus e aos profissionais da área da saúde.

 

“Uno-me aos meus irmãos bispos para encorajar os fiéis a viverem este momento difícil com a força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade. Que o tempo da Quaresma nos ajude a dar um sentido evangélico também a este momento de provação.”

 

Ao final da saudação, o Papa anunciou que iria assomar à tradicional janela de onde é feito o Angelus para ver os fiéis “um pouco em tempo real”. E assim fez, saudando de longe os presentes.

 

Modificações

 

A Audiência Geral de 11 de março também se realizará seguindo o mesmo procedimento. O evento será transmitido ao vivo pelo Vatican News e nos telões na Praça São Pedro e distribuído pelo Vatican Media aos meios de comunicação que solicitarem.

 

De acordo com um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, essas medidas são necessárias para evitar riscos de difusão do COVID-19 durante a fase dos controles de segurança para entrar na Praça, como solicitado também pelas autoridades italianas.

 

Respeitando a determinação da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, até o dia 15 de março estará suspensa a participação dos fiéis nas missas realizadas na Santa Marta. O Santo Padre celebrará a Eucaristia em caráter privado.

 

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican Media

Missa ao vivo da Santa Marta: o Papa a oferece aos doentes de coronavírus

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Missa ao vivo da Santa Marta: o Papa a oferece aos doentes de coronavírus

 

Na manhã desta segunda-feira (09/03), o Papa Francisco celebrou a missa na Capela da Casa Santa Marta, transmitida ao vivo hoje e nos próximos dias, para manifestar sua proximidade cotidiana aos que estão envolvidos na epidemia de coronavírus.

Papa celebrando na Casa Santa Marta, na segunda-feira, dia 09-03 - Foto: Vatican Media

Papa celebrando na Casa Santa Marta, na segunda-feira, dia 09-03 – Foto: Vatican Media

 

Unidos ao Papa num momento difícil para estar mais unidos a Cristo, mais unidos entre nós. No Angelus deste domingo, um Angelus especial rezado da Biblioteca Apostólica, Francisco convidou “os fiéis a viverem este momento difícil com a força da fé, a certeza da esperança e o fervor da caridade”, buscando “um sentido evangélico neste momento de provação e dor”. Na missa celebrada nesta segunda-feira na Capela da Casa Santa Marta, o Papa se fez próximo aos que estão sofrendo:

Nestes dias, oferecerei a missa para os doentes dessa epidemia de coronavírus, para os médicos, enfermeiros, voluntários que ajudam muito, familiares, para os idosos que estão em casas de repouso e  para os presos. Rezemos juntos esta semana, esta oração forte ao Senhor: “Salva-me, Senhor, e dá-me misericórdia. Os meus pés estão no caminho certo. Na assembleia bendirei ao Senhor.

 

Veja o Papa Francisco no vídeo

 

Na homilia, Francisco comentou a Primeira Leitura extraída do Livro do Profeta Daniel, recordando a necessidade de se reconhecer pecador. Segue a homilia, segundo a nossa transcrição.

 

A Primeira Leitura do Profeta Daniel é uma confissão dos pecados. O povo se reconhece pecador. “Senhor, você foi fiel a nós, mas pecamos, agimos como maus e ímpios. Fomos rebeldes, nos distanciamos dos seus mandamentos e de suas leis. Não obedecemos aos seus servos, os Profetas, que em seu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, aos nossos antepassados e a todo o povo do país.”

 

Há uma confissão dos pecados, um reconhecimento de que pecamos. Quando nos preparamos para receber o Sacramento da Reconciliação, devemos fazer um “exame de consciência” e ver o que eu fiz diante de Deus: pequei. Reconhecer o pecado. Reconhecer o pecado não pode ser apenas fazer uma lista dos pecados intelectuais, dizer: “eu pequei”. Depois eu digo ao padre e o padre me perdoa. Não é necessário, não é justo fazer isso. Isso seria como fazer uma lista das coisas que eu devo fazer ou que eu devo ter ou que fiz mal, mas que permanece na cabeça. Uma confissão verdadeira dos pecados deve permanecer no coração. Confessar-se não é apenas dizer ao sacerdote essa lista: “Fiz isso e aquilo”, e depois vou embora. Estou perdoado. Não, não é justo. É preciso dar um passo, um passo a mais, que é a confissão de nossas misérias, mas com o coração, ou seja, que aquela lista que eu fiz de coisas ruins desça ao coração. Assim faz Daniel, o Profeta. “A ti, Senhor, convém a justiça; e a nós, ter vergonha”.

 

Quando reconheço que pequei, que não rezei direito e sinto isso no coração, me vem esse sentimento de vergonha: “Envergonho-me de ter feito isso. Peço-lhe perdão com vergonha”. A vergonha pelos nossos pecados é uma graça, devemos pedi-la: “Senhor, que eu tenha vergonha”. Uma pessoa que perdeu a vergonha, perde a autoridade moral, perde o respeito pelos outros. Um desavergonhado. O mesmo acontece com Deus: resta-nos ter vergonha.  A ti convém a justiça; a nós, a vergonha. A vergonha no rosto, como hoje. “Senhor, continua Daniel, resta-nos ter vergonha no rosto: a nossos reis e príncipes, e a nossos antepassados, pois que pecamos contra ti”. Ao Senhor nosso Deus, antes tinha dito convém a justiça, agora diz: cabe a misericórdia.

 

Quando nós temos não apenas a recordação, a memória dos pecados que fizemos, mas também o sentimento de vergonha, isso toca o coração de Deus que responde com misericórdia. O caminho para ir ao encontro da misericórdia de Deus é envergonhar-se das coisas ruins, das coisas más que fizemos. Assim, quando vou confessar-me vou dizer não somente a lista de pecados, mas os sentimentos de confusão, de vergonha por ter feito isso a um Deus tão bom, tão misericordioso e justo.

 

Peçamos hoje a graça da vergonha: de ter vergonha dos nossos pecados. Que o Senhor conceda a todos nós essa graça.

 

Fonte: Vatican News

 

Cântico dos Cânticos: quando o amor está “além do versículo”

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Cântico dos Cânticos: quando o amor está “além do versículo”

 

Entrevista com o biblista padre Francesco Giosuè Voltaggio. A essência do Cântico dos Cânticos não é a posse, mas o desejo. O biblista explica porque o significado literal e alegórico não estão em contraposição, mas em estreita continuidade

 

É curiosa a presença do Cântico dos Cânticos na Bíblia hebraica e cristã. É verdade que o Cântico se inspira em alguns poemas antigos da Mesopotâmia? E quando poderia ter sido escrito? A riqueza deste texto emerge com toda a sua determinação na entrevista com o padre Francesco Giosuè Voltaggio, biblista e professor de Arqueologia e Sagrada Escritura na Terra Santa e também reitor do Seminário Redemptoris Mater da Galiléia.

Amor conjugal - Marc Chagall - Foto: Gandalf's Gallery

Amor conjugal – Marc Chagall – Foto: Gandalf’s Gallery

 

Pe. Voltaggio: O fundo literário do Cântico deve ser buscado nos cantos de amor egípcios e na poesia nupcial mesopotâmica nas quais se exaltava a beleza dos noivos, chamados “rei” e “rainha”. Foram percebidas também semelhanças entre o Cântico dos Cânticos e um gênero poético árabe, chamado wasf, no qual descreve-se a beleza dos noivos com a descrição poética de seus corpos. Todavia há novidades decisivas no Cântico. Por exemplo, ao contrário dos cantos de amor egípcios que se caracterizam por um monólogo dos protagonistas, o Cântico é um verdadeiro diálogo entre o amado e a amada, com a intervenção de um coro. Portanto, a revelação bíblica assume a humanidade – e também a literatura humana – mas a transfigura, como é o caso, do Cântico que trata do amor humano como humano mas que ao mesmo tempo o transfigura. Com relação à datação ainda há uma discussão entre os estudiosos. Varia entre o século X e o século I A.C. A pesquisa exegética atual é propensa a uma datação perto do final do domínio ptolemaico na Palestina, ou seja, na primeira metade do século III A.C. Também é muito interessante que o texto é atribuído a Salomão. Isso é de fundamental importância para a interpretação do Cântico, porque Salomão significa Sábio por excelência, e na tradição judaica e cristã é uma figura do Messias.

 

O Cântico dos Cânticos é fundamentalmente um canto de amor, de paixão, mas não um amor efêmero: fala-se de um noivo e de uma noiva. E a característica que talvez torne o amor tão sublime é justamente porque se trata de um amor de eleição, de escolha, um amor que como diz o Cântico é “forte como a morte”. Na sua opinião, há esta característica de amor de eleição que pesa insistentemente no Cântico?

 

Pe. Voltaggio: Muito. O nome Cântico dos Cânticos em hebraico tem um valor superlativo por isso pode ser traduzido também como o “Cântico mais belo”, o “Cântico sublime”. O amor humano é uma realidade sublime e profunda demais para ser descrita com palavras humanas e por isso recorre-se à poesia. Portanto, saindo de todos os esquemas, o amor situa-se no âmbito do estático, do sublime, do divino, ou seja o amor do Cântico dos Cânticos não é somente de paixão ou de aprazimento, mas é feito de relação e de distância, de proximidade e de afastamento, de palavras e de silêncios, de vida e de morte, etc. Por exemplo, no amor entre os dois amados do Cântico , há duas noites, momentos nos quais o amado e amada se perdem. Mas o amor humano do Cântico é um amor forte como a morte, uma chama do Senhor. Este versículo é o ápice do livro e em hebraico sente-se o som da letra shin que se repete, do fogo, isto é o amor tem o “som” do fogo. Este é o único versículo do Cântico onde de modo velado encontra-se o nome do Senhor. Trata-se de um amor de eleição, que vem do próprio Deus que é – segundo o que diz a Escritura – um fogo devorador e este amor humano entre os noivos é um reflexo do amor apaixonado que Deus tem pela humanidade, porque Deus é o noivo e a humanidade é a noiva, em uma leitura espiritual ou alegórica.

 

Debora Donnini – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News

O Papa no Dia do Migrante e Refugiado: “Forçados como Jesus Cristo a fugir”

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O Papa no Dia do Migrante e Refugiado: “Forçados como Jesus Cristo a fugir”

 

Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado nesta sexta-feira (06/03), a mensagem é centrada no cuidado pastoral dos deslocados internos, que atualmente são mais de 41 milhões em todo o mundo.

 

“Forçados como Jesus Cristo a fugir”. Este é o tema, escolhido pelo Papa Francisco, da mensagem para o 106º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado que será celebrado no domingo, 27 de setembro de 2020.

 

Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgado nesta sexta-feira (06/03), a mensagem é centrada no cuidado pastoral dos deslocados internos, que atualmente são mais de 41 milhões em todo o mundo.

 

Como é bem evidente no título, a mensagem parte da experiência de Jesus deslocado e refugiado junto com os seus pais, a fim de reiterar a importância da base cristológica específica do acolhimento cristão.

Papa durante a missa para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado em setembro de 2019 - Foto: Vatican Media

Papa durante a missa para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado em setembro de 2019 – Foto: Vatican Media

 

A mensagem será desenvolvida em seis subtemas, expressos em seis verbos: conhecer para compreender; aproximar-se para servir; ouvir para se reconciliar; compartilhar para crescer; envolver para promover e colaborar para construir.

 

Para favorecer uma preparação adequada da celebração desse dia, também este ano, a Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral deseja lançar uma campanha de comunicação. Todos os meses, serão propostas reflexões, material informativo e recursos multimídia para aprofundar o tema escolhido pelo Santo Padre.

 

secretário adjunto da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, pe. Fabio Baggio, fala ao Vatican News a propósito do tema e sua tradução na atualidade.

 

Pe. Baggio: O Santo Padre escolheu esse título da mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado deste ano, a fim de manifestar sua preocupação pela categoria de pessoas em movimento que muitas vezes é esquecida. Trata-se de deslocados internos. Falamos de mais de 40 milhões de pessoas, 41 milhões, segundo os dados mais recentes, que representam uma grande porção das pessoas que estão em movimento hoje, mas que não atravessam os confins, permanecem em seu território nacional. É por isso que eles são obviamente de competência dos vários governos e geralmente permanecem anônimos. O fato de dedicar a mensagem a eles significa destacar essa situação particular e também dedicar-lhes palavras que são indicações e reflexões destinadas aos agentes pastorais para que também possam trabalhar com essas pessoas. O ícone do qual o Santo Padre quis iniciar é o de Jesus Cristo Menino que, com sua família exilada, viveu a experiência de ser forçado a deixar sua terra por causa de uma perseguição, naquele caso, ou por causa de conflitos, ou por causa de desastres naturais. Essas são as principais razões, junto com outras, que são reconhecidas mundialmente e que levam esses milhões de pessoas a abandonar suas terras. Existe sempre o desejo, é claro, de poder retornar. Às vezes, isso não é possível. São desafios também lançados às nossas comunidades cristãs que, por um lado, devem acolher, e de outro, reconstruir uma história juntos. Também, muitas vezes, acompanhar os processos de retorno, quando possível, aos territórios que foram abandonados devido aos fenômenos que mencionei antes.

 

Esta mensagem reitera uma “base cristológica do acolhimento cristão”. O que significa?

Pe. Baggio: Não nos esqueçamos de que em cada pessoa que bate à nossa porta, o pobre, o faminto, o sedento, o nu, o estrangeiro e todas as pessoas vulneráveis, há sempre Jesus Cristo. Nós chamamos isso de “base cristológica”, dada por Mateus 25, 35: “Pois eu, neste caso, era estrangeiro, e vocês me receberam”. Eu era estrangeiro porque vinha de outro município, de outra região ou de outro país. É o que todos os “outros” têm em comum com quem normalmente não nos vemos partilhando uma experiência de vida quando, em momentos de necessidade, batem à nossa porta. É Jesus Cristo que bate e pede para ser acolhido, para ser servido e amado, e essa é a “base cristológica” do nosso acolhimento cristão.

 

A mensagem se desenvolve em seis subtemas expressos em seis verbos ricos de significado: conhecer, aproximar, ouvir, compartilhar, envolver e colaborar, que são hoje particularmente fortes, dada a situação atual. É assim?

Pe. Baggio: Certamente. Lembremos, também neste quinto aniversário da Laudato si’, que cada um desses subtemas foi bem aprofundado pelo Santo Padre a partir da Laudato si’ em adiante, reconhecendo que é apenas com uma nova perspectiva humanística bem fundamentada no que é o projeto divino da criação, ou seja, o que é o nosso dicastério, o Desenvolvimento Humano Integral que deve ser promovido num contexto de fé baseado no projeto de Deus, no qual podemos realmente trabalhar. Então, começando pelo conhecimento, nós realmente iremos ao promover; depois, começando do servir, iremos ao construir juntos. Todos esses verbos serão lidos, na mensagem do Santo Padre que será publicada daqui a poucas semanas, num desenvolvimento progressivo de atividades concretas que nos tornam, por um lado, mais “pessoas” de acordo com o projeto de Deus, e fazem com que os outros também sejam.

 

Gabriella Ceraso/Mariangela Jaguraba – Cidade do Vaticano

Fonte: Vatican News